🌟 ℭ𝔞𝔭í𝔱𝔲𝔩𝔬 𝔡𝔬𝔦𝔰

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"𝕸𝖎𝖘𝖙𝖚𝖗𝖊 𝖚𝖒 𝖕𝖔𝖚𝖈𝖔 𝖉𝖊 𝖑𝖔𝖚𝖈𝖚𝖗𝖆 𝖈𝖔𝖒 𝖆 𝖘𝖚𝖆 𝖕𝖗𝖚𝖉ê𝖓𝖈𝖎𝖆: é 𝖇𝖔𝖒 𝖘𝖊𝖗 𝖇𝖔𝖇𝖔 𝖓𝖔 𝖒𝖔𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔 𝖈𝖊𝖗𝖙𝖔." - 𝖂𝖎𝖑𝖑𝖎𝖆𝖒 𝕾𝖍𝖆𝖐𝖊𝖘𝖕𝖊𝖆𝖗𝖊

" - 𝖂𝖎𝖑𝖑𝖎𝖆𝖒 𝕾𝖍𝖆𝖐𝖊𝖘𝖕𝖊𝖆𝖗𝖊

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𝕮𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖉𝖔𝖎𝖘.

A escuridão da noite adentrava o quarto pouco a pouco. Enquanto Athena recuperava suas energias, olhava para o céu desejando aos astros para que a levassem de volta à vida. Fechou os olhos lentamente, em uma breve tentativa de recuperar sua felicidade a partir de memórias distantes, mas não tardou a concluir que aquilo não se passava de uma tentativa frustrante de retornar à momentos os quais ela sabia bem que não voltariam a acontecer. Havia se tornado humana. Tentou resgatar em seu subconsciente uma lembrança perdida, a memória de como havia morrido, todavia todos os seus esforços foram em vão, entretanto, se reconfortou em saber que não havia esquecido de suas origens, era uma jovem estrela morta que havia se tornado há pouco tempo uma jovem louca recém humana.

Não sabia como eram tratados os outros humanos, e para ela já haviam se tornado normais as condições sobre as quais fora submetida. Fora presa apenas por falar a verdade, e para seres que prezam tanto pela sinceridade, fora espantoso saber que tal conceito só se aplica mediante a uma verdade universal imposta por eles. Era louco pensar que uma raça que luta tanto contra diversos padrões, ainda se prende a um padrão que dita o que pode ou não ser normal, colocando todos aqueles que pensavam de forma diferente em um local desprezível como o que estava presa naquele momento.

O que é a loucura se não um comportamento fora do padrão universal ou pensamentos considerados anormais socialmente?

Shakespeare dizia que os amantes e os loucos têm cérebros ardentes e fantasias visionárias, podendo perceber aquilo que a fria razão jamais poderia compreender, todavia, todas as formas de pensamento diferente dos padrões da normalidade pareciam serem refutados imediatamente com um simples laudo comprovando a insanidade do indivíduo. E não há nenhuma beleza em perder aquilo pelo o que a humanidade mais presa, ser parte de um padrão social, o de não estar louco.

Seu corpo estava começando a se adaptar as demasiadas doses do remédio que aplicavam em sua veia, o efeito estava começando a passar, e novamente a garota conseguiu tomar parte do controle sobre seu corpo, e ainda tonta fez um esforço para que conseguisse se levantar. As lágrimas rolavam pelas suas bochechas, chorar era a única coisa que havia feito desde que chegara naquele lugar. Havia percebido que muito embora não fosse louca, era assim como a iriam tratar sempre que falasse de suas verdadeiras origens. Cogitou então a ideia de mentir sobre quem era, falar como se fosse realmente uma humana com pensamentos dentro dos padrões impostos, entretanto, não tinha as respostas que eles precisavam para a considerarem normal na sociedade.

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