Capitulo VI - Sombras de Nova Orleans

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Quero que saibas que tu foste o último sonho da minha alma. -  Um conto de duas cidades

Todos na mansão se movimentavam apressadamente. Diego estava separando os grupos, quatro grupos para proteger as fronteiras, e um quinto, o grupo liderado por Matthew Dinkley para evacuar as pessoas e Arteferuns que não estão lutando.

- Achei que teria mais pessoas. - Disse Derick. - Sessenta pessoas não são suficientes, Kate.

- É o que temos para hoje. - suspirou cansada. Derick pegou um copo de vidro e deu para ela, e segurou um para ele também, despejando o líquido marrom.

- Bebe. Você vai se sentir melhor com isso. - Katherine virou o uísque de vez e fez uma careta. - Não de vez, minha amiga.

- Não tenho tempo para saborear. - ajeitou os cabelos para trás. - E o Venetor que não desgruda de você? Ele estava todo vermelho, porque eu dei a entender que vocês transaram.

- Ele deve está com Esther, tanto faz. - Derick bebericou seu drink. - Ele é uma joia rara em meio a corrupção dos filhos da luz. Mas nada vai acontecer entre nós, ele é muito novo, ingênuo e nossos mundos são diferentes. Não ia dar certo.

- O que não ia dar certo? - John estava se aproximando. Para o alívio do bruxo, o Venetor tão pouco escutou a conversa entre ele e Katherine.

- Humm, não vai dar certo... Essa missão totalmente suicida. - Sorriu amarelo.

- Eu tenho esses tipos de missões o tempo todo. - John falou simplesmente. Como se estivesse acostumado. - E Por quê está bebendo se tomou comprimidos algumas horas atrás, não lhe fará mal?

- Você... Viu? - Sussurrou Derick. - Bom, Venetor. Eu vou preparar alguns feitiços, se me der licença.

Derick empurrou o copo, cheio de uísque no peito de John, coberto pelo uniforme azul escuro e saiu dali.

- O que deu nele? Falei algo errado? - Perguntou John, confuso.

- É um assunto pessoal, Jonathan. E muito delicado. - suspirou. - Ele apenas não quer um estranho se intrometendo, mas não quis dizer aquilo de fato.

John parecia atordoado, e uma angustia pelo seu peito se instalou no seu coração. Não era sua intenção espiar, mas mesmo assim invadiu a privacidade do outro. Derick não estava zangado, mas parecia que John tinha tocado na ferida, uma dor que nunca passou para o outro.

Logo, Jonathan Lockflame se juntou aos outros. Um bom arranjo de pessoas estava parada na frente na Mansão Blake, pisando na grama fofa e macia. Derick conversava com Úrsula de longe, ele repetia instruções de como se proteger e a garota revirava os olhos. Anne e Selene Fay se mantinham longe uma da outra, e James tentava ficar invisível pelas sombras. Já escurecera e tudo que tinha que fazer é esperar.

E então, um brilho magnífico surgiu no céu. Como se fosse centenas de estrelas virando pó prateado. Estava acontecendo, o campo de força deu certo.

Derick rugiu de dor, a palma da mão ardendo e John se apressou a chegar até ele, correndo tão rápido que quase tropeçou pelos degraus da escadaria.

- Hey, Derick. Fale comigo. - John o segurou. - Você está bem?

- Estou. Faz parte do ritual. - Derick apontou para Selene. Ela estava com dor. - Não se preocupe, eu já me sinto melhor.

John se afastou.

- Ur. - chamou Derick. - Está bem?

- Estou. Você que não parece bem irmãozinho. - A garota acariciou as bochechas dele. - Você está velho para feitiços complicados, eu senti uma leve dor.

Venetors: The evils of the worldOnde histórias criam vida. Descubra agora