Capítulo IV - O inferno são os outros

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Não há maior dor do que a de nos recordarmos dos dias felizes quando estamos na miséria.” - Dante Alighieri

John se sentou no sofá acolchoado e sentia inseguro em dizer qualquer coisa. Por outro lado, Derick estava despreocupado, relaxado e confiante e isso o fez se sentir aliviado.

– Derick Blake, não imagino um motivo plausível para me fazer uma visita. – A mulher era Marie Leveau, a feiticeira do Vudoo. – Quer algum dos meus serviços? A procura de um grande amor... Talvez? – Marie olhou para John e o mesmo se sentiu inquieto.

– Não preciso encontrar um amor ou amaldiçoar alguém, Marie querida. – Sorriu simpático. – Precisamos que os Feiticeiros locais, Bruxas e Druidas. Qualquer outro Arteferum de Nova Orleans possa ajudar a proteger essa cidade.

– Esse Venetor entra no pacote? – ela arqueou a sobrancelha. – Você não tem permissão para estar aqui, rapaz.

– Com todo respeito, a situação é urgente e não tive tempo de relatar que estou aqui. Para a segurança de todos devemos manter uma aliança. – John disse sério e direto. Ele estava nervoso mas não podia deixar o bruxo fazer tudo sozinho.

– Oh... Isso parece uma piada. Venetor e Bruxo, juntos. – ela disse.

A porta foi aberta e um rapaz de cabelos loiros, seus olhos vermelhos e pretos, a única parte que tirava a sua humanidade, usando roupas que John diria descoladas. Olhou para si próprio e viu que não estava tão ruim assim, aparentemente Derick percebeu que ele preferia cores neutras.

– Derick, querido. Pensei que nunca fosse te ver. – Querido?, John pensou.

– Matthew... – Disse Derick. – É uma surpresa ver você aqui, pensei que estivesse em Londres.

Ele sorriu, nem tentou esconder as presas vampirescas.

– Sentiu minha falta, Derick? – ele se inclinou e disse perto do ouvido do bruxo. Derick imediatamente levantou- se, ficando de costas para todos.

– Não. – respondeu.- Marie, esse cavaleiro poderia se retirar? Matthew Dinkley não deve se intrometer nessa conversa.

– Como não, Blake? – ela pegou uma bebida. – Você trás seu companheiro e eu não posso trazer os meus? Não foi seu Venetor que disse que precisamos de uma aliança entre os Puros e Mestiços?

Derick voltou a se sentar, agora sentando no braço do sofá, mas distantes o suficiente para não se tocarem.

– Okay. – Johm tornou a falar. – Precisamos de todo o seu pessoal.

Matthew sorriu e pegou o copo que Marie estava bebendo. Ele escorou na mesa do escritório.

– Você fala com tanta propriedade. Qual é o seu nome, Venetor? – John sentiu que o homem a sua frente não estava satisfeito com sua presença.

– Jonathan Lockflame. – ele disse. – Senhor Dinkley, eu escolhi estar aqui e tenho minhas razões. E eu não preciso expor elas para você.

– Jonathan é alguém de confiança Matthew. – Derick interveio.

– Seu novo namorado não é nada bonito. Agora está aceitando qualquer um para preencher o... Vazio? Você sempre foi fácil – Matthew Dinkley tomou um gole. John percebeu que Marie estava amando toda essa cena, e então se levantou e ficou na frente do bruxo, que fez uma cara interrogativa.

Venetors: The evils of the worldOnde histórias criam vida. Descubra agora