Já eram 20h quando eu e Camila voltamos para casa, estávamos passando pela portaria do prédio quando um cara de capuz passou por mim, ele lembrava o vulto que tinha visto na madrugada, mas ele parecia estar de mudança, não tinha como ser ele.
Subi para o meu apartamento, e Camila foi para o dela. Amanhã iríamos nos encontrar para investigar melhor o Edifício GreenWood, e graças ao Sr. Wood tínhamos as chaves de todo o prédio e a planta.
Fui dormir já eram 23h47, mas fiquei acordada durante um bom tempo pensando, porque o Sr. Wood deixou a gente investigar a situação no prédio dele ao invés de chamar a polícia ou um detetive, porque ele ainda tinha aquele prédio, quem era aquele vulto e da onde é aquela chave que ele deixou cair.
Fiquei intrigada com todas essas dúvidas no ar, resolvi me distrair um pouco e fui mexer no celular e ver algumas mensagens antigas. Quando recebi mensagem do Luka.
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Luka: Fazendo o que acordada a essa hora?
Eu: Não consigo dormir. E vc?
Luka: Também não rsrs
Eu: Estou preocupada com umas coisas.
Luka: O que?
Eu: Tenho várias perguntas sobre aquele prédio.
Luka: Acho que não vale a pena vc ficar preocupada á toa. Amanhã vamos lá e resolver essa história toda.
Eu: Valeu Luka! Estou feliz que vc voltou. Que vc e o Théo voltaram.
Luka: Estou feliz de ter voltado. Senti muito sua falta!
Eu: Eu sei. Pode falar que eu sou top.
Luka: Top e convencida.
Eu: Nossa...kk
Luka: kkk Vou dormir. Tá tarde! Vai dormir também.
Eu: Tá bom pai, eu vou.
Luka: kkk palhaça. Boa noite!
Eu: Boa noite!
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Consegui dormi pouco tempo depois.
Acordei eram 9h45, era sábado e lembrei que tinha que ir ao mercado antes de ir ao prédio com os meninos e a Camila.
Saí do apartamento em direção ao elevador quando vi alguém deixando cair o que parecia ser uma caixa de mudança, deixando cair vários tênis no corredor. Me abaixei e fui ajudar quando notei que era aquele cara que tinha visto na portaria do prédio.
- Oi.-Falei tentando puxar conversa.
- Oi, obrigado pela ajuda. - Ele me respondeu.
- De nada! Me chamo Mia, ajudando alguém na mudança?
- Me chamo Henrique, e não.. Eu vim morar aqui.- Henrique me respondeu.
- Hum, quer ajuda?
- Não, não precisa. Eu só sou meio desastrado ás vezes. - Ele me disse.
- Sei bem como é isso - falei rindo - Se precisar de ajuda é só falar comigo, eu moro ao lado.
- Claro, muito obrigado! - Ele respondeu- Vejo que vai sair, vai lá, já ajudou bastante.
- Tá bom. Precisando é só falar comigo. - Respondi.
- Ok. Tchau! Até mais. - Ele disse.
- Tchau!
Fui ao mercado, e na hora combinada eu fui junto com a Camila pro Edifício GreenWood.
Quando estávamos chegando vimos, de longe, o Luka e o Théo conversando, esperando a gente.
- Eai mocinhos, prontos? - Falei pra eles.
- Eu nasci pronto.... Se bem que eu não sabia falar, nem andar... Vocês entenderam. - Théo disse.
- Bora logo Théo. - Camila falou.
- Vamos logo, eu tô com fome. - Luka disse e começamos a rir.
- Depois eu te levo pra lanchar, ok? - Respondi pra ele.
- Eu te amo! - Ele respondeu, devo admitir que fiquei vermelha na hora.
Subimos e chegamos na porta que dava para o terceiro andar. Peguei o chaveiro que o Sr. Wood tinha me dado e tentei todas as chaves, já estava perdem as esperanças quando a última chave abriu a porta.
- Finalmente! Achei que ia morar aqui. - Théo disse assim que abri a porta.
- Fica quieto Théo. Se não eu te tranco em um desses apartamentos. - Respondi.
- Nossa moça, acalma ae. ERA ZOEIRA! - Théo respondeu.
Aquele andar parecia estar bem conservado, em comparação aos outros dois e ao térreo. Mas uma porta me chamou a atenção, era uma porta preta, só que todas as outras eram brancas.
Entrei no apartamento, porque minha curiosidade não consegue me deixar quieta, parecia ser um apartamento normal, sala, cozinha, quartos e banheiro, já estava saindo quando notei que um pedaço do piso não era parecido com a outra parte. Chamei o Luka, pra ver o que ele achava.
Ele pegou um cano de aço, que estava no corredor, e quebrou a parte que estava diferente,
- Você tá louco? - Perguntei.
- Não, mas acho que você vai querer dar uma olhada nisso daqui. - Ele respondeu.
Era um piso falso, que escondia um buraco no chão, onde tinha um caixa com várias fotos de um bebê, e uma pulseira dourada com flores, escrita o meu nome.
- Tá escrito o seu nome, é seu Mia? - Luka me perguntou.
- Não sei, acho que já vi em algum lugar.
- Vamos levar e perguntar para a sua mãe. - Luka sugeriu.
- Ela talvez tenha uma resposta.
- E essas fotos? - Luka perguntou - Será que são suas? Porque eu me lembro de você dizer que tem seis fotos de quando era bebê, achei até estranho porque sua mãe tira foto de tudo, era pra ela ter mais, não acha?
Ele tinha razão, eu quase não tinha fotos de quando eu era pequena, e minha mãe tira foto de tudo, era pra ela ter milhares de fotos minhas, e eu tinha só seis.
- Não sei, vamos levar para ela. - Respondi.
- Quer que eu vá junto? - Luka perguntou.
- Não quero ir sozinha. - Falei pra ele, que me puxou pra perto dele e me abraçou.
Mostramos aos outros o que tínhamos achado, e falei que ia na casa da minha mãe perguntar para ela se ela reconhecia os objetos e a pulseira.
Combinamos de deixar o quarto andar para o dia seguinte, no mesmo horário.
E lá fomos eu e o Luka, na casa da minha mãe. O que será que ela iria dizer sobre aquelas coisas? Finalmente chegamos e tocamos a campainha.
- Oi filha. Tudo bem?- Ela perguntou enquanto abria o portão.
- Tô sim mãe.- Respondi.
- Oi Luka, como vai? Fazia tempo que eu não te via.- Ele disse ao ver o Luka.
- Oi senhora Gray, estou bem sim. E a senhora?- Luka respondeu.
- Estou ótima meu filho. Entrem. - Ela falou.
- Mãe... eu vou ser direta- ela olhou para mim surpresa- eu estava no prédio do Sr. Wood e encontrei uma pulseira com o meu nome e várias fotos de bebê. Eu sinto que essa pulseira é minha, porque eu me lembro dela. A senhora já viu essa pulseira?
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O andar número 5
Misterio / SuspensoUm barulho no meio da madrugada, um vulto entrando no elevador e deixando cair uma fotografia e uma chave. Eu podia simplesmente deixar pra lá, fingir que não tinha visto nada, mas minha curiosidade não me deixa ficar quieta, eu vou desvendar esse m...