Capítulo 4

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As ultimas horas foram de total desespero, Deméter foi tirada da maca por dois homens enormes, que a levaram um corredor cheio de celas com grades na frente, o que mais causou horror foi ver pessoas nas celas. Rosnados interromperam o zumbido forte em sua cabeça, ela então foi jogada com força em uma cela suja, havia um sanitário no canto e uma pia, ao lado de uma das paredes um colchão fino e por sinal muito gasto. Deméter sentiu as lágrimas escorrerem de seus olhos, esse seria seu novo inferno.


2 anos depois...


Os passos soram alto, botas enormes tinha o ser que se aproximava, rosnados vieram posteriormente. A figura masculina se posicionou a frente da cela. Ele tirou a chave do bolso e abriu a porta da cela, o bastão em sua mão tremia, deixando claro seu nervosismo, ele adentrou o local em passos exitantes.

— Shiii.... você não parece ser uma cadela perigosa. Ele sussurrava fazendo sinal com a mão como se estivesse tentando acalmar a si próprio, sua outra mão foi para o bolso traseiro e um par de algemas cintilou. — Seja uma cadela boazinha, nos vamos ver o Dr...

Um rosnado furioso o interrompeu, um par de olhos castanhos cintilantes brilhou na escuridão, a figura feminina saiu das sombras de forma graciosa, porém letal e perigosa. As longas presas perfurantes a mostra, as enormes garras para fora, mais cortantes que um punhal afiadíssimo. Outro rosnado foi ouvido. 

O guarda vacilou e então correu em direção a porta da cela. Um erro fatal, ele estava no chão antes mesmo de girar totalmente o corpo. O som estralado de seu pescoço quebrando acalmou os rosnados no corredor. Ela se dirigiu até a porta da cela. O barulho estridente de um disparo a surdou por alguns segundos, a fazendo por as mão contra os ouvidos para aliviar o zumbido que se formou em sua cabeça, ela olhou para baixo e viu que o tiro atingiu a poucos centímetros de seu pé esquerdo

— Não dê um passo cadela. Passos altos foram ouvidos, quatro seguranças armados apareceram. Dois com bastões e os outros dois com armas de fogo. Ela deduziu que um deles quase acertou seu pé.

— Oh Deus a vadia matou o Matt. O moreno com o bastão falou. — Eu disse pra ele nos esperar, falei que a cadela era perigosa, mas esse idiota se achava o encantador de animais. O ruivo com a arma disso olhando com fúria para o corpo desfalecido no chão da cela.

Ele então se pôs a frente dos outros e abriu mais a porta da cela. — Para o canto sua puta, agora!!. Ele então apontou a arma e a destravou. Ela recuou rosnando para o canto como o mesmo falou. — Joe! Phill! tirem o corpo do Matt, Mike, atire na vadia se ela mexer um músculo. Eles levaram o corpo sem vida do chão, o arrastando para fora da cela. O homem ruivo a olhava com puro ódio, parecia que iria atirar até mesmo se ela não se mexesse, o cheiro de sua raiva era palpável, assim como o do medo dos outros dois que carregavam o corpo.

— Josh! Mike! vamos, já tiramos o corpo. Eles recuaram e então saíram da cela levando o corpo pelo corredor se afastando da cela, o olhar cheio de ódio que permanecia no rosto do tal Josh não passou despercebido enquanto sumiam aos poucos. Ela rosnou alto novamente, consumida em total aceitação do que ela era agora, ela não era mais humana, e a porra da única coisa que se lembrava era de um nome, Deméter, esse era o seu nome, qualquer outra coisa que devesse lembrar sobre si mesma foi perdida, diante de todas as torturas sofridas, Deméter sabia que aquilo era o inferno, e que ela não tinha como sair dele.

Série Quimeras: DeméterOnde histórias criam vida. Descubra agora