capítulo 7. a casa nova e outras surpresas.

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A casa nova e outras surpresas.

Deixamos o hotel por volta de umas 11h:30mim e fomos para a nossa nova casa, que era na mesma rua onde moram os pais de James. Chegamos e nos demos de cara com caixas e mais caixas de presente e de mobília, e mais um bilhete que dizia: “Um presente de seus pais para que comecem sua nova vida de casados.”

- Eles não canção de mandar bilhetes não?

Demos risada.

- E então, vamos ver a casa?
- Sim! Eu tô ansiosa pra ver tudo...

Andamos pela casa e quando chegamos na parte do segundo andar, vi que tinham nove portas.

- Pra que tantas portas?
- São os quartos. São oito quartos com suíte e um banheiro.
- Uau... Só não entendi porque tudo isso...
- Vamos supor que nossos pais ou algum amigo nosso ou de nossos filhos venham aqui. Não vai querer que eles fiquem entrando em nosso quarto pra usar o banheiro não é?
- É mesmo... E então, qual quarto vamos ver primeiro?
- Eu pensei em te mostrar nosso quarto por último...
- Ta bom.

James abriu a primeira porta, e as outras sucessivamente. Depois de me mostrar os quartos de nossos futuros filhos e o quarto de hospedes, James me levou até a porta de nosso quarto e cobriu meus olhos com uma das mãos, abriu a porta e me guiou pra dentro.

- Não abre os olhos ainda.

Ele tirou a mão do meu rosto e eu ouvi um barulho de cortinas sendo puxadas, e a luz entrou no lugar.

- Agora pode abrir os olhos.
- James... Que lindo!

O quarto era simples mais deslumbrante. Ele era de um violeta bem escuro, quase zinsa, a cama era enorme com uma prateleira como cabeceira e meu urso de pelúcia mais antigo – um cachorro com um coração pequeno escrito eu te amo em seu peito – estava bem no topo da prateleira no centro dela. Em cada um dos lados da cama, um pequeno criado mudo marrom quase preto cada um com um abajur nele. De frente para a cama no fundo do quarto uma porta de correr que era um espelho enorme que vinha do teto ao chão, dentro dele era o closet. Do lado da porta do closet era o banheiro – a suíte.

- E então, você gostou?
- Eu amei! É lindo! Mas, não precisava de tanto...
- Eu já tinha te falado antes que enquanto eu puder dar a você e aos nossos futuros filhos do bom e do melhor é o que eu vou fazer.
- James...
- E falando em filhos...

Ele me abraçou e me beijou enquanto mexia em meu cabelo, então ele me puxou na direção da cama e me colocou sentada em seu colo.

- Eu te amo sabia? – Eu disse encostando minha testa na dele.
- Eu sei... Por isso eu escolhi me casar com você...
- Sabe de uma coisa nada romântica que aconteceu agora? – Eu falei dando risada.
- Não, o que?
- Eu tô morrendo de fome... O que me lembra que nós não compramos nada pra comer vindo pra cá.
- É... Minha sogra já tinha pensado nisso e trouxe comida pra pelo menos três dias...

Dei risada.

- Sua sogra?
- É sim, minha sogra... E então, vamos comer?
- Sim. Tô morrendo de fome...

Nós descemos pra cozinha e tiramos a comida da geladeira, esquentamos e sentamos à mesa.
Depois do almoço, eu peguei uma faca na cozinha e comecei a abrir as caixas que estavam na sala. Tinha um pouco de tudo! De televisão à aquecedor. – o que vamos combinar, é meio inútil aqui no Brasil...

- Pra que tantas coisas?
- Sei lá... Algumas pessoas gostam de dar presentes pra se mostrar...
- É... pelo menos muitas das coisas que a gente ganhou vai ser usada... Você acredita que tem até roupinha de bebê... – Eu mostrei um conjuntivo feminino amarelo e um masculino marrom que estavam embalados juntos.
- Eles estão um pouco precipitados não?
- É... um pouco...

Um mês e seis semanas depois:

- peeeeeeenn. – A campainha tocou.

- Posso ajudar?
- Sou a mãe de Anyca, você deve ser a nova governanta, não é?
- Há sim, sim senhora, a senhora Anyca esta no quarto, eu vou chama-la, entre por favor.
- Obrigado.
- Dona Anyca?
- Oi Od-Odete... Aqui no banheiro...
- A senhora está se sentindo mal?
- Sim, um pouco... Me deu um enjôo do nada...
- Dona Anyca, a senhora não tá grávida não? – Ela deu um sorrisinho desconfiado.
- Que? Não! Quer dizer... Eu acho que não.
- Bom... a sua mãe chegou. Ela está te esperando lá em baixo, eu mando ela subir?
- Não, não precisa. Eu já vou des... – vomitei de novo.
- Eu vou mandar ela subir...

Ela saiu e algum tempo depois minha mãe entrou no quarto, e entrou em pânico quando me viu sentada no chão do banheiro do lado do sanitário vomitando.

- Filha o que foi?! Você ta passando mal? Quer ir no hospital?
- Não mãe... Eu tô bem... É só um enjôo... Já tem uma semana que eu tô assim... Relaxa...
- Filha... Você tá grávida?!
- A mãe... Até você, já me basta a dona Odete falando isso...
- Eu vou ser avó!
- Mãe... a gente não sabe... E se eu só estiver doente? Não quero dar falsas esperanças nem pra mim e nem pra James.
- Certo... Então vamos numa clínica agora, fazemos o teste beta e vemos se você está grávida ou não.
- Sério? A senhora iria comigo?
- Eu sou sua mãe em primeiro lugar, e depois sou sua melhor amiga.
- Verdade... E que Isis não nos escute...

Eu me levantei tomei um banho, me arrumei e fomos pra clínica. Fiz o teste e como diria minha mãe: Foi batata! Eu estava grávida. De três semanas!
Voltamos pra casa e eu contei logo pra Odete que me abraçou e me deu um beijo na barriga.

- Eu cuido de seu papai e de sua mamãe, e agora vou cuidar de você também viu?...
- Odete, ele ainda não pode te ouvir...
- Mas é bom ele começar a se acostumar com as vozes das pessoas em volta dele, assim ele não vai estranhar ninguém.
- Odete tem razão querida...
- Obrigada! – Ela acenou.
- Antes de qualquer coisa, eu não quero que James fique sabendo assim de cara. Eu quero fazer uma surpresa.
- Já sei o que podemos fazer então! – minha mãe e Odete falaram juntas.
- Ta, e o que vocês sugerem?
- Vamos arrumar um dos quartos – Odete começou a falar – e colocar uma faixa escrito “tô chegando papai”!
- É uma boa ideia... E você mãe?
- Podemos acrescentar um jantar com os pais dele aqui também. Mas só vai dar certo se você não passar mal...

Demos risada. E foi o que fizemos, arrumamos um dos quartos e convidamos Clariça e Adam para jantar conosco naquela noite visto que os três trabalhavam no mesmo lugar.
Quando chegaram Adam me deu uma garrafa carícima de vinho e Clariça me deu uma das novas sandálias da firma deles.
Nós jantamos e eu não passei mal em momento nenhum até a “grande noticia”.

- É... – Eu me levantei da mesa – Eu tinha dito antes quando vocês chegaram que tínhamos uma surpresa... Mas não falei do que se tratava... E eu queria mostrar isso pra vocês... Mais pra você meu amor.

Eles se entre olharam na mesa e Clariça entendeu do que se tratava só de olhar pra minha mãe e Odete.

- Maya... – Clariça pôs a mão na boca com espanto e alegria.
- Do que vocês estamos falando? – James perguntou sem entender.
- Eu também não estou entendendo...
- Vamos lá em cima.

Todos nós subimos para o quarto que tínhamos decorado, e quando chegamos na porta do quarto eu me estique eu cobri – Ou pelo menos tentei – os olhos dele com as mãos, o que fez ele rir, e Odete abriu a porta.

- Surpresa! – nós três gritamos.

Na hora que James abriu os olhos ele ficou pálido quando viu o cartaz que fizemos. Ele se ajoelhou no chão em silêncio e começou a chorar.

- James, o que foi?
- Eu vou ser pai?
- Sim meu amor! Você vai ser pai!
- Eu vou ser pai?! Eu não acredito... Eu vou ser pai?!

Ele começou a rir desesperadamente.

- Espera, eu vou ser avô é isso?
- Sim querido... – Clariça respondeu o marido.

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⏰ Última atualização: Oct 16, 2020 ⏰

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