atenção menores de 18 pulem para a segunda parte. Obrigada.
Eu tinha tendências a me meter em problemas. Se não bastasse ser boa, eu conseguia ser a melhor quando o assunto era isso e o fato de que eles sempre vinham com um frio gostoso na barriga ajudava um pouco.Minha mãe nunca foi uma mulher que tinha medo de correr riscos. Ela sempre fazia tudo quando, como quisesse, desde que estivesse certa daquilo e, mais uma vez, eu não conseguia ser diferente. Éramos iguais em vários aspectos, mas muito diferentes também. Já havia me metido em vários problemas por isso, sabia e metade deles haviam me custado muito, porém sempre pensei que fazer as coisas e se arrepender era melhor do que não fazer e se arrepender de não ter feito.
Se isso era errado? Não sei. Se podia dar problema? As vezes. Eu continuaria? Provavelmente e era ai onde entrava a questão da razão humana. Entre o que diziam que podia ou não se considerar certo, realmente era?
A linha entre ser racional e instintiva, para mim, era muito tênue. Eu podia me ver facilmente em cima de uma balança durante toda a minha vida, tentando não cair totalmente nem para um lado, nem para o outro, só mantendo o equilibro e as vezes dando passos em falsos.
Eu conseguia usar a razão em muitos aspectos, ocasiões e momentos. Quando eu tinha que ser a mulher firme, decidida e forte como fui criada para ser, eu era. Quando eu devia seguir meus instintos, fazer o que queria, mesmo que isso fosse difícil e tentasse resistir, em algum momento eu apenas me via fazendo.
─ Acho melhor você ir agora. ─ Eu me separo do beijo, lembrando qual era o meu instituio de não continuar com aquilo.
Envolvia muita coisa, muita história.
─ Você acha ou você quer?
Seu nariz raspa no meu ombro, pescoço e queixo antes da sua boca distribuir beijos pelo mesmo caminho, demorando no lóbulo da minha orelha. Eu já podia sentir o frio no estômago, a excitação me atingindo mas nada era pior que o lembrete mental que meu cérebro fazia. Se pudesse criar forma aqui, ele provavelmente estaria repetindo mil "Dandara se preserva, mulher" do meu lado.
─ Pedro deve estar vindo. ─ Tento ser racional, mas eu não era boa em ir contra aquilo que queria.
Eu nunca havia ficado em um impasse como este, mas eu apenas o fazia quando era algo parecido. Tinha crescido aprendendo que se eu quisesse, eu deveria ir lá e fazer, independente se fosse dar certo ou não, mesmo que acreditasse que o conselho de mamãe não fosse criado para essa ocasião.
─ Pode ter certeza que temos um bom tempo. ─ deixa um selinho nos meus lábios, segurando meu rosto com as mãos ásperas.
─ Ária está bem ali na sala. ─ Argumento de novo, arrancando uma risada fraca sua.
Eu não tinha e talvez nem quisesse resistir àquele homem.
─ Então a gente faz em silêncio, uhm? Eu sei que você gosta da ideia. Você pode tornar as coisas muito mais fáceis, mas o difícil realmente te excita, não é Dandara? ─ murmura rente ao meu ouvido, desfazendo o laço da minha toalha rapidamente.─ Tudo que é complicado, que não pode, que é proibido você gosta, porque desafios te encantam e te puxam. O medo não te faz recuar.
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𝒆𝒔𝒄𝒐𝒓𝒑𝒊𝒂𝒏𝒂 • bak
FanfictionBAK (+18) | Concluída ✔ Dandara tinha tendência a se meter em problemas. Embora buscasse correr de todos eles, sabia que hora ou outra eles viriam naturalmente até si, provando que controle é tudo o que ela não tinha. Gabriel Lessa, ou Bak, no auge...