BAK (+18) | Concluída ✔
Dandara tinha tendência a se meter em problemas. Embora buscasse correr de todos eles, sabia que hora ou outra eles viriam naturalmente até si, provando que controle é tudo o que ela não tinha.
Gabriel Lessa, ou Bak, no auge...
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O som a campainha anunciando a chegada de Sol soa assim que cruzo a cozinha, deixando o balde de pipoca na mesa. Não me preocupo em ir atender, já que obviamente Ária faria isso por mim por estar na sala, encarregada de escolher os filmes que iríamos assistir. Ouço elas se aproximarem, conversando alguma coisa no caminho e então minha mais nova amiga aparece com aquele sorriso do tamanho do mundo.
─ Nossa, pensei que a gente teria que assistir o primeiro filme sem você! ─ É a primeira coisa que falo, recebendo um revirar de olhos como resposta.
─ Avisa isso pra Bruno que estava enrolando para me trazer até agora. ─ É só quando ela mexe no cabelo, então, que posso encarar a fina aliança no dedo anelar direto.
Abro a boca, aproximando-me dela.
─ Mentira! ─ murmuro, sorrindo quando ela faz o mesmo. ─ Sol, mentira! Quando você ia me contar?
Marisol me entrega um olhar tedioso, desviando para uma Ária que ria na porta.
─ Foi ontem e eu contei. Na verdade, um pouco depois que ele fez o pedido, mas você não olha o celular só Deus sabe o porquê!
Aquilo me tira palavras e então constato que era verdade. Eu não havia mexido desde a hora que tinha chegado em casa.
─ Era o que eu estava falando com a Ária quando ela me atendeu. Também tinha avisado que ia demorar, mas você também não viu.
─ Desculpa! Esqueci totalmente do meu celular! Então já que vocês se apresentaram, eu vou poupar apresentações da minha parte.─ Falo. ─ E como foi isso? Do nada? Pensei que vocês tivessem concordado em ir com calma.
Ária passa por nós, pegando o refrigerante na geladeira e três copos para nos servir. Eu tinha feito brigadeiro também, que agora estava esfriando na geladeira.
─ E realmente tínhamos concordado, mas é isso. Ele chegou lá em casa como sempre, deu um daqueles discursos que me deixou com o coração mole, fez um pedido lindo pra caralho com um buquê de flores e fim. ─ Desatenta, rodeia o objeto prateado no dedo, parecendo encantada demais para falar mais. ─ A verdade é que eu não sei fugir disso, dele e de nós dois. Eu não consigo evitar porque eu amo aquele filho da puta pra caralho.
