Nora corre ao meu socorro e me abraça dizendo palavras de consolo, eu não devia estar tão assustada mas tenho certo trauma a carros devido o maldito pesadelo que tenho todos os dias. Eu tinha a ideia de que a criança naquele carro era eu, e supostamente a moça que estava dirigindo era a minha mãe, eu não conseguia ter uma visão dela por completo, a não ser pelo seus olhos, o que era na verdade um reflexo dos meus já que era de um azul intenso. Olhos que toda noite me passava o sentimento do horror e o medo que ela estava sentindo.
- Ela está bem? Ela está catatonica? Meu Deus. - ele anda de um lado para o outro preocupado, percebo ele flexionando seu punhos várias vezes numa tentativa de conter o nervosismo. - Mas que merda! porque você não olha para os lados antes de atrevessar? eu podia... - ele urra nervoso sem ao menos conseguir completar a frase.
- Da para você calar a boca? ela não está bem! - quero responder que estou bem, mas as palavras não sai da minha boca. - Ela tem pavor de carro, depois dessa acho que ela não entra nunca mais em um automóvel.
Levanto a cabeça e sussurro a Nora que estou bem, e pela primeira vez vejo o dono do veículo, ele é bonito, alto e com sua barba por fazer, não daria mais de 25 anos. E então ele também me olha, o que foi um tanto estranho pelo fato do seu olhar não mostrar preocupação e sim espanto.
- Eu a conheço? - diz me examinando, sua voz saiu com tanta certeza que até me fez imaginar se não havia o visto alguma vez na vida, mas eu sabia que nunca virá a ver aquele homem.
- Tenho certeza que não.
- Ele vai dizer que você é a tal da Emily que nem aquela doida fez. - diz Nora achando graça da situação. Ele gargalha da sua resposta, levantando as mãos para alto.
- Não, eu reconheceria a Emily, mas não posso negar que você estranhamente se parece muito com ela. - então ele conhece a tal Emily. - Prazer, sou o Nicholas. - diz estendendo a mão. - E você? - pergunta já que não retribuo.
- Não é da sua conta.
- É um belo nome. - Nora entra na minha frente apertando a mão dele ainda estendida.
- Nora, e essa mal educada é a Katherine. - Traira.
- São realmente nomes muito bonitos. Enfim, você está mesmo bem? - pergunta dessa vez realmente preocupado.
- Estou bem sim, foi só um choque momentâneo.
- Querem uma carona? posso leva-lás para casa.
- Nem a pau. - digo ao mesmo tempo em que Nora diz 'Claro'. Ele ri. - Não a necessidade, estamos perto de casa. - minto porém nem tanto já que realmente estamos perto dos domitórios.
- Eu posso acompanha-lás a pé, já que tem trauma de carro.
- Eu não tenho. - digo.
- Então por favor aceite a carona como uma forma de desculpas por quase atropela-lá.
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POR AMOR A VOCÊ
RomansaKatherine foi abandonada em um orfanato aos 3 anos de idade. Cresceu sendo uma garota tinhosa, nunca desistindo dos seus sonhos. Aos dezoito anos de idade conseguiu uma bolsa na universidade de Milão. Durante seu tempo na faculdade, ela passará por...