" Te desejo sorte. E muita insônia,
Com milhares de lembranças minhas"- Meu Deus oque aconteceu Catherine?
[Encontro ela no chão do banheiro, com uma garrafa de vodka na mão, desesperada chorando.]- Ele me trocou, ele me enganou.
Ela grita tão alto que chega a ecoar pelas paredes, tento entender o que ela está querendo falar, me sento ao lado dela no chão.- Tenta ser mais clara, por favor.
- Ele me traiu, tem como ser mais clara que isso, porra Penélope.
[Um imenso silêncio se instala sobre nós.]- Penélope, o que faço?
Pego a garrafa do chão e tomo um longo gole, e a coloco de volta no chão.-Bom...olha Catherine, eu sou a pessoa menos considerável para pedir um conselho mas olha, tenta não pensar nele.
- Eu apresentei ele pra minha família, eu levei ele até a minha cidade natal, eu fiz planos com ele, será que eu volto, foi apenas um erro bobo?
-Não....não [Falo alto no intuito dela desistir na hipótese de voltar com ele.]
- Tá então o que eu faço?
- Catherine, não aceite RESTOS de afeto, não aceite migalhas. Não se HUMILHE para caber na vida de alguém, você merece o mundo e não deveria aceitar menos que isso.
Ela começa a chorar novamente, mas não era o mesmo choro nesse choro eu podia ver esperança, pouca mas pelo menos ela estava presente. Ela vem e me envolve em seus braços em um abraço.
- Você é o tipo de pessoa que é bom ter por perto.
[Ela fala ainda envolvida em meu abraço, ela senta novamente e aponta para a garrafa.]- O que fazemos com ela?
- Joga fora!
[Ela levanta, e esvazia a garrafa de vodka barata na pia.]- Eu sei o que eu falo sobre as festas de fraternidade, mas se arruma que vamos para uma!
8h00, estávamos prontas, Catherine havia me emprestado uma roupa, para que não tivéssemos que ir até meu apartamento, não muito meu estilo, as roupas de Catherine eram um tanto mais delicadas que as minhas, mas é o que tem.
Catherine tem seus cabelos loiros curtos, presos com um lenço, está com um conjunto de saia e cropped xadrez amarelo, e como ela também estou de tênis, porém estou com um vestido branco solto de um tecido leve, amarado nos braços. Bom estávamos prontas, só faltava a carona, Catherine afirma que não iria a pé, e muito menos eu.8h28 entramos em um táxi, a caminho da fraternidade, esse é o pior tipo de festa mas pelo menos você entra de graça, falo para Catherine, e ela logo concorda com a minha opinião.
O motorista começa a encarar Catherine, ela me olha fazendo um sinal com a cabeça para rua, eu também não vejo a hora de dar um fora daqui então pedimos que ele nos deixasse umas ruas antes, apenas mais uma triste consequência de ser mulher....
Enquanto caminhávamos sobre a calçada, o céu estava estrelado, olhando para ele tão bonito, nem parece que estamos na mesma merda de mundo, na verdade o mundo não tem culpa quem tem culpa disso é a merda de sociedade que vivemos. Paramos em frente a fraternidade Catherine olha para mim assustada:
- Será que eu consigo?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu grande talvez
RomanceNem todos nós temos certeza do que fazer e nem de que caminho seguir... Penélope uma adolescente um tanto problemática, e confusa, depois de um acontecimento conturbado em sua vida, sai de casa no intuito de saber o que quer para seu futuro, mas ao...