•A garota•

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" Ultimamente meu fetiche favorito é fingir que nada está acontecendo, enquanto a vida me dá 3 bicuda e 1 rasteira por dia."

•june 12th |primavera|•

Acordo quando minha cabeça começa a latejar, por conta do álcool, pra piorar a luz de sol bate no meu olho, levanto e cenas da noite anterior invadem minha cabeça, percebo que estou com as mesma roupa de ontem. Um barulho imenso de batidas na porta invade meus ouvidos piorando com a minha puta dor de cabeça.

- O que foi porra? [Digo]
- Que café ?
- Sério que você me acordou pra perguntar isso?

Me levando da cama calço um tênis, abro a porta indo em direção à cozinha, Ed não tem noção mesmo do que é privacidade, pior que isso, foi eu ter que aguentar à aquela sua namorada, loira oxigenada, que veio passar uma semana aqui.

- Acordou de bom humor?
[Ed pergunta olhando para mim, com um sorriso sarcástico]

- Eu nem vou falar nada

Pego as chaves de cima do armário e saio pela porta indo em direção as escadas, hoje está muito frio, ontem choveu pacas mas mesmo assim os universitários não se impediram de fazer festa,
estou pensando em arrumar algo útil para fazer, mas ir a festas e encher a cara no momento é a unica coisa interessante a fazer.

Passo no drive e pego um café, Ed foi com a namorada fazer rancho e comprou um café horrível se comparar com o esgoto da no mesmo, e pra piorar eu que tive que rachar o rancho.

Quando eu chego no campus, o estacionamento está lotado, e tenho que passar na frente de um trouxa com um BMW para conseguir a vaga dele. O professor já está falando sem parar quando entro na sala, olho ao redor na procura de uma cadeira.
Minutos depois o professor ainda não calou a boca,
um estouro na porta de entrada faz com que todos fique em silêncio observando a porta, então ela se abre devagar, uma garota apavorada de cabelos castanhos e olhos azuis, e que olhos, aparece entrando na sala.

- Me desculpem [Ela faz um sinal com mãos]

O professor logo olha para ela:
- Sra.Morgan vá até o reitor pedir uma autorização para participar da minha aula, faz 20 minutos que tocou alarme.

- Mas o portão....

- Não me interessa, você chegou atrasada!

-Mas eu não sei onde é! [Fala ela enquanto revirava os olhos, cada segundo que passava ela fica mais apavorada.]

Logo aproveito a oportunidade, me levanto e falo alto "pode deixar eu levo ela", capaz que eu vou perder uma oportunidade dessas.
O professor olha para a turma, alguém mais...
A sala toda fica em silêncio e antes que alguém fale me levanto e vou rápido em direção à porta, e paro ao lado da bela garota ou mais precisamente Sra.Morgan, a conduzo pelo corredor adentro, por conta do nervosismo, acho, ela começa a mexer inquietamente em um fio de cabelo.

Me desculpe, A merda do portão lateral estava fechado, tentei pular mas tive que fazer a volta no campus inteiro.
[ fala quebrando o silêncio]

Fico em silêncio enquanto começo reparar nas roupas dela, ela está com uma calça de moletom cinza, um tênis branco e uma blusa com gola colada, na verdade bemm colada.

- Meus olhos estão aqui em cima.
[Ela fala estralando os dedos]

- Não foi intencional.
[A encaro]

- Seu Imbecil, na verdade todos são!

- Nem todos nós somos imbecís

- Bom, nenhum me provou ao contrário
[ Afirma dando de ombros]

- Você é mexicana? [Troco de assunto antes que ela leve a conversa mais afundo]

- Sim como sabe?
[ Ela para e começa a me observar ]

- Deduzi.

- Você acha que eu vou ganhar alguma suspensão algo do tipo? [Fala enquanto olha para o chão]

- Depende, se for sortuda não.

Ela levanta as sobrancelhas, o resto do trajeto de dois minutos fazemos em silêncio, entrando no prédio do reitor vou na frente e seguro a porta para ela passar, ela para e franzi a sobrancelha, então dá dando ombros e passa por mim, nunca fui muito cavalheiro mas as vezes vale a pena, subimos as escadas entramos em uma sala, o balconista com uma cara de bunda, faz um gesto com a mão para que nos sente, ela senta em uma cadeira em frente a minha, ali à espera do reitor, cruzo os braços e a observo com atenção, seus olhos estão percorrendo as tatuagens em meus braços, gosto do jeito que ela olha para mim, tentando me decifrar.

Minutos depois o reitor abre sua grande porta de madeira, não sei por que esses reitores gostam tanto destas portas, de certo modo devem pensar que é intimidador, mas não é. O reitor a chama, ela se levanta indo em direção a sala, ele me pede para que eu volte para a sala, seguro ela pelo braço na tentativa de perguntar seu nome e ela responde Penélope...

Belo nome.

Belo nome

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Meu grande talvezOnde histórias criam vida. Descubra agora