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  — Elise! – Batidas na porta a fazem estremecer. Mas a voz dele está diferente.

É sempre assim.

Ele a agride...

E depois pede desculpas.

Elise abre a porta e ele a encara como um cão perdido.

— Hey... me perdoe por ontem. Eu estava muito estressado e você sabe que eu odeio quando você reclama logo quando eu chego...

Sim! A culpa sempre era dela...

Elise abaixa o olhar para o chão, ele pega em seu rosto a fazendo encara-lo. Não era um toque muito gentil, e simplesmente causava repulsa em seu corpo.

— Não faça mais isso, okay? Eu vou passar uns dias fora. Tenho que trabalhar.

— Tudo bem. Ficarei em casa a sua espera. – ela diz o mais convincente possível. Força um sorriso triste e ele a beija na testa e sai.

Liberdade!

Mas não tão fácil...

Ele tranca as portas para ter certeza que ela vai ficar em casa.

Elise ouve a caminhonete arrancar.

Enfim... em segurança.

***

    Mesmo com a chuva la fora, não vai impedi-la de dar uma volta. A janela da cozinha está solta, ela a afasta, sobe na pia e passa por ela, caindo no jardim cheio de coisas velhas.

     Seu rosto já começou a voltar ao normal, o inchaço diminuiu, ja quase imperceptível, mas o corte no lábio permanece.

  Gostava de fazer o mesmo percurso, passar por aquele beco escuro e vazio. Ela fez isso durante anos.

    E lá estava os dois rapazes novamente, conversando tranquilamente, e exatamente quase a mesma coisa.

    Tomas tentava convencer  Jackson a retornar aos ringues.

   Raios cortam o céu nebuloso, o estrondo faz o trio que estava no beco estremecer

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   Raios cortam o céu nebuloso, o estrondo faz o trio que estava no beco estremecer.

O padrão de energia solta faíscas e Elise se encolhe, em um susto um grito baixo sai de sua boca.

— Merda! – Jackson rosna esfregando o rosto ao notar que as luzes da academia apagaram, ou provavelmente queimaram pela descarga elétrica que percorreu a rede. – Senhorita, está bem?

   Jackson se aproxima, entrando na chuva e Elise o encara assustada, olhos arregalados e boca semi-aberta.

— Estou. – ela diz rouca pelo susto, tentando se recompor.

— Não acha que a chuva está muito forte para poder caminhar? Tarde também...

— E... – Elise da um passo para trás.

No LimiteOnde histórias criam vida. Descubra agora