As Crônicas de Sarah

Capítulo 20 - Triângulo das Bermudas

~Thomas

Assim que chega a seu dormitório Thomas liga seu notebook, entra no site da empresa da família de Sarah para saber se eles realmente estavam no evento, ao ver a foto da família no tal evento beneficente ele respira fundo e recosta no encosto da cadeira, ele vê a data, é exatamente no mesmo dia da resenha. Ele fica um tanto quanto decepcionado.

Thomas: Como isso é possível?! – Flash da noite em sua mente – Eu a vi saindo pela janela.

Ele se levanta e vai em direção a janela, ele passa levemente seus dedos pela janela, tentando se lembrar de algo a mais, ele se lembra da estranha dor em seu pescoço, vai até o banheiro e olha no espelho, ainda há cicatriz, dois pequeninos furos, ele ainda esconde usando a base de Rick, pois ainda há uma vermelhidão em sua volta.

Thomas começa a lavar seu pescoço e fica olhando para ela, ainda se lembrando daquela noite, as lembranças martelam em sua mente. O rosto de Sarah ainda é claro para ele. Perdido em seus pensamentos Thomas não percebe que Rick está se aproximando dele, adentrando no banheiro.

Rick: Que isso cara, uma espinha? – Thomas se assusta com sua presença – me deixa ver – já colocando suas mãos no pescoço do Thomas para ver melhor – Não é espinha não.

Thomas: Sai fora – se afasta bruscamente de Rick com a mão no pescoço.

Rick: Há garanhão, é um chupão né, quem foi a vampira? – dá um pequeno soquinho no ombro de Thomas e sai do banheiro com um sorriso malicioso.

Vampira? – pergunta Thomas em seu pensamento, se lembrando de tudo o que aconteceu naquela noite, mais uma vez ele olha no espelho seu pescoço, passa de leve os dedos sobre os pequeninos furos e então vai para frente de seu notebook.

Ele começa a pesquisar sobre vampiros, lê sobre em vários sites diferentes, em todos são basicamente a mesma coisa, pele fria, pálidos, veloz, fortes, bebem sangue, melancólicos.

Conforme lia se lembrava da primeira vez que conheceu Sarah e a tocou, pele fria, seu palidez, como enfrentou homens na resenha, força, como chegou rápido de mais em casa, veloz, como lambeu o sangue e o mordeu, sede, como pulou de sua janela que fica no segundo andar do dormitório, ele lembra se nitidamente de ver o rosto de Sarah saindo pela janela.

- Não, isso é impossível, vampiros – ele sorri – vampiros não existem, eu estou ficando paranoico, isso não é um filme Thomas, acorda – pensa ele dando um tapa em seu rosto.

Ele fecha o notebook e se deita em sua cama tentando esquecer o que acabou de ler, Rick o chama para sair com as meninas mais ele se nega e fica em sua cama até adormecer.

~ Vejo Sarah ao longe toda linda em um vestido branco esvoaçante, dançando a luz do por do sol, ela me chama, e quanto mais me aproximo dela a noite vai chegando e seu lindo vestido branco vai ficando negro como a escuridão, e assim eu a alcanço, ela me toca, seus olhos são vermelho sangue, suas presas enormes, seus lábios escorrem sangue, passo a mão em meu pescoço, vejo minha mão ensanguentada... É o meu sague. ~

O despertador toca, acorda Thomas assustado.

~Sarah

Enquanto Philipe, Rebeca e Jordam encontram uma maneira de achar um lugar seguro para o grimório, Sarah está com o pensamento longe, ela não consegue se concentrar na conversa.

Rebeca: Sarah?! Está tudo bem?- Sarah não responde, então ela se aproxima e toca em seu ombro cautelosamente. – Sarah?!

Ela olha para Rebeca já com os olhos vermelhos, pois estava tão distraída que não percebeu sua aproximação, o que fez todos ficarem curiosos.

Phillipe: Sarah está tudo bem? Você nunca está com guarda baixa?

Rebeca: No que está pensando Sarah?

Sarah: Desculpa, eu não consigo me concentrar no assunto de vocês.

Phillipe: Por quê? O que houve?

Sarah: O garoto...

Phillipe: Há, porque não esquece esse garoto de vez? – Sarah olha irritada para ele.

Rebeca: Sarah! Não é culpa sua o que houve, ele está vivo, você não o matou.

Sarah: Se Benji não chegasse a tempo eu teria matado ele, eu me sentiria culpada pelo resto de minha existência, nunca experimentei sangue humano, ele ia acabar com isso, a única coisa que me orgulha nessa vida fria. Eu vejo na faculdade tentando esconder a marca que deixei em sue pescoço, me sinto tão envergonhada, tão culpada, ele tenta esconder algo que eu causei, eu me pergunto por que, o que se passa na cabeça dele Rebeca, ele esta calmo de mais.

Rebeca: Eu sinto muito que esteja passando por isso Sarah, mas há uma explicação, logo você saberá o porquê disso tudo acontecer, eu desejo muito que sua angustia tenha fim, mas agora temos que nos concentrar no grimório, quanto mais tempo ele fica conosco mais perigoso é, temos que dar um fim nele o quanto antes, e Phillipe teve uma ideia. Venha! Isso irá te distrair um pouco.

Jordam: Conte a Sarah sua ideia Phillipe.

Phillipe: Bom na verdade é bem simples, vamos coloca-lo em uma maleta com os encantamentos de Rebeca, depois em um cofre bem grande e pesado com varias outras maletas iguais porem vazias e...

Sarah: E...

Phillipe: Vamos jogá-las no meio do oceano atlântico, mais especificamente no Polígono das Bermudas, conhecido como triângulo das bermudas, será impossível tira-lo de lá. Sou um gênio ou não. – sorriso vitorioso no rosto.

Sarah: Bom, até que foi – um pequeno sorriso para seu irmão – é uma ótima ideia, acho que temos uma viajem para fazer.

Jordam: Eu sei que você quer ir Sarah, mas achamos melhor você ficar aqui e tomar conta da flor, eu, Rebeca e Phillipe iremos nessa jornada e não vamos parar até nos livrarmos desse grimório.

Sarah: Você está certo, não posso ficar dias longe assim, as coisas estão muito calmas depois dessas visões e isso me preocupa. Bom, melhor arrumarem as malas então.

Rebeca: Voltaremos o mais rápido possível Sarah, ainda temos que decifrar a profecia. Cuida-se tá, e tenha paciência, logo tudo ira se resolver.    

Todos saem da sala, antes Rebeca lhe da um abraço apertado e assim que sai Sarah se vira para janela. Ela volta a pensar em sua situação com Thomas. 

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Até a próxima pessoal.