Jimin aos seus 18 anos, tem total certeza de que é um alfa, apesar de ainda não ter sua classificação definida pela sua puberdade atrasada. Porém, em um dia chuvoso, o seu cio acontece de repente, trazendo uma notícia que vai mudar a sua vida para s...
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#Uva&Canela
Eu abri os olhos de súbito, e mais um dia de sofrimento tinha começado. Como se já não bastasse meu corpo cansado, e minha mente em pane, meu pai estava me gritando ao que parecia ser umas 7:00 da manhã, sem qualquer delicadeza. Acordei com meu coração quase sendo cuspido pelo susto enorme quando sua mão pesada foi de encontro a porta. Sim, ele estava sendo extremamente escroto.
-Já acordei! - gritei de volta para que ele parasse com seus berros grotescos, por mais que não me sentisse com voz o suficiente para tal.
Pelo visto ele ainda estava com raiva pela minha classificação, e estava descontando esse ódio da forma que podia. Eu tinha plena noção de que aquilo não iria passar tão cedo, então tentei mentalizar que esse era o meu novo normal, sem bajulação, sem mimo, nada que indicasse o mínimo de afeto do meu pai, por mais que ele já não demonstrasse muito.
Ontem a noite foi difícil juntar os cacos e reunir forças para ir até a cama, foi por pouquíssimo que eu não tinha dormido ali mesmo no chão, enrolado no mesmo lençol que havia descido. Pelos menos frio eu não ia passar.
Porém, essa noite, quando me deitei na cama de casal no quarto escuro, eu me senti extremamente solitário, como se fosse comum eu dormir ao lado de alguém, e agora essa pessoa não estivesse ali comigo. Era uma sensação de vazio estranha, porque era tanto física quanto psicológica, o que não fazia sentido algum já que eu sempre dormi sozinho a minha vida toda. A sorte é que o cansaço venceu, e eu caí no sono antes que eu começasse a ficar nervoso, ou emotivo.
Eu estava uma pilha de confusão, e meus sentimentos estavam me traindo a todo tempo.
-Ai sinceramente - resmungou a Sra. Bak entrando no quarto rapidamente, fechando a porta atrás dela com certa pressa, como se não pudesse ser vista, enquanto mantinha uma carranca na face - Esse homem às vezes me irrita de tão brutamonte - ela estava tão focada em falar mal desse homem, que estava claro ser meu pai, que ela pareceu até esquecer que entrou no quarto onde eu estava.
-Sra. Bak? - perguntei, mas ela pareceu não notar o chamado.
-Eu disse para ele que você estaria muito desgastado, e que você precisava descansar - ela começou a caminhar em minha direção em passos pesados - Mas ele não me ouviu - bufou - E insistiu que te acordaria, pra você levantar e fazer seja lá o que for - ela gesticulava nervosa com as mãos.
Ela começou a me descobrir, e me examinar com os olhos rapidamente, enquanto ainda parecia focada em desabafar.
-Você acredita que ele queria que você fosse para a escola? Nesse estado?! - ela exasperou incrédula - Se eu não insistisse...
Por um momento eu acabei rindo de leve, vendo a preocupação que ela tinha por mim, escondida debaixo da raiva sobre o Sr. Park. Ela não estava errada, meu pai estava mais rude que o normal, e pelo visto não se preocupava nenhum pouco sobre o meu bem estar agora.
