Jimin aos seus 18 anos, tem total certeza de que é um alfa, apesar de ainda não ter sua classificação definida pela sua puberdade atrasada. Porém, em um dia chuvoso, o seu cio acontece de repente, trazendo uma notícia que vai mudar a sua vida para s...
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#Uva&Canela
Seu rosto estava indecifrável. Ele parecia querer ter diversas reações ao mesmo tempo, e agora não sabia o que fazer. Seu corpo tinha parado como uma máquina no meio do percurso, seja ele qual for, e seus ombros pareciam tensos. Ao mesmo tempo que havia surpresa, suas sobrancelhas pareciam querer enrugar como se algo tivesse o irritado novamente. Além de sua boca, que abria minimamente como se quisesse dizer alguma coisa, mas nada saía dali. A Sra. Bak estava meio certa. Ele parecia um cão perdido.
E eu quase fui afetado.
Porém, eu já havia dito que não queria mais nada vindo dele, muito menos me intrometer na sua vida. Por mais que seu aroma estivesse me cercando como um lobo cerca sua presa, e a vontade que se formava em minha barriga inquieta fosse de ceder, eu tinha me decidido. E foi ignorando sua falha tentativa de deixar que as palavras escapassem de seus lábios, que eu me sentei, preparando-me para comer.
Alguns segundos se passaram com ele ali, visando-me reticente no mesmo lugar. Percebi um movimento sutil de suas mãos para frente, porém voltando rapidamente para ao lado do corpo. Sentia também a Sra. Bak, que ainda estava ali, olhando-me questionadora sobre a situação desconfortável que rondava aquele cômodo, porém não me direcionei a ela.
Então pude ouvir o seu suspiro, e finalmente seu corpo se moveu para fora dali, em direção aos fundos da casa. Pela segunda vez, o que quer que quisesse falar, desistiu, deixando-me um pouco agoniado por ele simplesmente não dizer logo o que queria, e me deixando em paz.
Suspirei em seguida, aliviado pela presença do alfa ter sumido. Eu podia estar decidido, mas isso não era exatamente fácil, quando tudo nele parecia me sugar como um puta buraco negro.
-Eu sinceramente espero que vocês superem essa tensão toda, por que ela tá horrível, dá pra sentir de longe - comentou começando a se afastar para dentro da cozinha, quando voltou como se lembrasse de uma coisa - Ah! E eu tenho certeza que tem gente de olho no que tá acontecendo, e você sabe como são fofoqueiros - ela sussurrou revirando os olhos no fofoqueiros.
-Sei sim - disse sem saco, já sabendo que ela falava dos funcionários da casa.
-Vou cuidar das minhas tarefas, e você trate de comer bem, tá ouvindo? Precisando de algo, me chame - deu seu último aviso antes de finalmente sumir pela cozinha. Soltei meu segundo suspiro só naquele instante, abaixando a cabeça, e a apoiando nas minhas mãos. Perguntava-me incessantemente por que tinha que ser tão complicado. Por que diabos aqueles míseros, porém infernais dias, tinham que ter tantos efeitos colaterais? Antes tudo era tão fácil...
Fui interrompido quando Sun Hya apareceu, trazendo o que parecia ser o almoço em uma bandeja, enquanto mantinha aquela cara enrugada que estava começando a me irritar.
-Alguma coisa errada, Sun Hya? - perguntei quando a mesma deixou o meu prato, talheres, guardanapo e copo em cima da mesa.
-Nada errado, senhor - apertou o nariz discretamente, como uma reação involuntária, forçando um sorriso ridículo que mal saiu de uma levantada de lábio. Ela se dirigiu para a cozinha novamente, trazendo a jarra de suco de melancia.
