BLOOD TIME- [Peaky Blinders/ Thomas Shelby]

CHAPTER 4

"Eu plantei uma flor que não pode florescer em um sonho que não pode se tornar real"

  TWO YEARS

Com Grace em meus braços perdendo lentamente a consciência sinto meu mundo parar. Eu gritava descontroladamente em busca de ajuda, uma última esperança de aquela que eu ama-se não seja tirada de minha vida. Meus olhos marejados passam em meio ao salão onde noto a figura de alguém que temia por esse momento assim como eu.

Elisabeth permanecia congelada, presa em sua própria mente enquanto seus olhos arregalados encarava o corpo de sua amiga. Lágrimas não sairá de seus olhos, assim como nenhuma palavra, sua face não demonstrará nenhum sentimento até o momento.
Contudo, eu sabia que a mesma estava para cair em seus demônios a qualquer momento. Uma mancha de sangue aumentava em seu ombro, marca que registrava sua devoção a aquela que sempre jurou proteger.

Ela realmente estava disposta a morrer por Grace, levou um tiro por Grace. Enquanto Grace levou um por mim, merda!

Eu queria a ajudar, eu queria ajudar ambas, mas aquele poderia ser o último maldito momento com minha esposa. Seria impossível eu deixar Grace, não agora.

▪▪▪

- Como você está? - Falo entrando no quarto da mais nova que agora me olhava sem ânimo.

- Sai daqui.

- Eu sei que tenho culpa - Começo a falar, mas limpo a garganta antes de continuar. - Sei que é culpa minha, mas não me ignora, não agora Lisa...

Arrisco a chama-lá pelo apelido que a via dado alguns anos atrás, seus olhos se encontra com os meus e por breves segundos sinto meu estômago embrulhar.

Eu não a queria me olhando daquela forma, não ela.

- Não é sua culpa. - Fala em um sussurro rouco - Nunca foi.

E lá estava ela, mais uma vez sem conseguir me olhar diretamente.
Elisabeth era um mistério, um mistério que eu me questionava se um dia desvendaria. Desviando seu olhar a mesma mordia os lábios nervosos.
Aqueles lábios avermelhados que durante anos eu lutava para resistir.

1 ano antes.

- Onde está Grace?

- Com seu filho fazendo alguma coisa sem sentido que mães fazem com os filhos. - Falava irritada

- Algo aconteceu?

- O problema é o que vai acontecer, Thomas.