Capítulo 1

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Hoje começa mais uma história para vocês. Eu espero com todo o coração que vocês gostem dessa delicinha que estou escrevendo. Obrigada por sempre estarem me apoiando. Vamos conhecer Pedro, Heloisa e o pequeno Gael? 

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Pedro Henrique

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Pedro Henrique

Aprendi que toda vida bem planejada ainda podia dar errado. Eu havia construído um roteiro para o meu futuro e esse mesmo roteiro foi rasgado e queimado, quando Letícia – uma mulher que conheci em uma boate e saí algumas vezes – apareceu grávida de nove meses em minha porta. Dizendo que estava esperando um filho meu e que se eu não o quisesse, depois que ele nascesse, ela o colocaria em um orfanato.

Aquilo estava fora de cogitação. Porém, não podia ser hipócrita, pois por um momento, pensei que seria a melhor opção. Só que eu tendia ser muito apegado a certas coisas e pessoas. Então com o passar dos dias meu coração começou a doer, somente com o pensamento de ter que deixar o meu bebê em um lugar onde crianças eram abandonadas. Foi quando Gael nasceu e eu desisti completamente daquela ideia. Ele era tão pequeno e tão parecido comigo, era impossível deixá-lo em um orfanato.

Isso havia sido há um ano. Depois disso, tudo que eu sonhava para o meu futuro, teve que receber uma pausa. Já que ter um filho pequeno não era fácil, ele tomava parte de quase todos os meus segundos, e eu só tinha um minuto de paz quando ele dormia. Claro, que se eu quisesse ajuda da minha família, era só gritar socorro que minha mãe ou até mesmo meu pai iria vir me salvar, mas eu não queria pedir ajuda.

Não para uma família onde o dinheiro era mais importante. Onde só amor não bastava. Eles adoravam Gael, mas foram os primeiros a sugerirem que o levassem para um internato quando estivesse maiorzinho. Será que ninguém entendia que o meu filho era importante em minha vida e que eu não iria o jogá-lo fora com tanta facilidade, igual fizeram comigo em minha infância?

Mas mesmo sabendo de tudo isso, e mesmo tendo a noção de que meu filho era a parte mais importante da minha vida, às vezes eu era inexperiente demais para cuidar de uma criança. Por sorte, havia arrumado uma babá dos sonhos. Ana Clara me ajudava bastante no decorrer do dia. Porém, ela não podia ficar no período da noite, então eu precisava me virar para dar conta sozinho de Gael.

Por isso, enquanto analisava um contrato e ouvi um resmunginho pela babá eletrônica, senti até minha respiração ficar presa em minha garganta. Eram exatamente dez da noite, se Gael acordasse agora, ele não dormiria tão cedo e eu necessitava finalizar aquele contrato antes da meia-noite.

Por sorte, só ficou no resmunginho e não ouvi mais som algum. Voltei meus olhos para o papel continuando a ler tudo que estava escrito. Eram vários termos e eu tinha que me virar para não deixar nenhuma brecha passar.

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