Abro os olhos em um pulo, era um sonho? Não sei ao certo. Estou em uma caverna sozinha, levanto, me deparo com Analu sentada debaixo árvore em frente a entrada, apertando sua perna com todas as forças enquanto seu sangue jorrava lentamente. Me aproximo, agachando-me ao seu lado, verifico o ferimento...
— Isso vai doer — aviso.
Respiro fundo, introduzo a ponta da adaga no ferimento, Analu solta um gemido abafado, retiro um pequeno metal brilhante, com um apito que aumenta cada segundo, por intuição o lanço pra longe o que causa uma pequena explosão, que se tivesse explodido na perna de Analu teria deixado-a sem suas pernas, e, provavelmente a matado.
A pego no colo levo para a caverna.— Onde está o Guines? — a deixo no chão encostada em algumas pedras. Ela me olha meio apreensiva, engolindo em seco.
— Ele se foi. O levaram... Não tem nada do que possamos fazer.
Um turbilhão de pensamentos veio em minha mente. Todos ao meu redor estão indo. A culpa é minha de não ser forte suficiente para lutar contra aqueles seres.
— Fique aqui. Eu irei atrás dele.
Ela balança a cabeça — Perca de tempo, esse não é o seu propósito, você sabe disso, então pare de fugir.
Respiro fundo. Aquela situação está me deixando inquieta, sinto a necessidade de fazer algo. Mas a essa altura sou inútil. Sem dizer uma palavra, caminho em direção as folhas geladas com base negra. Era incrível como tudo está a colaborando com o meu outro eu, se eu ceder tudo ficará bem? Se eu tivesse cedido antes Zack estaria aqui? Não ter respostas é atormentador, ser tola me atormenta, uma inútil, essa força nunca foi minha, nada foi meu.
O chão branco esfria meus pés atravéz daquele couro envelhecido. Olho para o teto cinzento. Fecho os olhos. Talvez me arrependesse do que estou prestes a fazer— Você me garante que vai lutar até o fim?
— É o destino Estella.
— Responda minha pergunta.
— Enquanto puder, lutarei.
— Então... Faça o que tem que ser feito.
Ela me olha com gentileza, aos poucos se aproxima de mim, lentamente. Com sua espada crava em minha alma, que sangra tristeza e alívio. Meu corpo caído sobre algodões gélidos se encontra. Sentia a dor, sem nenhum ferimento em meu corpo. A sombra escura se aproxima me puxando aos poucos, estou indo, não desistindo apenas partindo.
Foi bom viver esses anos, mesmo que essa vida nunca tivesse sido realmente minha.
Mas ainda não é o fim, aliás somos uma só. Seus braços me envolveram até que nos torna-se-mos por completo.
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Criada para Matar
FantasiaMuitas meninas desejam ser uma princesa. Acham que a vida na realeza é fácil. Cuidado com o que você deseja... No reino da Lua, a princesa Stefany Estella recebe treinamentos fortes demais e extremamente dolorosos. Até que uma desavença, faz uma tr...