Em uma das salas do castelo lá estava eu, perante o meu pai.— Minha querida, acho que você não quer ir para o desfiladeiro. — disse meu pai andando ao meu redor. Permaneci em silêncio. — Então engula esse choro, minha pequena estrela. E permaneça com seus joelhos imóveis, você ainda vai ter que se ajoelhar em lugares mais dolorosos do quê este.
— Sim, senhor!
— Pois bem, Arthur! Vigie-a. Já perdi muito tempo aqui.
— Sim, Majestade.
Meu pai se fora. Lá estava eu sem poder esboçar qualquer uma reação. Meus joelhos estavam queimando de dor, sob aquelas pedras. Sei que poderia ter sido pior esse treinamento. De qualquer forma, eu não queria isso, mas não posso me opor ao meu pai. Não ainda. Um dia o aluno ultrapassa o professor, quando esse dia chegar, ele vai pagar por estar me transformando em uma máquina de matar.
Aquele guarda, está mais imóvel do que eu, se quer olha pra mim, mas não posso vacilar, ou serei castigada.
Minha doce mãe, na verdade, por mim nunca a chamaria assim. Depois de tantas chicotadas com espinhos que recebi.
Meus pais são monstros, sem coração e alma.Após exatamente 45 minutos fui liberada, não sentia meus joelhos, o sangue escorria pela minha perna, e ao em vez de receber cuidados, me encaminharam para me preparar para outro treinamento, onde encontraria uma pessoa mais doce do que qualquer outra que havia naquele castelo, digo, sem qualquer ironia. Analu me esperava na arena, pelo menos lutávamos com espadas sem qualquer fio de corte, ela sempre fazia parecer uma brincadeira o que me ajudava a focar mais na batalha.
Analu me olha e sorri, sua armadura brilhante sempre me encanta.
Seus cabelos, que aparentava uma cor de terra,estão sempre em um rabo de cavalo, combinando com sua pele.
Ela pega uma espada e lança para mim.— Uma luta até a morte? — pergunto a ela, que me lança um olhar desafiador.
— Até a morte.
Analu é a comandante do exército de meu pai, a melhor guerreira entre os reinos, talvez seja por isso que raramente nos atacam, em toda minha vida eu vivenciei apenas uma guerra.
Ela quase me dá um golpe certeiro no pescoço, mas me esquivo. No início mal começava e perdia, hoje em dia depois de 5 anos de treino, estou melhorando, mas não o suficiente e espero nunca estar, desde o primeiro dia que meu pai me apresentou ela, disse que quando eu a derrota-se eu teria que matá-la, lembro que não consegui dormir, aliás, eu só tinha 8 anos de idade quando comecei a treinar com espada, arco e outras armas, anterior a isso era outros treinamento. Ao passar dos anos eles tem sido cada vez mais intensos e difíceis.Aponto a espada para o pescoço dela, enquanto, ela paralisa a espada na reta da minha cintura.
— Empate. — digo ofegante.
— Princesa, a senhorita tem ciência que seu pai não vai fica satisfeito com outro empate e sabe que o castigo será terrível. — voltamos aos nossos postos.
— Eu sei, mas eu não posso te vencer, você sabe. — ela sorri mas ao mesmo tempo seus olhos continha lágrimas.
— Stefany — quando não havia ninguém por perto eu lhe dava a permissão de falar assim, porquê perto de qualquer membro daquele castelo, a acusaria de afronta e desrespeito á família real. -eu estou condenada de qualquer forma, se eu não morrer pelas suas mãos, morrerei pelas do seu pai, cometi um grave erro quando entrei nesse castelo, fui poupada por saber lutar.
Ela sempre me falava isso, mas eu não me importo, eu posso protegê-la, assim como ela já me protegeu, me salvando de castigos terríveis, simplesmente dizendo que eu estava atrasada para o treinamento.
— Eu... Não sou capaz de te matar.
— Sou mais uma condenada, assim como todos aqueles que seu pai ordenou morte como punição e você matou.
Realmente eu matei muitas pessoas. Principalmente as que eram sentenciadas á morte, de alguma forma eu sentia prazer em matar. Gosto de ver aquelas almas atormentadas livres, confesso que tentei poupar muitas vidas, mas eles imploraram pela morte, nunca neguei um pedido assim, alguns até morreram sorrindo, outros me agradeceram, outros pedindo perdão. Uma coisa nunca esqueço de cada um, o sangue escorrendo, aquilo era prazeroso, uma vida deslizando pelas minhas mãos, era bom ter certeza de algo, apesar de saber que no fundo não era certo.
Assim que voltei a lutar contra Analu, meu pai aparece.— Estella — meu pai nunca me chama pelo primeiro nome — tenho mais um pra você.
Já sabia o que aquilo significava, mais sangue.
Na sala do trono se encontra um homem de cabelos grisalhos.
— Qual é o crime desse homem? — olho para meu pai. Tento sempre me mostrar fria.
— Ele estuprou uma garota de 11 anos.— Mas meu pai sempre é mais com seu olhar fuzilador.
Andei ao redor daquele homem. Pego uma faca e sussurro .
— Quais são suas últimas palavras? — o homem responde em um tom baixo e firme.
— Eu não me arrependo.
Posiciono a faca, cortando seu pescoço lentamente, ouço seu grito engasgado.
O observo, até sua alma se libertar.
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Criada para Matar
FantasyMuitas meninas desejam ser uma princesa. Acham que a vida na realeza é fácil. Cuidado com o que você deseja... No reino da Lua, a princesa Stefany Estella recebe treinamentos fortes demais e extremamente dolorosos. Até que uma desavença, faz uma tr...