Capítulo 32 - Pain

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Respera fundo, 

respira fundo umas 3 vezes 

Musicas do capitulo:

Lost My Mind - FINNEAS

Boa Leitura! 

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Seu corpo doía, mas ele não sentia a dor física, não naquele momento em que internamente ele fervilhava em dor interna, seus olhos fixos no pedaço de vidro próximo a ele, não consegui pensar, nem respirar direito

O nobre não estava completamente sóbria devido o fato de ter bebido o dia inteiro, então após o gole grande na segunda garrafa ele começou a falhar no passo. Ele queria acabar com isso, com a dor, era demais, sentir tudo isso era demais, ele  não queria sentir e a única forma de não sentir é não viver, pensava

- HARRY – a voz o chamou um segundo antes dele se abaixar para pegar o pedaço afiado de vidro - HARRY ME ESPERE – estava mais próximo e o nobre desistiu de pegar o vidro, em vez disso ele bebeu mais um gole grande do álcool, começando a caminhar para as roseiras, não queria ninguém perto dele – h... –  sentiu o toque no braço e parou, mas não se virou – Amor, você está bem? Está machucado?– Louis se colocou a sua frente e Harry virou o rosto, com delicadeza o poeta colocou as mãos em seu rosto e o nobre foi um passo para trás, Louis virou seu rosto mesmo assim, ele enxergou de perto a marca vermelha no olho esquerdo, o corte na boca, a bochecha marcada – Harry – Louis sussurrou sem nenhuma força na voz e ele só conseguiu puxa-lo para um abraço

Louis abraçava Harry tão próximo e com tanta força que Harry gemeu de dor devido seus machucados, imediatamente Louis afrechou o abraço e sentiu Harry se afastar 

- me desculpe, me desculpe. Eu não quis te machucar, me perdoe – ele estava atônito, confuso, ainda processando o estado do maior e por isso estava sem nenhum tato agora.

Harry não o abraçava de volta, na verdade ele estava afastado, não conseguia, não naquele momento onde sentia que qualquer toque o machucaria

- por favor me solte – pediu fraco e Louis o soltou na mesma hora notando o medo em sua voz

- estou te machucando? Me perdoe amor, vem, venha comigo, me deixe cuidar de seus ferimentos, eu juro que arderá apenas um pouco

O nobre se afastou andando para trás e bebeu mais um gole do vinho para matar o que sentia. A mente dele era uma confusão, e ela girava em torno das palavras de seus pais, gritava sobre o quanto seria mais fácil acabar com tudo e suplicava para que ele realmente o fizesse, seu coração acelerava com cada pensamento e o ar começou a faltar,  começou a andar em direção ao fim do jardim, perto das orquídeas. Ele andava cada vez mais rápido e mais falta de ar sentia.

- hey, hey! Pare! Harry! – Louis segurou ele o fazendo parar três passos antes do desfiladeiro da colina,  segurava seu braço com força assustado com a cena do amado praticamente correndo para o desfiladeiro.

- me solta, me solta agora – o falar foi eufórico e falho, sua respiração rápida,  tentou se afastar, mas o poeta o puxou com delicadeza um pouco para trás e o virou, acariciando seu rosto, o garoto hiper- ventilava e suas mãos tremiam

– respire, h...calma. – Louis com delicadeza segurou suas mãos, mas Harry as afastou um pouco, Louis retirou a garrafa de sua mão e a segurou – vem - guiou Harry para baixo, sentando-se no chão com ele em meio as orquídeas – olhei pra mim e respire, irá passar, respirei agora – falava com calma, a tempestade esverdeada encarava diretamente o mar cristalino calmo.

1665 {L.S}Onde histórias criam vida. Descubra agora