Capítulo 20

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Minha cabeça doí, minha visão está turva e ainda estou meio sonolenta, estou sobre algo macio que deduzo ser uma cama

- Já arrumei o andar de cima só precisamos terminar o andar de cima

Ouço alguém dizer, e rapidamente tento me levantar mais acabo caindo no chão, solto um gemido de dor pois acabei caindo por cima da minha mão cortada, logo duas mulheres abrem a porta do quarto

- A senhorita está bem? - fico assustada pois conheço as duas, elas trabalhavam na casa do meu pai

- Vocês? Aonde eu tô? Por que estão aqui? - pergunto depressa

- Calma senhorita - a primeira diz

- A senhorita esta na casa que seu pai comprou para passar um tempo aqui no Brasil, o seu pai ainda não chegou, mais não precisa se preocupar ele logo chegará - a segunda fala isso e me ajuda a sentar de volta na cama, olho o quarto onde estou, é bem luxuoso

- Eu estou em casa? Mais como...

- Eu não sei muito bem senhorita, só fui designada para cuidar da casa e ouvi o barulho de quando caiu então entrei para saber se estava tudo bem, por favor estenda a mão para eu vê se está tudo bem - mostro a mão e já estava enfaxada só que o pano estava todo vermelho de sangue - por favor pega a caixa de primeiros socorros, deve ter uma no banheiro

Ela fala e a que estava atrás dela que logo obedece, não demora muito ela volta e entrega a caixa para a mesma, assim ela começa a desenfachar, a outra pede licença e fala que vai continuar seu trabalho e sai logo em seguida

- Vai arder um pouco, e a senhorita nãovai poder usa essa mão por uns dias - só asseno com a cabeça e ela continua seu trabalho

- Eles trouxe vocês pra cá? - pergunto

- Sim, ele escolheu algumas de nois e depois comunicou a gente que tínhamos que viajar com ele para o Brasil, e aqueles que não puderam por questões familiar ficou no país mesmo

Fico quieta e deixo que ela termine seu trabalho

- Terminei, lembre-se, não molhe e não use muito essa mão, agora tenho que me retira

Ela sai e fico olhando o quarto por um tempo, me levanto e me sinto meio fraca, talvez por não ter comido nada, ando pelo quarto e vou para o banheiro, me olho no espelho e vejo marcas roxas pelo meu corpo, e tem um curativo em minha testa, não estou mais com a roupa que estava vestindo antes, volto para o quarto e tento procura meu celular ou qualquer coisa que me mostre o horário, acho em umas das gavetas o meu antigo celular, pego e ligo ele

- Eu apaguei por 2 dias??

Aproveito que estou com o celular na mão e entro nas minhas antigas redes sociais tem mensagens de várias pessoas, mais paro em uma específica

- Afro, não fui para a escola porque estou doente, fiquei resfriada
- Porque não me responde
- Me atende Afro
- Afro, seu pai esteve aqui te procurando
- Estou preocupada

Tem várias outras mensagens de Alana, dou uma olhada nas outras conversas mais logo deixo o celular de lado e vou tomar um banho, e tomo todo o cuidado para não molhar o curativo feito a poucos minutos, depois saio e pego um vestido simples para me vestir, e saio do quarto

Ando a procura de uma pessoa em especial mais nao acho, então chego a sala e encontro meu pai sentado em uma poltrona, assim que ele me vê, ele se levanta e vem em minha direção

- Filha como é bom te vê acordada - ele fala me abraçando e o retribuo de volta

- Como me encontrou? - pergunto

- Contratei um detetive, e no final encontramos algumas fotos suas então seguimos seu rastro, acredite querida o miserável que te sequestrou vai pagar caro

Ele diz isso e só balanço com a cabeça

- Cadê Edna? Ela veio? Estava a procura dela mais não achei - pergunto e vejo o rosto dele se fecha em uma expressão de tristeza

- Sinto muito querida

- Oque foi pai? Cadê ela? - pergunto desesperada

- Assim que você sumiu Edna caiu doente, e com o passar dos meses só piorava, nenhum dos médicos soube dizer oque ela tinha, e a alguns dias atrás ela não resistiu e veio a falecer, eu sinto muito querida

Fico parada feito estátua processando tudo oque ele me disse

- Você está mentindo para mim, cadê ela? Onde ela tá? Ela tá aqui não é, só está se escondendo para fazer uma surpresa - digo e começo a rodar a procura dela, mais meu pai me segura

- Não filha, não é brincadeira, eu sinto muito - ele diz e eu começo a ri feito louca, vejo tudo embaçado por contas das lágrimas que veio a tona, já não estou mais em mim e só me sinto sendo erguida do chão pelo meu pai e ele me levando para cama ele fica por um tempo mais logo sai para atender uma ligação e não volta, aos poucos o sono me toma para si

- Deixa que eu abro - digo correndo para atender a porta, assim que abro me deparo com dois policiais

- Aqui e a casa da senhor Jorge Lima? - afirmo com a cabeça e ouco Edna atrás de mim dizer

- Sim, pois não? - ela vem até mim e coloca suas mãos em meus ombros

- Sinto em informa-lós, mais ouve um acidente de carro com a dona Sabine e infelizmente ela não resistiu e morreu no local, peço que um dos integrantes da família a esse endereço para identificar o corpo - ele entrega um papel a Edna, mais não presto muita atenção ao f8nal da conversa, me sinto fraca e minhas pernas vacilam, não vou de encontro ao chão pois alguém me pega e me leva para o sofá me deitando em seguida, não consigo parar de chora

- Ela não pode ter morrido ou pode? Deve ser algum engano, isso, isso mesmo é um engano, e daqui a pouco ela vai entra pela porta como se nada tivesse acontecido - digo e vejo Edna vim até mim e passar suas mãos em meu cabelo dizendo

- Querida ela infelizmente não vai voltar, e nois temos que superar isso, você não vai está sozinha, você tem seu pai, seus amigos e tem a mim, não chore minha criança, ela está em um lugar melhor, e um dia todos vamos nos encontra nesse mesmo lugar

- Você nunca vai me deixar não é mesmo Ed? - pergunto

- Nunca minha querida, eu nunca vou te deixar - ela sela seus lábios em minha testa

Acordo assustada, minha respiração está acelerada, enquanto me acalmo percebo que já anoiteceu, vou para o banheiro e preparo a banheira, entro nela e fico ali horas

- Você mentiu, e me deixou sozinha, você se foi, e nem se despediu de mim

As lágrimas voltam a escorrer

- Eu te amo Edna, mamãe, nunca vou esquecer vocês - digo vendo o sol nascer ao longe

Querido MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora