Ava Bianchi:
O tempo ameno de dezembro me deixa confortável, no México as temperaturas não eram tão gélidas quanto nos EUA e eu estava me acostumando bem, já se passavam cinco meses desde que eu fugi de Nova York e me refugiei na pequena cidade de Culiacán, sobre a proteção do temido chefe do quartel de Sinaloa, eu não me orgulhava daquilo, mas, era o único jeito de despistar os meus rastros e conseguir viver sem ter medo deles me acharem, tinha certeza que a temida família Ferretti nunca me deixaria em paz se soubessem onde eu estava e eu não queria que Ethan meu lindo o sorridente bebê crescesse naquele antro de luxo, recebendo maus exemplos de seus tios, sendo mimado pelos seus avos e eu tenho certeza que meu Jeremy iria concordar comigo, ele era o único que não tinha sido seduzido pela fortuna da família e virado um playboy egocêntrico ou um maldito perseguidor. Lembrar de Jerry fazia com que o meu coração doesse, eu ainda tinha pesadelos sobre o acidente, das horas no hospital e daquela notícia que me tirou o chão e a vontade de viver e no meio daquela furacão, as acusações de que eu seria responsável pelo acidente me devastaram, com um bebê recém-nascido nos braços, um marido morto e uma família que me odiava, tudo que eu poderia fazer era fugir para longe, esconder os meus rastros e começar uma nova vida bem longe daquela inferno e daquelas pessoas toxicas, que queriam apenas o mal das pessoas.
Balancei a cabeça negativamente e suspirei enquanto encarava Ethan brincando com a pelúcia enquanto estava sentado no cercadinho, com seis meses ele era o bebê mais lindo e esperto do mundo, tão parecido com o pai e era a única pessoa que fazia com que eu quisesse continuar vivendo, se não o tivesse em minha vida, já teria feito uma loucura e tirado minha própria vida.
_ Você está brigando com o senhor leon? – Perguntei quando ele jogou a pelúcia longe e fez um beicinho fofo, fazendo com que eu o pegasse no colo e beijasse as suas bochechas repetidas vezes. _ O que ele fez de tão errado para merecer esse tratamento? Conte para a mamãe.
Ele riu e escondeu a sua cabecinha no meu ombro, eu conhecia aquela manha, ele estava querendo dormir, mas, era mimado como qualquer homem da família Ferretti. Andei pela sala cantando uma antiga cantina de ninar que vovó cantava comigo para mim quando eu era pequena, enquanto terminava os últimos preparativos para a minha pequena recepção, as festas se aproximavam e todos estavam confraternizando com os seus amigos e apesar de estar a pouco tempo ali, eu tinha feito alguns amigos que mereciam aquele mimo.
_ Luzes e arvore, pensei que iria encontrar algo bem diferente. – Afirmou Maria quando eu abri a porta, ela era minha amiga do trabalho, uma das primeiros de quem eu consegui me aproximar quando me mudei, ela era alegre e espontânea e fazia com que eu me sentisse melhor. _ Mas, estou vendo que o preto continua, meu bem, precisa abandonar esse luto ou irá se afundar nele. Trouxe tacos, espero que você tenha comprado tequila, pois, uma reunião de garotas sem tequila não vinga e quem sabe eu não consiga arrancar todos os seus segredos.
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Ava - Romance Dark
Romance1°. #Hector. 25/12/20 🚫🔞 Aviso Importante o Livro a seguir tem cenas de relacionamento Abusivo e cenas de violência 🚫🔞 Romance Dark Por quanto tempo uma pessoa é capaz de guardar os seus...