Minha Lua (Killua X OC)

CAPÍTULO 5: "Você realmente se meteu em uma furada, Hasuki".

Killua estava aflito, um passo em falso e seu pai a transformaria em um cadáver.

– Desfaça o que fez com Kalluto. – Manteve as garras no pescoço.

– Só se Killua vier comigo.

Hasuki não podia fraquejar, não agora que estava tão perto de sair daquela mansão com o amigo. Se libertar Kalluto perderia a autonomia de barganhar, consequentemente botando em risco a conclusão da missão e a sua própria vida.

– Sua pequena insolente... quer tanto assim morrer? – A outra mão dele que descansava ao lado do corpo se fechou, mostrando as veias saltadas devido à raiva.

– Sendo um usuário experiente o senhor deve saber que o nen não desaparecerá mesmo depois de me matar. Seria uma perda de tempo maior se o meu nen fosse guiado pelo ódio, pois elas podem se mostrar mais dolorosas e duradouras para Kalluto-chan. – Fitou Silva de baixo. – Ódio... um sentimento que estou começando a nutrir por vocês.

Aquela briga era sem sentido para ela, somente veio para ver Killua, para ver o seu precioso amigo. De preferência não queria meter em confrontos, porém os Zoldyck insistiam em dificultar mais ainda para a ruiva.

Sem muitas opções, Silva se via em uma situação problemática que precisava resolver logo, só de vê-la sobre os tapetes do próprio teto o deixava mal-humorado. Foi aí que teve uma ideia mirabolante, uma qual acreditava que Hasuki não sairia vitoriosa.

– Está bem, que tal fazermos um acordo? – Afastou as unhas.

– Um acordo? Que tipo de acordo pretende sugerir?

– Se derrotar todos os meus filhos em uma batalha, Killua poderá fazer o que quiser.

Silva estava sério, ao ver de Hasuki ele não parecia estar mentindo. Decidiu acreditar nele, mas haveria chance de vencer todos?

– O que você me diz?

– Tudo bem.

Era a chance de Killua poder fazer o que quiser sem nenhuma responsabilidade nas costas. Hasuki libertou a consciência de Kalluto e segurou-o antes que entrasse em contato com o chão. O menor abriu os olhos gradativamente e reagiu envergonhado, seus rostos estavam muito próximos. E, apesar daquela reação, Kalluto a recebeu com hostilidade, afastou-se dela e num instante já se encontrava atrás de Kikyo.

– Vamos para a área de treino.

Percorreram um longo corredor escuro, Killua não estava andando ao lado de Hasuki, não sabia nem como deveria reagir à essa situação. Ainda estava confuso com a proposta que o pai fez à ela e cogitava a possibilidade de ter que lutar contra a amiga. Enquanto agradecia ao fato de Illumi não estar por perto, Kikyo fazia uma ligação, um pouco afastada dos outros ao lado de Kalluto.

– Venha rápido e não demore! Ouviu bem?!

[...]

Primeira batalha: Hasuki contra Milluki.

Os competidores se direcionaram àquela arena terrosa, levantando poeira a cada passo que faziam. A jovem deixou Mike dormindo em seu travesseiro, descansando sobre o colo de Kalluto, o mesmo ficava tão fofo em miniatura que o Zoldyck não resistiu e acabou depositando carícias no cão.

Não é preciso tanto esforço para ver que Milluki não era habituado às práticas físicas, provavelmente não nasceu para ser um assassino como Illumi ou Killua. Milluki estava inquieto e nada poderia acalmar os nervos dele, estava suando frio e com o cenho ligeiramente enrugado.