Capítulo 16

10.6K 680 79
                                    

Minhas mãos estavam suadas, e meu estômago embrulhava, daqui alguns minutos iria enfrentar novamente meu maior medo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Minhas mãos estavam suadas, e meu estômago embrulhava, daqui alguns minutos iria enfrentar novamente meu maior medo.

Altura. Quando meu carro pela milésima vez, se chacoalha, meu estômago embrulhou.

Aí Roman está apavorado, não está? — diz Tej pela nossa comunicação.

Não.

— Tá sim. Aí cara tem que ser homem de verdade, para admitir os próprios sentimentos, se precisar chorar, fica acanhado não. — Eu ri com a fala de Tej, coitado do Roman. — Como seu amigo você sabe que estou preoucupado com seu bem estar, foi por isso que tomei as providências para colocar fraldas geriátricas no seu porta luvas. — foi o fim da picada, eu gargalhei com a idéia de isso ser realmente verdade, com as piadas de Tej consegui esquecer que iriamos nos jogar com carro e tudo para fora do avião.

Aí para com a palhaçada aí.

— Eu já vi muita loucura nessa vida Dom, mas isso pode ter uma grande repercussão, então vamos agir da forma mais discreta possível. — diz Ninguém, pelo seu microfone pessoal.

— Sempre sou discreto. — Mentira, eles nunca são discretos, Brasil é a prova viva disso, eles destruíram um banco.

— Olha só, você segura onda só um pouquinho que eu troco minha cerveja Belga por um barril de Corona. — agora ninguém falou a minha língua.

— Você não sabe o que está perdendo. — digo pelo meu comunicador que estava blocado em meu ouvido.

— Será que alguém pode me explicar o que a gente vai fazer? — Roman diz. A ficha não caiu para ele.

— Qual é Roman, o plano é seu tem que cair dentro. — diz o loirinho, é nesse momento que percebo que escolhi uma péssima profissão.

— Não esse não foi o meu plano. — quando Roman diz isso, o alarme soa, indicando que chegou a hora, respiro pela milésima vez. Tento não dar para trás de última hora.

As portas se abriram, e por cinco segundos pensei que teria uma crise de falta de ar.

— Okay vamos nessa hora do show. — diz Brian.

Começo a fazer sinal de cruz em meu corpo, rezando que tudo saísse como o planejado.

Roman quer um pouco de ar fresco aí?— pergunta Tej aí eu percebo que Roman está igual ou pior que eu. — Nós vamos ter muito ar fresco.

— BELEZA VAMOS NESSA. — diz Dom, eu até queria responder com um vamos não. Mas juntei toda a coragem que nesse momento eu não tinha.

Dom desencata o carro e da a ré e saí se jogado do avião. O próximo foi Brian. Respirei fundo novamente, e soltei ar, no mesmo momento que desencatei o carro, dando ré e indo em direção a queda eminete.

Quando meu carro começou a cair, tive que forçar minha vista, que aos poucos estava ficando turva.

— O meu Deus. — eu disse, segurando firme o volante, logo em seguida foi Tej. Mas Roman não veio.

— E aí tudo mundo na boa? — perguntou o Loirinho.

— Não. — sussurrei, não vendo a hora de chegar ao chão.

Ei Roman, como que é fala comigo. — fala Brian.

Não consigo. — nessa hora meu coração apertou.

— É claro que consegue, engata a ré e se joga de uma vez. — fala Brian que não foi muito gentil.

Eu não consigo. Eu já falei que para mim não rola. Eu vou ficar aqui em cima com o piloto, nós vamos ficar dando volta e cuidando de vocês daqui de cima. — diz Roman. Olho para o tempo do meu paraquedas e percebo que está acabando.

— O tempo do meu paraquedas esta acabando, o paraquedas é guiado por GPS, você não vai precisar fazer nada. — digo para Roman, tentando acreditar nas minhas próprias palavras.

— TEJ. — Dom o chama.

Deixa comigo.

Galera foi mal, mas eu vou ter que ficar aqui em cima, para mim não vai rolar não.

Não eu que peço desculpas. — diz Tej, que ótimo amigo que Roman foi arrumar. Roman pergunta algo, mas foi muito baixo, e logo o paraquedas do carro do mesmo se abriu o puxado para a queda.

TEJ, O QUE VOCÊ FEZ? AHHHHH, TEJ EU TE ODEIO TEJ.

Vejo que aos poucos o chão estava mais perto. Meus olhos estavam fixos nos números, seguro o botão em minhas mãos, e quando o número chegou a 900, apertei o botão abrindo o paraquedas. E novamente apertei o botão quando cheguei alguns metros do chão. Meu carro parou certinho na estrada me fazendo relaxar e segurar o volante.

____________________

Relentless Love - Dominic TorettoOnde histórias criam vida. Descubra agora