Prólogo

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Prólogo

O despertador apita incessantemente. Por mais que quisesse se levantar, Franz desligou o celular e seguiu dormindo. Sua mulher se acorda e ainda fala.

-- Acorde. Hoje é segunda-feira. Não pode faltar! – Dizia ela, enquanto vestia um robe e calmamente ia até o banheiro.

Depois disso, não conseguiu retornar seu sono. Tomou seu banho e ainda pensando no caso de desaparecimento não solucionado. Trabalhava naquele caso há dias e poucos progressos eram revelados.  Ele precisava agilizar tudo isso.

Se arrumou rápido e pegou seu celular, digitando alguns números na chamada.

-- Por favor, diga uma noticia boa! – Dizia Franz, enquanto preparava o café.

-- Calma! Temos uma ótima noticia. Encontramos o bebê e o assassino do casal Plant. Venha rápido para delegacia!

Desligando o celular, tomou o café e se despediu da esposa, entrou no carro e seguiu até a delegacia. Aos poucos tudo se encaixaria.

Chegando ao recinto policial, foi até o escritório e encontrou seu parceiro, Bobby Moore, checando alguns arquivos.

-- Era verdade, Franz! – Ele falava e segurando uma pasta contendo documentos com fotos.  – Geoffrey é mesmo um trapaceiro e serial killer! Veja os arquivos!

Aqueles documentos mostram a ficha completa do suspeito. De inicio, o descartaram por não apresentar alguma relação ao casal Robert e Elinor Plant. Depois com desaparecimento do filho deles, caíram as suspeitas nele.

-- E o bebê onde está? – Perguntou Franz ainda analisando os documentos.

-- No hospital central. Louise foi até lá para cuidar da criança.

Enquanto isso, uma jovem de cabelos loiros cuidava de um lindo bebê junto com os outros médicos.

-- Ele está bem, Louise. Não há com que se preocupar. – Respondia o Dr. Hans.

-- Obrigada. Eu liguei para o casal Bonham. Eles são amigos dos Plant e estão dispostos a cuidar de Karak.

-- Isso é bom. Eu pensei que fossem você  e seu namorado  a cuidar do bebezinho.

-- Não tenho condições suficientes, embora eu quisesse muito criá-lo como meu filho. E Gerd não é meu namorado. É meu chefe! – Corrigiu Louise um pouco envergonhada.

Era um tanto estranho uma estudante de Matemática fosse trabalhar na área policial. A razão disso tudo foi seu irmão, Michael, assassinado na frente dela por um grupo de traficantes. Desde então, ela passou usar suas habilidades lógicas em prol da justiça. Estava decidida a encontrar aqueles assassinos e fazê-los pagar por isso. Seu talento foi reconhecido pelo chefe de policia, Franz Beckenbauer e o supervisor do turno da noite, Gerd Müller.

Enquanto refletia sobre a criança, um casal, acompanhado do chefe, entra no hospital e conversam com o médico. Louise se retira e logo é abordada por Gerd.

-- Se saiu bem cuidando da criança. – Disse Gerd.

-- Adoro crianças. O doutor pensou que fossemos um casal a adotar o Karak.

-- Bem.... por que não? Seriamos bons pais. Mas chega de conversa. Hoje é segunda e precisamos encontrar o culpado!

Antes de embarcarem no carro de Müller, ouve-se uma explosão a poucos metros do hospital, chocando as pessoas ali perto. Franz também vê o ocorrido e recebe uma ligação de Bobby Moore.

-- Beckenbauer!

-- É ele, Franz! Nosso homem explodiu um prédio de quatro andares. Estou na perseguição faz dez minutos e está indo pela zona industrial, já avisei o pessoal para bloquear a avenida!

-- Ok, estarei aí logo!

No carro, o chefe de policia acelerava sem importar com o tempo. Ligou a sirene, avisando da perseguição iminente. Avistou o carro  com o suspeito dirigindo em alta velocidade. Ele freou ao ver os bloqueios e não vendo outra saída, ele sai do veiculo e corre até um beco. Franz também sai do carro pronto para capturá-lo.  Perseguiu até mais um beco e quando o suspeito tentou escalar o muro, Franz o agarrou pelas pernas e desferiu três golpes no rosto, não dando chance de defesa ao inimigo.

-- Seu... cof cof... – O suspeito tentava falar e cuspia sangue e ao se levantar, teve as mãos algemadas.

-- Geoffrey Arnold Beck, está preso por assassinato de Robert e Elinor Plant!

Minutos depois as viaturas esperam a chegada do policial, trazendo Jeff com as mãos presas atrás e sendo levado para delegacia.

-- Ótimo trabalho, detetive! – Elogiava o Sargento Jupp Kappelmann.

-- Agora sim, posso dizer que gosto de uma segunda-feira. – Ele respondeu sorrindo e admirando o céu limpo.

O caso Plant estava encerrado. Jeff Beck foi julgado por homicídio doloso e sentenciado a trinta anos de prisão.  O motivo do assassinato foi por um golpe milionário que Jeff tentou aplicar em Robert.

Como não deu certo e vendo em breve seu segredo descoberto, deu fim no casal e sumiu com o filho deles, Karak, levando para um orfanato.

Durante as investigações, Louise McGold conseguiu encontrar o bebê e cuidou dele por um bom tempo até o casal John e Angela Bonham manifestar interesse em adotar o pequeno.

Depois disso, Franz guarda os arquivos na gaveta e passa a admirar o crepúsculo de Munique. Sentiu um leve arrepio. Alguma coisa vai acontecer..., ele pensou. Sempre que sentia aqueles arrepios, algo pode acontecer, independendo se for bom ou ruim.

De qualquer maneira, ele estará pronto para enfrentar qualquer coisa.

Continua...

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