Cap. 62 - Antes de acordarem

81 15 13
                                    

Lex acordava bem cedo, era quase que 5:23 da manhã, ele se levanta de sua cama, e caminha até o banheiro, ele estava com olheiras grandes, e com um hematoma na cara, entre o olho, mais uma vez, pela falta de consideração e compreensão, ele acabou desse jeito, mas ele ainda continuava a culpar seu pai, por eles estarem na situação de agora.

- Um dia ele me paga, um dia... - Lex falava com um tom um pouco ameaçador enquanto olhava para o espelho.

Ele apenas lavava o seu rosto, tomava um banho e saia do banheiro arrumado, ele caminhava até sue quarto e pegava um de seus frascos de fluoxetina, e ele saia de sua casa, e caminhava enquanto o sol ainda não amanhecia, ele caminha por alguns minutos, o suficiente para que o sol comece a nascer, ele caminha até onde ficava os limites de sua zona residencial, mas ele continua andando até chegar em um parque de trailer, onde lá ficava uma parte pobre da cidade, e lá também falam que era onde andavam gangues, ocorrências altas de violência e furtos, o Lex entrava no parte e ia até um trailer, e batia na porta, e quem atendia era uma dragoa de escamas vermelhas e brancas e tinha um pelo arrosado, ela usava uma camisa regata e um short bem curto, assim que ela via o Lex, ela levantava suas orelhas surpresas, e fala:

- Lex, o que você está fazendo aqui? Eu falei pra você não vir aqui, e que hematoma é esse em seu rosto - A dragoa falava e colocava a mão na bochecha do Lex, um pouco preocupada.

- Celeste, eu preciso falar com a Jenny - O Lex falava com firmeza em seu tom de voz.

- Primo, quantas vezes eu preciso falar, não interfira em nosso namoro, ela me escol... - A Celeste estava prestes a falar, mas depois Lex interrompia sua fala.

- Eu não vim por isso Leste, é por uma outra coisa - O Lex continuava a falar em uma voz firme, ele parecia não está nos melhores momentos agora, o que ele não estava.

Celeste apenas ficava quieta por um momento, e depois se afastava para que o Lex pudesse entrar, o trailer que eles viviam era bem bagunçado, tinha um pouco de sujeira do chão, alguns cigarros no chão e cinzas espalhadas.

- Eu não sabiam que você viria aqui, então não consegui limpar a casa direito - Celeste falava isso, e coçava sua nuca, e abaixava suas orelhas, um pouco envergonhada.

O Lex não respondia e apenas caminhava até uma porta, e ao entrar, ele sentia o cheiro de um incenso de mirra, e via a Jenny, uma leoa que estava com seu pijama, de olhos fechados, sob uma posição de meditação, mas assim que ela escutava a porta abrindo, ela abria seus olhos, e se surpreendia com o Lex chegando, mesmo não levantando suas orelhas.

- Alex? Você por aqui? - Jenny falava sem desfazer de sua pose de meditação.

- Surpresa em me ver, Jenny? - Lex se sentava do lado da Jenny - Como estão você e a Leste?

- Eu e a Celeste estamos bem, mas e você? Você ainda não está nada bem - Jenny colocava sua pata na bochecha do Lex, e movia ela para que ela possa olhar melhor o hematoma do Lex.

- Não ando bem faz anos Jenny, e você sabe bem disso - O Lex falava com um tom melancólico.

- Por favor, não me fale que veio aqui por causa de mim, você sabe que tem outra pessoa que te ama, e sabe que não sou eu - A Jenny falava de uma maneira compreensiva, Jenny agia quase como se fosse a mãe do Lex, e isso sempre fazia ele se sentir melhor nos maus momentos.

- Eu sei que tem outra pessoa, mas tem outra pessoa no meio disso - Lex falava com um tom mas melancólico, por se lembrar da cena do Thomas beijando o Azure.

- Alexander, você não pode deixar isso acontecer, tome iniciativa, assim você vai conseguir Alexander - A Jenny fala sua parte com enfase, enquanto ainda continuava com uma de suas patas na bochecha do Lex.

Lex ficava parado por um tempo, e começava a pensar em varias alternativas na qual ele poderia resolver tanto esse problema entre ele e o Azure com o Thomas, até que chegou uma ideia que parece que foi a mais alta em sua mente, então ele fala:

- Jennifer, se lembra do meu aniversário de 14 anos?

- Alexander, por favor, não faça o que eu penso que você poderia fazer, por favor - A Jenny falava com um tom de preocupação, ela sabia da condição psicológica e emocional do Lex, por isso, ela temia pelo que ele pediu.

- Por favor, você pode me dá? - Lex continua a insistir para a Jenny.

A Jenny então suspirava, e caminha até um pequeno armário que possuía lá, e voltava com uma latinha, e de lá, era tirava um canivete, que o Lex se lembra bem que era um canivete que a Jenny deu pra ele no dia de seu aniversário de 14 anos de idade.

- Alex, você tem certeza de quer isso mesmo? - A Jenny falava ainda com o tom de preocupação.

- Jenny, eu estou mais que convencido que de eu quero isso mesmo - O Lex falava novamente com sua voz firme, ele realmente queria aquele canivete.

- Tudo bem, Alex - Jenny segurava uma das patas de Lex, e abria a pata dele, e colocava o canivete na pata dele, e ela fechava a pata dele - Cuide bem dele.

- Obrigado Jenny - O Lex fazia um sorriso pequeno para a Jenny.

- E mais uma coisa - A Jenny pegava da latinha um pedaço de cordão e de lá, tirava um apanhador de sonhos, e o Lex reconhecia aquilo, era um presente que ele tinha dado a ela de natal, aos seus 13 anos, e com as duas coisas, ela prendia o apanhador de sonhos com o cordão no pescoço do Lex, como um colar - Isso vai lhe proteger e lhe trazer varias coisas boas em sua jornada.

- Obrigado de novo Jenny - O Lex falava prestes a chorar.

- Alexander - A Jenny colocava suas duas patas nas duas bochechas do Lex, e depois, ela encostava sua testa com a do Lex - Eu acredito em você, e lhe desejo de todas as forças, que você vai ser feliz de novo.

Lex conseguia conter o seu choro, e ficava com sua testa encostada com a da Jenny por alguns segundos, e depois, ele a abraçava e saia de seu quarto, e indo pra sala do trailer, ele via a Celeste, sentava em cima de uma mesa fumando.

- Já vai embora agora primo? - A Celeste falava para o Lex, e depois, ela dava uma tragada em seu cigarro, e abria uma pequena janela e expirava a fumaça do cigarro pra longe.

- Eu vou sim, foi bom lhe ver de novo, Leste - Lex falava, e tossia um pouco, devido a fumaça do cigarro.

- Na próxima vez que for vim pra cá, ao menos avisa, ok? - A Celeste dava uma piscadinha para o Lex.

- Pode deixar - Lex sorria com o gesto amigável de sua prima, depois saia do trailer.

O garoto diferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora