_ Capítulo 3 _
Garfe: Naruto, controle-se.
Desde pequeno o caçula sempre foi um pouco explosivo, bastante mimado e desde novo foi ensinado a se defender, porém ele tinha um amigo de infância, aparentava ser um alfa e por mais que o Naruto pudesse se virar sozinho diante de uma situação de bullying vindo de alguns colegas de sua sala, o seu amigo fazia questão de protegê-lo.
Ele se chamava Kiba Inuzuka e depois que as crises de identidade do Uzumaki começaram a aflorar, o loiro teve que deixar o moreno para trás, em Paris, sua cidade natal. O Kiba era um rapaz violento e o loiro com sua natureza aflorou ainda mais o seu lado bravo, entretanto ele era doce e isso parecia confundi-lo, ele começou a conversar sozinho como se tivessem duas pessoas conversando com sua boca emprestada.
Uma falava de forma grossa parecendo brigar com a outra, já esta apenas respondia da melhor maneira possível, no fim o Uzumaki ficava com muita dor de cabeça e acabava desmaiando, parando no hospital mais tarde. Ele passou por muito tratamento psicológico, psicanalista e psiquiatra, mas nada deu certo e tudo só piorou quando a sua espécie veio à tona. Ele era um ômega que tinha que tomar remédios por causa de seu cheiro exagerado.
Isso lhe causava muitos efeitos colaterais, então ele teve que parar de tomar os remédios controlados receitados pelo psiquiatra, pois era muita medicação para uma pessoa só e com a idade que tinha. Com o passar do tempo as suas personalidades entraram em um consenso, elas não ficariam se manifestando ao mesmo tempo e confundindo o pequeno, cada uma teria o seu momento, só que esses momentos não eram marcados e a qualquer hora uma personalidade poderia aparecer enquanto a outra estava no comando, ou a outra permitia que ela se sobressaísse.
O Naruto continuou com problemas, teve que se afastar de todos e quase parou em um sanatório, por sorte ele conseguiu conversar com suas personalidades. Se mudou e já conseguia controlar quem iria tomar seu corpo, entretanto o vermelho escarlate tinha mais tempo que o rosa bebê e isso ele não podia admitir. Foi mais uma temporada de caos na família Uzumaki.
Se mudaram novamente e passaram a se acostumar com a rotinha de mudanças que era ameaçada constantemente pelo vermelho escarlate. Eles ficariam em uma cidade enquanto o vermelho escarlate não saía, quando isso acontecia eles se mudavam e tentavam acalmar o Naruto até que o rosa bebê voltasse e eles pudessem viver uma pequena temporada no novo ambiente.
O Naruto adentrou a sala de aula, não estava atrasado, todavia os alunos já estavam em seus devidos lugares, inclusive o Kakashi. Fechou a porta sob o olhar de muitos e subiu as escadas até a sua cadeira ao lado do ruivo do dia anterior, não se sentia culpado, sabia que provavelmente toda a faculdade tinha ficado sabendo do incidente, no entanto a sua cabeça permanecia erguida.
- Você não tem vergonha não? – Alguém questionou chamando a atenção do loiro que olhou, procurando quem falara.
- Falou comigo? – Ele retrucou, não queria ter falado nada, apenas ignorado, mas o vermelho escarlate não segurou sua língua.
- Sim, há mais alguém que tenha feito um escândalo ontem aqui? – A garota perguntou retoricamente.
Era uma moça de cabelos loiros e longos, ela tinha um belo porte, seios avantajados e nádegas de dar inveja, usava uma blusa curta com um decote, seus olhos eram verde água, seu nariz afilado, queixo fino, belo maxilar, clavícula com ossos à mostra, era realmente bela. O Naruto até se interessaria por ela se não fosse uma ômega também e se não fosse tão chata ao ponto de fazer um comentário tão patético quanto aquele.
- O soco foi em você? Está sentindo a dor dele ou quer que eu vá aí lhe dar uma amostra grátis do que ele sentiu? – O Uzumaki se chateou, fez tais perguntas retóricas com seu olhar frio, o que surpreendeu a todos na sala, como alguém poderia ser doce em um dia e rude em outro?
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Rosa bebê e vermelho escarlate (Concluída)
FanficO Naruto sempre chamou muita atenção, primeiro pelo seu cheiro, o aroma adocicado que se sobressaía do cheiro de qualquer outro ômega e segundo pela sua personalidade: ele era doce e gentil com todos ao seu redor, muitos se admiravam e queriam tê-lo...