Changkyun é o narrador, boa leitura! 💜
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Ao som de uma tranquila música de jazz tocada ao vivo, observo as grandes mesas luxuosas ao redor da nossa. Todas essas luzes fortes em lustres que, com certeza, valem mais do que o meu apartamento alugado, me deixam com a visão distorcida. Quem são todas essas pessoas elegantes e esnobes ao meu redor? O que estou fazendo nesse terno bordô que pagaria a babá do Kohyosu por um ano inteiro?
Kihyun está ao meu lado, estamos em um restaurante ocidental. Nós somos o foco implícito da noite, infelizmente. Ninguém fazia ideia de que o Sr. Galante Yoo viria acompanhado para um jantar de negócios, muito menos de um homem que apresentara como seu noivo. Deus, se nem o pai dele me conhece ainda, imagino que algo estrondoso possa acontecer. Geumhyuk nos alertou, mas Kihyun não quer conselhos.-- Então, Kihyun-ssi, é de suma importância para nós, uma visita ao hotel de cães para que possamos fechar negócio. Visto que é um ramo lucrativo em demasia, como o nosso, acredito que dinheiro não será problema.
Essa eu sei quem é. Lee Yuna, CEO do hotel cinco estrelas mais conhecido da cidade, quiça do país. Mas isso eu só sei porque Kihyun falou. A conheço mesmo por ser a mulher de expressão indiscreta e nojíqua ao notar a tatuagem em minha mão. Nem imagino o que ela faria caso visse todas as outras que estão escondidas nesse terno caro que camufla minha personalidade trajada em jeans e flanela.
-- Claro, Yuna! Se há um negócio que promete sucesso, é o que estamos fazendo. É inovador aqui na Coreia um hotel que une cães e humanos com tanta mordomia e luxo. Com certeza seremos a rede de mais lucro no país. - Kihyun proferiu tais palavras sem aumentar e nem diminuir o tom da CEO Yuna. Ela pareceu gostar de suas palavras. Certamente bem mais do que minhas tatuagens -
De fato, uma ideia interessante. As pessoas que frequentam o hotel para levar seus cães, segundo me disseram, são todas abastadas e afortunadas. Mas apenas os cães têm quartos e serviços, como adestramento, passeio, SPA e competições. Quer dizer, há uma ou outra loja para humanos especificamente, mas não chama tanto a atenção quanto as caninas.
O restante da noite foi nesse pique. Conversa vai, conversa vem sobre a parceria de hotéis e mais alguns negócios do interesse de ambos. Eu apenas beberiquei meus drinks, cujo não conseguiria pagar com meu próprio dinheiro, e, vez ou outra, opinava sobre algo que Kihyun perguntava, coisa pouca mesmo. Sinceramente, é difícil entender esse linguajar de negócios, mas eu me esforcei. Ao todo, passamos cerca de cinco horas no local. É bastante para se aguentar se não for acostumado ou do mesmo universo, acredite em mim.
-- Te deixo no mesmo lugar onde te busquei? - Kihyun pergunta ao entrarmos em seu carro. Imagino o que os vizinhos vão pensar ao me ver chegar a essa hora em um carro desse porte. Apenas aceno positivamente com a cabeça e ele segue com o carro - O que achou do jantar?
Imaginei que a viagem fosse em silêncio já que ele não precisa mais me dar instruções, mas estava enganado. Precisamos conviver mesmo de agora em diante.
-- Eu acho que não jantamos. - acabo rindo da ironia da frase e ele me acompanha. - Bebemos mais do que comemos e, sinceramente, nem forrei o estômago.
-- Eu gosto da sua sinceridade, Changkyun. Vamos comer algo gostoso? Passei a noite querendo tteokbokki.
-- Quem diria que você iria querer algo tão simples?
Ele riu com a minha pergunta retórica e me encarou por um instante, como se eu desviasse seu foco da estrada por uma fração de segundos.
-- Tem muitas coisas sobre mim que você precisa saber, Changkyun-ssi.
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Noivo de aluguel [Changki]
FanfictionKihyun vê, em Changkyun, a oportunidade para sair de um casamento arranjado: um noivado de mentira. Todavia, não imaginava descobrir os próprios sentimentos ao conhecê-lo de verdade. ©2021