Undercover - Jace x Simon

The one they're locked together

   [nota: Clary matou o Valentine, mas Jace não morreu, ele ficou gravemente ferido, mas sobreviveu sem que Clary precisasse usar os instrumentos mortais.]

    O instituto estava quieto, haviam alguns ataques demoníacos acontecendo esporadicamente pela semana, nada fora do comum para shadowhunters. Desde a derrota de Valentine na guerra mortal, as coisas haviam se acalmado. Os instrumentos mortais haviam voltado a posse da clave, o que Jace ainda achava não ser a melhor das ideias, mas não falaria nada. Ainda estava meio abatido da batalha, acabou não participando da missão onde Clary e Isabelle capturaram Camille Belcourt. Se sentia mentalmente fraco também, era estressante não estar bom o suficiente para estar em campo. Jace Lightwood sempre está preparado para lutar. Magnus e Alec voltariam de viagem naquele dia, então Jace estava se sentindo ansioso para ver o parabatai depois de quase dois meses. Podia sentir a felicidade do irmão correndo por suas veias. Alec se sentia mais leve desde que havia se assumido gay para os pais, era visível mesmo aqueles que não sentiam suas emoções.
    Jace limpava algumas espadas no arsenal quando viu Isabelle e Clary entrando na sala. Ele continuou seu trabalho, entretanto, agora com os olhos fixados nas meninas. Tinha sangue preto e gosmento no vestido de Izzy e na calça de Clary, mas elas riam, parecia ter sido uma missão legal.

— Se divertindo limpando as armas, irmãozinho? — perguntou Izzy, sorrindo ao ver os olhos azuis de jace se revirando.

— Claro, eu tô adorando. Acho que eu nasci pra isso. — respondeu ironicamente, colocando mais uma lâmina serafim limpa no mostruário da parede.

— Então vamos embora, Izzy. — disse Clary, parando no meio da sala e virando de costas. — Se ele está se divertindo, é melhor que a gente cuide do problema.

— Ei! — Jace rapidamente chamou, largando o pano melado de diversos tipos de sangue e a espada que segurava. — Que problema?

— Não, a gente não vai te incomodar com uma missão. — Clary o olhou por cima do ombro, dando um meio sorriso. — Você nasceu pra isso!

    Isabelle riu de leve, se virando também e começando a andar para fora junto com Clary, mas antes que elas pudessem passar pela porta, Jace tirou o avental de limpeza e correu para travar a passagem.

— Qual a missão? — perguntou ansioso, não aguentava mais ficar inativo.

— Não é nada de batalha. — avisou Izzy, vendo a animação do irmão diminuir. — É uma missão diplomática com a matilha de Nova York.

— A pack do Luke? — perguntou Jace, confuso sobre o objetivo daquilo.

— Sim, mas o problema é que o Luke não está aqui ainda. — Clary começou a explicar. — O seu beta que está no controle é irmão de um dos lobos que morreu na guerra. Eles estão exigindo que todos os corpos sejam mandados para Nova York até amanhã.

— Mas são centenas deles. — disse Jace.

— Exatamente. — Izzy aproveitou a deixa e continuou explicando sobre a missão. Vendo o loiro se encostar no batente da porta e cruzar os braços. — É impossível que a Clave traga centenas de submundanos de uma vez até amanhã, e se priorizarmos os mortos dos lobisomens podemos criar um conflito com os outros submundanos. Não estamos trazendo nem os shadowhunters de uma vez.

— E qual é a proposta da Clave que eu teria que apresentar a eles? — Jace falou já começando a caminhar em direção ao centro de comunicações do instituto para preparar sua estratégia.

    Já equipado e propriamente vestido para a missão, Jace lembrou que Alec chegaria dentro de algumas horas, pediu que Izzy mandasse o mais velho diretamente para o quarto de Jace e também deixou uma lista de comidas para serem pedidas no Takis. Queria passar um tempo com o parabatai, conversar sobre muitas coisas que estavam confundindo sua mente. Mas naquele momento ele precisava focar na missão. Estavam confiando o suficiente nele para que o deixassem voltar ao campo, era um grande momento.
    Aquilo parecia uma missão fácil, mas lobisomens são muito emotivos e pouco racionais, então precisaria tomar cuidado com o jeito de abordá-los. Já dentro do Jade Wolf, Jace parou perto a porta, esperando que o beta responsável se levantasse e fosse até ele ou permitisse sua entrada. A primeira opção ocorreu, e Jace só começou a falar quando o lobo alto, musculoso e tatuado parou em sua frente.