ᴅᴀɴɢᴇʀᴏᴜs - 𝔎𝔩𝔞𝔲𝔰 𝔐𝔦𝔨𝔞𝔢𝔩𝔰𝔬𝔫 𝔞𝔫𝔡 ℑ𝔷𝔷𝔶 𝔏𝔦𝔤𝔥𝔱𝔴𝔬𝔬𝔡

Capitulo 10

Dizem que a vida é feita de escolhas, e isso é uma verdade irrefutável. Quer dizer, quando se trata sobre seguir um caminho, naturalmente espera-se que a verdade seja límpida como um cristal. Mas, naturalmente, é aí onde encontra-se a dificuldade: o que é a verdade?

Para Klaus, a verdade sempre foi o que lhe deu na telha. Padrões morais e ética de fato nunca fizeram parte do híbrido original, se ele achava algo certo, simplesmente o fazia sem que pensasse nas consequências. Afinal de contas, ele é o grande Klaus Mikaelson, nem mesmo as leis do universo poderiam se opor a sua vontade. Certo? Errado! Isto mesmo, parece que o rei de Nova Orleans, que outrora fora conhecido por sua impiedade, agora passou a contestar-se sobre seu senso de justiça, mas quem estaria por trás disso?

Isabelle Lightwood, a verdade é clara e objetiva. Dentre os Shadowhunters, senso de nobreza sempre está presente. Desde crianças, estes são ensinados a buscar a justiça, bem estar de todos e acima de tudo cumprir a vontade do anjo. Todas as suas ações giram em torno do bem coletivo e objetivo celestial, certo? Errado!
Foram-se os bons tempos de nobreza daqueles que carregam o sangue angélico. Estes mesmos, agora estão corrompidos. A Clave que outrora fora símbolo de justiça, somente se resumia a poder, poder e ganância. Lhe parece familiar? Pois bem, poder e ganância é o lema da família Mikaelson. E é aí onde começa nosso confronte de interesses.

[Idris-Quinta feira ao entardecer]
Em Idris, Victor Aldertree estava em reunião com sua superior. Dizia que houvera descoberto a solução para os problemas da cidade onde seu instituto era situado, a resposta era simples e curta: guerra.
Sim, era isso que ele propunha, uma guerra contra os submundanos, onde os Shadowhunters supostamente deveriam vencer e mostrar sua supremacia sob aqueles de sangue impuro.
Obviamente tal proposta era vista como um absurdo pela consulesa, que embora corrupta, ainda sim tinha plena noção do perigo que tal ato representava. Os caçadores das sombras tem fama de serem orgulhosos e prepotentes, julgam ser superiores á outras espécies, essa é a principal razão da podridão por trás da Clave: os narcisismo destes seres semi angelicais.

- Lamento Aldertree, mas o que está a propor é uma completa loucura. Matilhas de lobos, clãs de vampiros e os seelies, imagine só o quanto estes imundos são capazes de tramar caso sejam irritados! Definitivamente, não.

- Mas esse é o único jeito consulesa, de livrar Nova Orleans destes vermes! Nós temos recursos e pessoal para isso. Somente um comando seu...um comando e isso acabará.

- Victor, suponhamos que eu aceite, já parou para analisar os riscos? Antes mesmo que a Clave tomasse conhecimento de tal lugar, a família Mikaelson de vampiros originais já estava por lá. Durante toda a história daquela cidade, durante todo esse tempo, eles eliminaram seus inimigos sem sequer piedade. Imagine quantos de nossos melhores combatentes morreram nessa sangria...imagine só Victor.

- É exatamente esse o problema da cidade! Eles são o problema, os Mikaelson são.- O moreno dizia incessantemente- Precisamos vingar Nova Orleans do sangue que eles derramaram! Seriam poucas vidas em consideração do que pode ser evitado, além do mais, é o nome da Clave que corre risco!

Ah Victor Aldertree, será mesmo que suas motivações não escondem uma vingança pessoal?

- Me dê um argumento convincente, e eu talvez pense nisso.- respondeu-o com rigidez.

- Pois bem consulesa, contra os Mikaelson, somente força bruta não será o suficiente, precisamos usar a inteligência nessa operação. A estratégia perfeita para os desestruturar seria o ponto chave para isso.

- E que estratégia seria essa?

- Eu venho estudando esses malditos vampiros há mais de oito anos. E se tem uma coisa que aprendi, é que estão sempre em pé de guerra uns contra os outros. Os dois caçulas, Rebekah e Kol são os mais instáveis e fáceis de atingir. Virando eles contra à família, o que não será difícil considerando mágoas do passado, teremos os dois mais velhos, Elijah e Klaus ocupados com isso, e é aí que vem nossa jogada de mestre.

- Você tem estratégia e preparo, mas que jogada seria essa Victor?

- Em uma partida de xadrez, uma ótima forma de fazer xeque mate, é por meio da rainha. Quer dizer, atinja sua rainha, e o rei cairá, bem como todo o seu reino.

- Não entendo onde quer chegar com isso Aldertree.

- Só existem duas coisas que podem fazer Klaus Mikaelson cair: sua filha Hope, e sua rainha, que é nossa peça principal na partida.

- E por que está confiante ao investir nessa rainha?

- Porque ela é Isabelle Lightwood.- Estas últimas palavras de Victor fizeram o queixo da consulesa cair, demonstrava confusão em sua expressão facial.
Logo um silêncio duvidoso tomou conta da sala, até que foi quebrado pelo barulho da antiga porta de madeira se abrindo, seguido pelo batuque das botas de Isabelle no chão. O olhar de ambos os líderes dirigiram-se à ela, não deram uma palavra, até que ela então  fez com que a primeira peça do tabuleiro andasse:

- Como eu posso ajudar á destruir a família Mikaelson? Agora de uma vez por todas.