_Eu sou perigosa.
Ártemis acordou com uma sensação ruim no peito.
Zero se sentia cansada, mas podia sentir seus poderes restaurados, como um teste ela pegou um bisturi que estava na mesa ao seu lado e fez um corte em seu braço, sorrindo ao ver a ferida se fechar antes mesmo de ela finalizar o corte.
Ela se levantou da maca da enfermaria e saiu em busca de alguém, a sensação ruim só aumentava.
Como se algo a estivesse chamando, ela pegou o elevador e desceu até o subsolo da academia. A sensação de que já havia feito aquilo muitas vezes antes estava presente como nunca, e junto dela o pressentimento de algo ruim, a velha garota tinha certeza que as lembranças perdidas daquele lugar não eram agradáveis.
Se sentia nervosa e angustiada, as imagens de Vanya usando seus poderes e de como Art se sentiu fraca como nunca antes, estavam vividas em sua mente, sua irmã precisava de ajuda.
Saiu do elevador e caminhou por um corredor parecido com um túnel que abria para dois lugares diferentes, a passagem a esquerda a dava calafrios, em seu íntimo sabia que aquele era o último lugar em que gostaria de entrar.
Pelo que havia lido no livro de Vanya, aquele deveria ser o laboratório onde seu pai a manteve durante seus primeiros anos de vida, e onde ele a submetia a experimentos duvidosos.
Vozes foram ouvidas da passagem direita e Art foi desperta de seus pensamentos e caminhou até lá.
Ártemis demorou meio segundo para entender o que estava acontecendo ao chegar na câmara em que todos os seus irmãos estavam.
Vanya foi a primeira a ve-lá, de dentro da caixa em que estava presa, a violinista gritava pedindo desculpa a irmã mais velha, mesmo que ninguém pudesse escuta-lá, enquanto batia no vidro desesperada.
Ártemis podia sentir seu sangue fervendo ao ver o desespero da Número Sete, aquela cena era simplesmente grotesca. Vanya precisava de ajuda, precisava aprender a controlar aquele poder incrível e forte que ela possuía e não ser tratada como um monstro.
- Eu vou dizer só uma vez Luther, solte a Vanya agora, ou eu mesma vou fazer.
Todos os irmãos se viraram para a entrada do local, onde Art olhava diretamente para o Número Um.
Alisson sorriu aliviada ao ver a irmã, Zero estava do seu lado e também via o absurdo que era prender Vanya. Diego, que tinha voltado a pouco da conversa com Eudora, estava mais que satisfeito ao ve-lá acordada.
- Você preocupou todos nós curazinha. - disse Klaus e correu para abraçar a menor.
Zero sorriu para o irmão e se soltou de seu aperto, os olhos ainda fixos no maior.
Luther olhava para a irmã receoso, mas estava resignado, tinham uma obrigação com seu pai, e não ia desaponta-lo.
- Não podemos solta-la, ela é perigosa. - Número um disse resignado.
- Eu sou perigosa. - a ex assassina começou a caminhar lentamente em direção ao irmão. - Eu avisei que não iria pedir de novo.
E então mais rápido do que eles conseguiram ver, Ártemis pegou uma das facas presas no uniforme de Diego e avançou em direção a Luther.
Zero o atacou rápida, cortando o braço do irmão, que não conseguiu desviar a tempo. Ela avançou no grandão socando seu rosto, o que fez pouco efeito. Luther segurou o punho da menor antes que atingisse seu rosto de novo. Com a outra mão, Art usou a faca para cortar o braço do irmão o fazendo soltar seu punho. Ela chutou o saco do Número Um que se encolheu e se aproveitando da situação, subiu em seus ombros e colocou a faca em sua jugular.
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One More Of Cup Coffee
Ficțiune adolescențiCinco não foi o único a reaparecer naquele dia, no funeral de Sir Reginald Hargreeves outro portal a parece agora cuspindo pra fora uma garota - Zero?!