"Hoje é um dia especial, Te dou um presente Você não viu nada igual. Olha aqui menino, quantos anos você tem? Sei que 'cê 'tá lindo e merece parabéns."
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Era uma data importante, aniversário do grande amor da brasileira e os preparativos para a comemoração surpresa corriam a todo vapor. Ainda sim, Sn sabia que o marido não estava animado, pois a sua filha primogênita estava de quarentena com Daniela em outro país.
- Bom dia, amor. - ela disse ao entrar no quarto com uma bandeja de café da manhã, vendo o jogador com o filho de dez meses em seu colo, brincando com as mãozinhas. - Não era para acordar o papai antes da mamãe chegar.
James sorriu, ele sabia que havia tirado a sorte grande ao decidir casar-se com a brasileira. Sn era tudo que ele sonhou um dia e as coisas apenas melhoraram ao longo dos últimos quatro anos, resultando em um filho lindo e esperto, a pequena cópia do colombiano.
- Ele mordeu meu nariz. - comentou, e o bebê balbuciou algo incompreensível. - Não adianta reclamar comigo, estou falando a verdade e sua mamãe vai lhe dar uma bronca daquelas.
Samuel fez uma cara de choro e o jogador quase entrou em desespero por ser causador daquilo, olhando com súplica para sua esposa que apenas ria da situação na qual ele se encontrava.
- Vem com a mamãe, cariño. - pousou a bandeja sobre as penas do homem e pegou o bebê nos braços. - Parabéns! Espero que goste, fiz com muito amor.
- Ah, não precisava disso, Sn. - James sorriu verdadeiramente, curvando-se um pouco para beijar os lábios dela. - Eu te amo tanto, obrigado.
- Nós dois te amamos muito, você sabe disso muito bem. - respirou fundo. - É um grande privilégio dividir a vida com você.
Ele colocou a bandeja, repleta das suas comidas favoritas, em cima da mesa de cabeceira e puxou a mulher para o seu lado, abraçando-a e depositando um beijo estalado em seu ombro. Enquanto o Rodríguez mais novo, brincava com os cabelos da mãe.
- Amor, eu sou o homem mais feliz do mundo e também o mais grato. - se afastou, olhando nos olhos dela como se fosse a primeira vez. - Por tudo que construímos juntos, por esse pequeno e os outros que ainda virão, pela relação maravilhosa nós que temos. Não posso pedir mais nada, tenho absolutamente tudo que preciso bem diante dos meus olhos.
- Outros? - indagou, arqueando uma de suas sobrancelhas e ele riu.
- Você realmente só escutou essa parte da minha declaração?
- Foi a mais chocante. - Sam puxou o cabelo da mulher. - Ai.
- Samuel. - repreendeu, negando com o dedo. - Não pode fazer isso, entendeu? Machucou a mamãe.
- Bá... bá... bá.
- Tem certeza que você quer ter outro? - ela questionou, ainda sorrindo.
- Estou repensando seriamente. - diz olhando para o filho. - Mas não seria nada mal aumentar a família.
- Hum, podemos decidir isso durante á noite quando eu lhe entregar o seu presente. - sussurrou próximo ao ouvido do colombiano, que abriu um sorriso safado.
- Eu mal posso esperar para ver o que você preparou para mim, senhora Rodríguez.
- Tenho certeza de que irá gostar. - beijou o queixo dele.
Eles ficaram na cama boa parte do dia, comendo e conversando sobre planos para o futuro. E mais tarde, após falar com Salomé por vídeo chamada, James sentiu-se ainda mais realizado e mal podia esperar para juntar novamente as pessoas que mais amava no mesmo local e comemorar de verdade.
Horas depois, ele foi banhar o filho e a esposa desceu, dando a desculpa de que iria preparar o jantar.
- Sn. - chamou o colombiano, com o pequeno em seus braços, caminhando para a cozinha da casa. - Acho que ele quer você.
- Surpresa! - gritou a brasileira, com um aparelho celular em suas mãos, e o rostinho da filha do jogador na tela se abriu em um sorriso ao ver a reação do homem.
James levou um pequeno susto ao dar de cara com alguns de seus amigos e familiares, apenas os mais próximos.
Todos usavam máscaras e se mantiam a uma distância segura, mesmo que ele não pudesse abraça-los sentia-se grato e muito feliz. Não esperava por aquilo e admirou a capacidade da mulher em se manter calada, guardando um segredo.
- Não façam isso comigo, sou cardíaco. - brincou, se aproximando da esposa e beijando os lábios dela. - obrigado, de verdade.
Uma música, que Sn sempre cantava no aniversário dos amigos, ecoou pela casa e James encarou a mulher que ria baixinho. Ele agradeceu mentalmente por ninguém ali saber falar português.
- Te dou um presente, você não viu nada igual. - sussurrou no ouvido dele e sorriu, segurando a mão do filho que apontava para as pessoas conversando na cozinha e esperando o bolo.
- Você ainda vai me matar.
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