You can't hide ໒ jjk + pjm

Are you breaking?

"We know you want to deactivate us

(Nós sabemos que você quer nos desativar)

but we just can't let that happen"

(Mas nós apenas não podemos deixar que aconteça)

— You can't hide

▪

Cheirava a pão de queijo recém assado e café. Soava aconchegante, a decoração era meio amarelada, alegre e familiar. Seria, realmente, bem relaxante se eu não estivesse sentado de frente para a detetive Min um.

— Eu amo vir aqui. — ela comentou, enquanto segurava o cardápio bem cuidado. — Foi onde meus pais se conheceram. Minha mãe era uma italiana sonhadora, quando finalmente veio pra Coreia só arranjou emprego como garçonete. Esse país é bem rígido com estrangeiros. Mas, bem, foi bom porque ela conheceu o meu pai.

— É, aqui parece mesmo um bom lugar para se apaixonar. Imagino que a história deles seja bonita.

Brincalhona, respondeu:

— E é! Tanto que até trouxe meu marido para cá em nosso primeiro encontro.

— E pelo jeito funciona mesmo!

— Pode apostar. Esse vai ser o nosso segredinho. Imagino que você seja bom em guardar segredos.

Peguei minha xicara e dei um longo gole em meu café, percebendo o olhar atento da detetive em mim.

— Não sei. — finalmente respondi — Devo ser, nunca precisei mentir.

— Isso é ótimo. A mentira tem perna curta. E, acredite, eu sou muito boa em descobri-la.

Pigarreei. Era alguma espécie de ameaça? Universo, não me permita entregar o jogo, eu imploro!

— Claro, é o seu trabalho. Aliás, detetive, como vai o caso?

— Oh, não precisa me chamar assim quando não estamos num interrogatório, certo? Me chamo Laura. E o caso anda bem... Intrigante, digamos.

Tomei mais um gole, pensando em que diria. Eu imaginava que a detetive, quer dizer, Laura tinha algum plano em me levar para tomar café como se fossemos amigos de longa data, e talvez não tenha sido a escolha mais sábia do mundo ao mencionar o caso a qual eu era suspeito, mas eu já estava ciente que meu raciocínio andava lento demais.

Era incrível como a postura da detetive, mesmo que relaxada, era tão intimidante para mim. Tê-la bem em minha frente, amarrando seus fios loiros em um coque bem feito, enquanto seu olhar felino parecia analisar até mesmo a minha alma, era realmente motivo para muita tensão e falas equivocadas.

Encarei meu relógio de pulso disfarçadamente. Ainda era nove horas. Acho que não dava para fugir por enquanto.

— Imagino. Espero que encontrem o assassino logo. Mal consigo dormir de tão assustado.

— Realmente, é um caso bem macabro. Já lidei com vários assim, sabe? Mas esse em específico tem algo diferente.

— Algo diferente?

— Sim. — murmurou, então ela desviou o olhar e voltou a me encarar, parecia disposta a arrancar alguma informação de mim. — Tipo você, Jungkook. Te acho o mais intrigante de tudo.

Engoli em seco, nervoso. Cacete, era esse o momento em que ela se levantava e informava que eu estava preso em nome da lei?

— O que? Por quê? E-eu sou apenas... Um ex segurança azarado pra caralho.