post-it azul-claro

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- você sequer está interessado em descobrir quem foi?! Você é inacreditável, Hamada! - Dizia yoshinori, indignado.

Na faculdade, Asahi comentou sobre as flores que recebeu com os amigos japoneses, yoshi e haruto. O mais velho dentre os três achou o presente fofíssimo e insiste para que hamada coloque uma câmera ou algum dispositivo que o ajudasse a identificar aquele que o cortejava. Já haruto, bem, ele estava focado em outra coisa.

- Você não acha, Ruto? - O kanemoto perguntou, mas foi ignorado. - Haruto? - Novamente ignorado. - WATANABE HARUTO!

Com o susto, haruto acabou pulando da cadeira e quase quebrando os óculos arredondados, além de ter chamado atenção das pessoas em volta.

- O que foi, seu ogro? - Se pronunciou.

- Para aonde você tanto olha, ruto? - Disse asahi, torcendo o pescoço para olhar na mesma direção que o mais novo olhava e vendo ninguém mais e ninguém menos que Park Jeongwoo e Yoon Jaehyuk, que conversavam animadamente. Tão animados que gargalhavam, e o suspiro que watanabe deu ao ver o sorriso do park não passou despercebido.

- Não acredito que está apaixonado pelo Park. - Foi yoshi quem disse.

- Ei! Eu não estou apaixonado! - baixou o tom de voz. - É apenas uma queda...

- Você não tira o olho dele, parece um maluco, ruto. - O mais velho estava despreocupado, comendo suas batatinhas.

- É que ele é tão bonito... mas acho que namora o Jaehyuk-sunbae.

- Nah, não namora. - Asahi falou, como se não importasse. - Jaehyuk é meu vizinho de porta e eu nunca ouvi a voz do park por lá, sabe, ele fala alto...

Dito isso, ele levantou os olhos de seu caderno e viu a expressão alegre do mais novo ali. Tinha inclusive um sorrisinho no canto dos lábios, esse que tremeu ao ver jeongwoo e jaehyuk vindo em direção a mesa dos japoneses.

- Asahi-ah! Bom dia! - Jaehyuk dizia, educado como um príncipe e acenava para os outros na mesa.

- Jaehyuk-ssi, bom dia! - Hamada acenou e sorriu. Já jeongwoo não ficava atrás no quesito educação.

- Bom dia, pessoal! Sou Park Jeongwoo!

Todos na mesa sorriam para o coreano mas um sorissinho nervoso o chamou a atenção.

- Ei, você não é das minhas turmas de gestão educacional, prática instrumental e estética e história da música? Haruto, não é?

- S-sim, sou watanabe haruto e também dividimos classe na aula de composição visual... - As bochechas coradas e óculos tortos do japonês fizeram o woo rir.

- Pode se sentar comigo nas próximas aulas, Haruto-ssi! - Disse arrumando os óculos do outro. - Preciso ir agora, sabe como é, técnica vocal com a professora solji... Até logo, pessoal! - Acenou sorridente e saiu, puxando jaehyuk consigo, esse que acenava para asahi.
Assim que ficaram sozinhos, os mais velhos olharam para o watanabe e se puseram a rir, por conta da cor de suas bochechas.

Já no fim do dia, após jantar com os amigos, asahi caminhava para casa e essa era, sem dúvida, a melhor parte do dia de asahi. Gostava do silêncio de sua casa, da calmaria. Finalmente sair da agitação de seu dia e entrar em sua residência tranquila era prazeroso demasiado para o japonês.

Entrou em casa às pressas, ventava do lado de fora e o céu já dava indícios de uma forte chuva, largou a mochila pelo sofá e foi até o banheiro, desesperado por um longo banho quente.

Feito isso, o rapaz vestiu um pijama quente e procurou sua cama, afinal já se passava das nove da noite e assim que olhou para a cabeceira sorriu singelo, havia colocado suas flores ali, num copo com água.

Deitou-se confortavelmente e se pôs a olhar o floreio, lembrou da fala de yoshinori mas não estava preocupado em descobrir a identidade da pessoa que as tinha lhe dado. Fosse quem fosse, Asahi era grato por ser visto com tanto amor. Foi pensando sobre o assunto, que o jovem caiu no sono.

No dia seguinte, Hamada estava de bom humor, tinha dormido muito bem. Até levantou sem reclamar! E tomou banho assobiando!

Também trocou a água de suas flores, com todo cuidado do mundo, fez um sanduíche e um café para sua primeira refeição e se apressou para sair, com sorte, pegava um ônibus vazio.

Abriu a porta e num impulso bobo, olhou para baixo, porém nada viu. Sentiu uma pequena decepção mas não deixou seu humor ser afetado, não poderia esperar que um estranho lhe deixasse flores todos os dias.

Se virou, para trancar a porta e deu de cara com um buquê, em cima da sua caixa do correio. Eram tulipas, três flores, uma de cada cor : rosa, amarela e lilás. Unidas por uma fitinha azul e envoltas no plástico transparente, também notou o post-it azul-claro colocado no plástico.

"Que seu dia seja colorido e alegre, como essas flores!
Boa aula, sahi! Eu amo você!"

E asahi sorriu, grande e aberto. Aquele foi mesmo um bom dia.

flowers to asahi; asahyukOnde histórias criam vida. Descubra agora