Era, finalmente, sábado! depois de uma semana exaustiva de aulas, reuniões e palestras, Asahi poderia finalmente descansar. Bom, poderia.
Seus planos eram: levantar às dez horas, recolher as flores que recebia, arrumar seu quarto com o ar-condicionado funcionando integralmente (Mesmo que os dias nem tenham sido tão quentes.), comprar algumas besteiras na loja de conveniência da rua e passar o fim de semana assistindo animes e desenhando.
Teria feito tudo de acordo com os planos, se não houvesse um yoon jaehyuk em sua vida.
Como já dito antes, o coreano é o típico rapaz de ouro, queridinho por todas as senhoras que moravam naquele velho prédio. No fim de semana, juntamente com as idosas, ele arrumaria o jardim que ficava no telhado do condomínio.
Hamada levantou e caminhou lentamente até sua porta, abrindo-a e não pode evitar sorrir ao notar que, tal ato de encontrar seus floreios, já eram costume para si, fazia parte da rotina. Se agachou para identificar as flores que estava embaladas como sempre, em um plástico marrom e um bilhetinho escrito em post-it laranja, seu sorriso se intensificou ao notar que eram violetas, bem roxinhas, plantadas num vasinho preto. Eram lindas.
As trouxe para dentro, colocando junto com a maior parte das outras, na varandinha, então trocou de roupas rapidamente, sequer notou o que vestia.
Usava uma jardineira de lavagem clara, uma blusa azul clara e tênis brancos, um tanto quanto fofo.
Pegou a carteira e saiu, a caminho da loja de conveniência. ao voltar, não pode deixar de reparar nos burburinhos que rodavam o condomínio. Senhora yoona falava alto com senhora somi, que olhavam para jaehyuk, os olhos do coreano gritavam em desespero e ver asahi ali, fora com encontrar água no deserto.
- Asahi-ssi! - pediu licença as vizinhas e foi até o japonês, sorrindo.
- Jaehyuk-ssi, trabalhando muito?
- Sim, eu diria. - deu um risinho, sem jeito. - elas cozinham muito bem mas não levam jeito com plantas.
- Você...- asahi se xingava em pensamentos, pelo que diria a seguir. - quer ajuda?
- Oh! seria incrível mas... você quer mesmo ajudar?
Não, não queria mas o sorriso bonito, que recebeu no yoon, fora suficiente para convencê-lo.
- Claro, vou deixar as compras ali e vou até o telhado. - Asahi dizia, abrindo a porta do apartamento e após receber um aceno de jaehyuk e o ver correr para o telhado, três andares acima, o japonês deixou suas compras na cozinha e subiu os degraus até o mesmo.
Mesmo morando lá a cerca de quatro anos, asahi nunca tinha subido ali e era uma área realmente bonita. tinha flores de todos os tipos, e até umas pequenas árvores. O coreano estava em baixo de uma tenda, sentado em sacos de terra, conversando com jeon jiwoo, a neta de somi.
Jaehyuk nem tinha notado a presença de hamada ali, afinal a garota não calava a boca por um segundo. deu uma olhada para o lado e por um momento, nada do que a garota dizia importava.
Asahi olhava para ele, com o semblante meio perdido, e o cabelo loiro refletia na luz do sol, sua pele branca brilhava. Era como um anjo. assim que o japonês conectou seu olhar ao do coreano, sentiu um arrepio por todo o corpo, suas bochechas coraram e um sorrisinho nasceu, envergonhado.
Caminhou lentamente até jaehyuk e jiwoo, a garota que percebera que era deixada de lado ali e se despediu rapidamente, descendo até a casa de sua avó.
- Sua roupa é própria para a situação...- disse o coreano, prendendo o riso.
- Nah, nem vem, hyuk! - dizia o músico, rindo também.
- Certo, vamos começar a adubar essas gracinhas? - referia-se as flores, com um sorriso no rosto mas ainda sim, esse sorriso vacilava ao passo que andava ao lado de asahi, enquanto arrumavam uma mesa para adubarem as flores em baixo da tenda, e seus braços se tocavam mas relevem, o japonês era o cara que ele gostava a mais de três anos.
No geral, o dia dos dois meninos fora agitado, de baixo do sol escaldante, os dois adubaram todas as flores e árvores que existiam ali, irrigaram, cuidaram e só terminaram, ao fim da tarde.
- Ficou lindo, meninos, parabéns! - parabenizou, o senhor kim hanbin, ao lado de seu marido, jinhwan. Toda a vizinhança tinha apoiado jaehyuk com o plano de reformar o jardim mas ver asahi ali, era uma surpresa, afinal o japonês quase nunca saía de casa.
Mas isso não foi motivo para diminuir os agradecimentos ao hamada, que só sorria tímido, sem muita capacidade de retribuir a gratidão.
Eram cerca de cinco dá tarde, o sol estava quase se pondo e os dois jovens, agora estavam sozinhos no telhado, desfrutando de uns sorvetinhos com formato de peixe, que asahi tinha comprado mais cedo, enquanto admiravam à vista.
Bem, talvez asahi admirasse à vista, já jaehyuk admirava o rapaz ao seu lado.
- Muito obrigado pela ajuda, tenho certeza que eu teria ficado o dia inteiro e não teria terminado. - o coreano se pronunciou. - Como posso agradecer?
- Oh, não precisa me agradecer, fiz de coração e porque você realmente precisava, está tudo bem, eu adorei nosso dia.
- De qualquer forma, quero agradecer, sahi-ah! - O yoon sequer notou o apelido, somente disse, logo notando a cara de surpresa do vizinho e sorrindo, sem-graça. - Me desculpe, foi sem querer.
- Tudo bem, eu gostei... - O japonês falou, num fio de voz, com as bochechas coradas. Estavam próximos demais, nervosos demais, ansiosos demais. Mas jaehyuk entendia que ainda não era o momento de se apossar daqueles lindos lábios, então quebrou o contato visual que se estendia, olhando ao redor e notando que o sol já estava baixinho, quase posto.
- Sahi, venha ver! - Levantou e puxou o garoto pela mão, que achou fofo a forma com qual as mãos se encaixavam, indo até um arbusto, ao lado da árvore de jasmins que havia ali, com pequenas flores brancas que ainda estavam pôr florecer.
Ao que a lua fora subindo no céu e as flores eram iluminadas pelo luar, elas desabrochavam lentamente, deixando jaehyuk sorridente e asahi boquiaberto.
- Como se chama? - Perguntou o mais novo.
- Dama-da-noite, só se abrem durante à noite. - Explicou, o coreano.
- São lindas...- Sussurou o loiro, sorrindo.
As pétalas se abriam devagar e o floreio florecia, se transformando em uma bela flor branca.
Semelhante ao amor, que nascia mas permanecia fechado, guardado, até o momento certo e então, quando esse chegava, ele florescia lentamente.
Muito parecido com o sentimento que brotava no coração de um certo japonês.
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flowers to asahi; asahyuk
FanficOnde asahi recebe flores todos os dias, na porta de seu apartamento. Mas não sabe quem as deixa ali. repost| asahyuk; fluffy! jaehyuk+asahi