Em uma definição mais direta, pode-se dizer que asahi pulou da cama naquela manhã. Não estava atrasado, ou algo do tipo, pelo contrário, estava bem adiantado mas gostaria muito de saber se seu "presente" havia sido pego.
Levantou, sem nenhuma calma e foi até a porta da sala, destrancando rapidamente e olhou para o chão. Não foi exatamente uma surpresa ver que seu envio tinha sido substituído por um outro presente, novas flores.
Eram margaridas, tinham caule levemente cumprido e pétalas delicadas. Amarradas, como de costume, em um plástico e neste, um bilhete, escrito num post-it vermelho:
" Permita-me recitar algo: "Nos teus mais doces lábios, ficam os meus, livres do pecado." Frase de William Shakespeare, estive pensando sobre isso, sahi. Perdoe se achar que fui indelicado mas, ontem, me questionei profundamente qual era o teu gosto, jagi, e honestamente, eu não faço ideia. Espero um dia, ter a honra de descobrir.
Se alimente bem e não se esforce muito com o tcc, é sua saúde em primeiro lugar. Tenha um bom dia, jagi!Com amor,
Seu Y.J. "
Ao terminar sua leitura, hamada tremeu, com as bochechas extremamente coradas. Não era como se nunca tivesse beijado mas tal confissão, o deixou sem jeito.
Asahi era um típico nerd, durante a adolescência, preferia jogar jogos, assistir filmes e desenhar, a ir para festas, namorar ou até mesmo, transar. Mas seu jeito quieto não o impediu de ser cobiçado, afinal o japonês possuía uma beleza estonteante.
Ao fim do ensino médio, cansado da pressão de kotaro, seu melhor amigo na época e, de certa forma, com medo de sofrer um certo bullying, na Coreia, por ser um adulto que nunca tinha dado um beijo, Asahi acabou beijando hitomi, na festa de formatura. Mas isso só serviu para mostrar à ele, que meninas não faziam seu tipo, era gay. Uma semana depois disso, entrou em um avião, aonde conheceu yoshinori, para a Coreia do Sul com uma bolsa de estudos integral para a Seoul National Univertsity, e nunca mais viu a garotinha fofa que fora seu primeiro beijo. Também passou a ter pouco contato com seu antigo melhor amigo, que agora fazia faculdade em Tóquio mas se falavam vez ou outra.
A verdade é que o bilhete de seu admirador fez os lábios de asahi pinicarem, essa era a sensação de querer ser beijado? Nunca tinha sentido tal coisa. E ainda mais, quais lábios asahi queria sentir? afinal, seu cortejador ainda era misterioso. Era uma confusão de sentimentos.
Recolheu suas flores para dentro e as deixou na sacada, dentro de um pote com água, tomando sol, enquanto o jovem foi até o banheiro, banhar-se para mais um dia de aula. Com a cabeça mergulhada em pensamentos, deixou a água correr contra seu corpo, e de olhos fechados tentou imaginar como seria aquele que fazia seu coração acelerar com singelas palavras.
E ele pensou, pensou, pensou... Mas o resultado final fez o japonês abrir os olhos, ofegante.
Tinha imaginado Yoon Jaehyuk, pior ainda, tinha se imaginado beijando Yoon Jaehyuk! Como isso era possível?
Certo que o presidente do grêmio estudantil era lindo, tal qual um anjo e tratava asahi com uma educação tremenda mas, o músico nunca tinha pensado em jaehyuk dessa forma, poderia jurar que não.
Buscando afastar os pensamentos, terminou seu banho e se vestiu com roupas casuais, preparando-se para mais um dia de aula. Recolheu sua bolsa, os fones e o celular, ia saindo mas parou e olhou para suas novas flores, sorriu, novamente sentindo o coração acelerar e a boca pinicar.
Com um suspiro, seguiu seu caminho mas algo, lá no fundo de sua mente não o deixava sossegado. Uma parte sua implorava ao destino que seu misterioso admirador fosse o vizinho coreano, outra parte implorava para não se apaixonar por um desconhecido qualquer, que com certeza, não era jaehyuk.
Cá entre nós, Asahi estava bem errado sobre algo.
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flowers to asahi; asahyuk
FanficOnde asahi recebe flores todos os dias, na porta de seu apartamento. Mas não sabe quem as deixa ali. repost| asahyuk; fluffy! jaehyuk+asahi