mentiras

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A as memórias destruíam sua vontade de permanecer naquele lugar. A musica tocava com suas melodias harmoniosas e delicadas a qual fazia Adora resfolegar sem saber como seguir em frente. O garçom passavam servidos bebidas e cada vez que se aproximava você pegava outra taça de vinho, seguida de tantas outra que agora não fazia ideia de quantas havia virado pura na garganta. Estava ali depois de Cintilante implorar para que saísse de casa e assim se divertir por alguns minutos, horas ou o que fosse possível. Ela queria tirar toda essa carraca mal humorada, aparentemente amaldiçoada e ranzinza de você, contudo, lógico que aquela tentativa frustrada não havia dado certo. Estava entediada. Seus amigos haviam sumido de sua vista. Você se encontrava sozinha mesmo que rodeada de desconhecidos que uma hora ou outra parava para lhe chamar pra dançar naquela porra de boate . Você apenas os encarava de cima abaixo, dava um sorriso falso e dispensava.

Não dava pra sair de casa e festejar se aquela maldita pessoa não saia de sua cabeça. Merda!Não deveria ter botado os pés para fora de casa.

Encostou as costas no balcão do bar. Jogou a cabeça para trás suspirando enquanto encarava o teto e deslizando os dedos pelos próprios cabelos que insistiam e permanecer rebelde sobre seus olhos. Resmungou pegando outra taça.

Ao abrir os olhos e voltar a olhar para a pista sentiu como se o mundo tivesse lhe dado um tapa violento no rosto. A vida queria lhe foder novamente e cada tentativa frustrada de desviar os olhos você continuava paralisada no ar. Seus olhos azuis não acreditavam no que viam e sua mente dolorida de tantos sentimentos tentavam a muito custo fazer você sair do transe. Lá estava ela. O motivo vivo e pensante do outro lado do bar. O motivo que a fazia  se embebedar ate esquecer o próprio nome, o motivo que fazia seu coração acelerar e o mundo entrar em câmera lenta. O motivo para estar partida em cacos.

A respiração perdeu-se o ritmo e a boca seca era só mais uma evidencia de que Catra lhe tem na palma das mãos.Ela depois de alguns instantes, sorridente, percebeu que você estava do outro lado do bar encarando-a sem saber como reagir ou pensar. Ela sorriu divertida, lhe olhando profundamente de canto enquanto levantava para seguir em sua direção.

O demônio seria menos perigoso do que aquela porra de mulher.

Você rodeou a cabeça no próprio pescoço, passando a língua entre os dentes enquanto sorria já sentindo todo o efeito que aquele simples olhar era capaz de fazer. Já se sentia alucinando em apenas com seu cheiro da qual sentia tanta falta.

-  Não achei que fosse sair de casa depois de tanto tempo. - Disse Catra já perto o suficiente pra consegui lhe foder violentamente com muito pouco,  -Ora, ora. A senhora bebendo? Não conhecia esse seu lado inconsequente, Princesa. - Inclinou a cabeça encarando você com tamanho gosto. - Gosto disso. - Sorriu mordendo os lábios e você estremeceu de vontade de toma-los para si, mas você não o faria.

- O que você quer, Catra? - Disse seca virando o rosto brava.

Ela levou uma das mãos ao queixo pensativa estalando a língua no céu da boca como se tivesse tido alguma ideia mirabolante.

-  Que tal você?

-Sem chance.

- Mesmo?... - Se aproximou de seu pescoço. Você não era capaz de intervir. Precisava daquilo. Su -Tô indo pra casa, se mudar de ideia é só passar por lar, princesa. - Terminou lhe roubando um selinho e devolvendo o copo saindo em seguida.

Você a encarou caminhando graciosamente para longe de seu alcance. A proposta indecente e casualmente feita nas entrelinhas a instigava ainda mais. Catra era como uma sereia que encanta os pescadores para o mar com sua linda voz, você Adora, é o pescador preste a se afogar e você adorava a ideia, mas não suportaria se jogada para escanteio novamente. Odiava a ideia de ser a segunda opção.

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