você fez ela feliz?

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Você ia embora pra casa. Havia entrado tão disposta pra sair tão arrependida dali. Os olhos dela pareciam tão magoados, pareciam implorar para que você fosse embora.

E você o faria.

ㅡ Catra quer vir comigo pra casa? ㅡ Sua ex- ficante te interrompe aparecendo na sua frente.

ㅡ não tô afim. ㅡ você disse clara, dando a volta por ela.

ㅡ ah, qual é! ㅡ a maior segura se braço impedindo você de andar..

ㅡ eu falei não! ㅡ Você sente o agarre de uma mão em sua cintura. O toque era familiar e firme. Você estremeceu o corpo inteiro ao perceber o que se tratava. Observou aquela mão  enroscada e repleta  em você e então sentiu as pernas bambas e as bochechas formarem um intenso rubor.

Quantas vezes eu vou ter que repetir, Catra? O universo adora foder com o seu psicológico.

Ao olhar pra cima, você viu Adora olhando sério  e com um sorriso mentiroso para a garota. Seu coração queria gritar, mas nenhuma palavra fora capaz de sair de sua boca, impressionada demais para estragar o momento com pequenas palavras.

Os olhos tão sérios, o sorriso cafajeste estava ali, tão perto. Adora bugou arrumando a franja bagunçada, jogando-a para trás convencida.

Sua ex fechou o cenho ao olhar para a loira. Incomodada com sua presença, talvez enojada.

ㅡ oh merda! Não achei que ela estivesse com você. ㅡ Adora aperta ainda mais o agarre em sua cintura aproximando ainda mais seus corpos.

Você ainda processava toda aquela informação quieta e observando tudo.

ㅡ pois agora você sabe. ㅡ sorriu sínica. ㅡ gostaria que você não aborrecesse minha acompanhante. ㅡ Scorpian suspirou revirando os olhos. ㅡ agora me dê licença. ㅡ a loira terminou a frase, puxando você pelo braço para longe da mulher, soltando você ao perceber que estava distante.

ㅡ por que?

ㅡ nã- ㅡ vocês duas foram interrompidas por um grupo de crianças lhe empurrando para algum canto aleatório, enquanto elas gritavam atrás de um balão ou algo estranho do gênero.

Depois de duas crianças caírem e começarem a chorar, o grupo seguiu a criança que berrava para longe. Adora tropeçou nós próprios pés para tentar não se esbarrar nós pequenos, mas você foi rápida, pegando ela pela cintura antes que caíssem.

Seu corpos colados se encaixavam com peças de um quebra cabeça. Seus rostos tão próximos que você se conteve ao máximo para não beijar a boca rosa da loira mais linda daquele lugar. Sem contar com o olhar... Ah! Aquele olhar intenso destruía a sanidade de qualquer um.

Parecia uma pose do começo de uma dança de tango, e isso deixava tudo ainda mais emocionante.

“ A penúltima dança da noite vai se iniciar antes de encerramos a festa” anunciaram no microfone e você sentiu a alma fugir do corpo.

Oh merda.

Uma luz se acendeu em tons claros de azul e uma forte no centro – onde a dança de verdade, a qual foi coreografada e ensaiada para aquele momento aconteceria.

Vocês arregalaram os olhos, olhando para os lados procurando alguma solução. Entrapta que iria entrar mais algumas meninas parou ao redor, levantando a mão para que as meninas que iram dançar não avançassem. Ela sorriu para as duas e balançou a cabeça para que continuasse.

Mas continuaria exatamente o que?

Agora vocês tinham duas opções cruciais: 1 sair correndo e fingir que nada aconteceu. Ou 2. Gritar que nem louca e sair correndo.

Adora olhou para você, e seus olhos se encontraram. Ainda naquela pose, segurando ela pela cintura, com todos olhando aquilo. O que fariam?

- Se formos juntas, pelo menos passamos vergonha de uma vez só. – você tentou amenizar as coisas e ela concordou, se levantando e saindo ambas por direções diferentes.

O queixo de Entrapta caiu no chão com a cara de pau, mas ela não se abalou, apenas revirou os olhos  e começou com a dança que estava programada.


Quase o horário de ir embora. Você não sabia  a onde ela ficaria depois da festa de Entrapta então precisava agir.

Precisava tentar, pelo menos uma vez.

Não foi difícil achar Adora. Era tanta beleza que a loira se tornava um destaque natural.

A luz realçava a beleza dela e você se perdeu em uma linha frágil e fina da qual intercalava entre manter a sua sanidade e a perdê-la sem esforços. Olhares foram trocados e a música de fundo tornou-se abafada, quase um silêncio. Boquiaberta e de olhos dilatados você se encontrava completamente hipnotizada por aquela mulher loira e de olhos azuis, com um terno feminino Branco com detalhes dourados. Você acompanhava ela se deslocando do canto do salão e indo junto com sua acompanhante até a varanda. Nenhuma sílaba saiu de sua boca, mas com aquele olhar simples, você a leu por inteira.

Vocês suspirou fundo rodando a cabeça no pescoço com uma cara de boba. Só de ver Adora de longe você já se sentia falhar. Se você fosse um computador, Adora era o vírus lhe encravando na alma e lhe deixando alucinar.

Ah... Que porra de mulher era aquela?

Você caminhou pelo salão, indo atrás dela. Era a hora de agora, afinal, você não queria que ela fugisse pelos seus dedos como a ultima vez.

— Hey Ador- — Adora e a ruiva interromperam o beijo ao perceber que você havia chegado. Adora pareceu ver o céu caindo diante de seus olhos, soltando a garota rapidamente do abraço e levantando as mãos como se aquilo fosse a pior coisa do mundo. Você sabia que não era, ela havia seguido a vida sem você, ela encontrou alguém melhor que você. Seu sorriso se desfez no mesmo instante e o ar sumiu. As lagrimas automaticamente começaram a cair e você só teve a opção de correr o mais rápido o possível para o banheiro.


Você entrou as pressas. A maquiagem estava completamente borrada  e o sentimento de dor só crescia. Saber que ela estava outra mulher era até fácil de lidar comparado a cena de minutos atrás.

Não iria adiantar. Não tinha pra onde correr... Ela estava feliz, não é? Você só estava gastando o tempo dela ser feliz.

Catra! Enxugue essa lágrimas, vamos pra casa. Finja que nunca aconteceu e tente lidar com a dor como antes. Você consegue?

Se olhar no reflexo do espelho era como encravar uma faca em duas costas. Pelo menos você tentou, Catra. Não foi de tudo ruim, né?

Ela pode ter beijado ela sem amor, como você fez para tentar esquecer Adora, sem sucesso.

Parece que ela conseguiu esquecer você.

“Acho que eu tô ouvindo alguém?” Você ouve uma voz de uma cabine de banheiro e a reconhece de primeira.

“ Que? Quem? Eu tranquei a porta!”

“Scorpian... Trancou mesmo?”

“ Tá! Talvez eu não tenha conferido direito.”

“Merda”

A porta abriu e o casal saiu da mesma cabine. Você parou de chorar, fazendo um bico expressando “eu não devia está aqui”.

ㅡah! É só a Catra. ㅡ Perfuma disse boba sem reparar muito em você.

ㅡ QUEM TE MAGOOU? FALA OS NOMES! ㅡ Scorpian saiu para alcançar você, dizendo exagerada.

ㅡ O que vocês estavam fazendo ali ㅡ continuou com o bico até a ficha cair. ㅡ Oh, merda! Eu não queria ter imaginado, quero apagar da minha memória!

ㅡ não troca de assunto. ㅡ Perfuma tomou a frente, se aproximando gentil. ㅡ Por que tá chorando?

ㅡ E- eu com... Eu me emociono em casamentos! É. É isso! ㅡFalou a primeira desculpa na sua cabeça.

ㅡFala de uma vez. ㅡ Scorpian pediu de braços cruzados.

ㅡEu tô com alergia a algumas flores das decorações. ㅡ Sorriu forçado pra dar credibilidade,  mas não saiu como o planejado.

ㅡAh. Se você estiver precisando de remédio pra alergia. Aconselho a ir falar diretamente com essa flor, porquê ela está com o remédio no bolso. ㅡPerfuma sorriu serena. ㅡE precisa ser antes que sua garganta feche.

ㅡ Acho que ela já fechou. ㅡ Você confessou jururu caminhando até a porta. Scorpian encarava a cena com uma careta, sem entender as entrelinhas. ㅡ Eu vou pra casa... Não devia ter saído de lá. – saiu.

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Pike da cena q eu imaginei pro gay panic das duas

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Escrevi agr pingando de sono. Skksk vou revisar depois, juro.

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