SÉCULOS - narusasu. (FINALIZADA)

CAPÍTULO 1 - INVERNESS

ATENÇÃO AOS AVISOS IMPORTANTES:

- Essa é uma adaptação da série de livros de Outlander. Q, pra quem quiser procurar se ficar interessado, tbm tem uma série pra TV.
- Invés de "cio", eu prefiro usar "ciclo".

**** LEIAM O PRIMEIRO CAP COM TODO O CUIDADO, POIS MUITO DA COMPREENSÃO DA HISTÓRIA TEM A VER COM ELE. ****

Avisos dados, divirtam-se! <3

♕🌸♕

"Pessoas desaparecem o tempo todo.

Adolescentes fogem de casa.

Crianças se afastam dos pais e nunca mais são vistas.

Donas de casa chegam ao limite da paciência, pegam o dinheiro das compras e um táxi para a estação de trem.

Banqueiros internacionais mudam de nome e desaparecem na fumaça de seus charutos importados.

Eventualmente, a maioria dessas pessoas acaba sendo encontrada.

Vivas ou mortas.

Desaparecimentos, afinal, podem ser explicados.

Quase sempre."

♕🌸♕

Quando Sasuke acordou naquela manhã, Neji não estava ao seu lado na cama. Levantou-se, usando apenas uma simples cueca azul escura, e andou pelo quarto sentindo o piso gelado contra seus dedos. Talvez, se fosse em outro lugar, ele já estivesse tremendo de frio.

Porém, estavam em Inverness, uma pequena vila escocesa das Ilhas Britânicas. E era verão. Tudo girava em torno de roupas leves e chapéus clássicos.
Sasuke foi até o pequeno banheiro que tinham naquele quarto de pousada e parou em frente ao espelho. As olheiras ainda estavam lá. Símbolo de uma noite mal dormida e não pelos motivos que Sasuke preferia que fossem.

Eram pesadelos.

Ele os tinha desde que vira seu primeiro paciente tendo uma convulsão após ter parte de sua perna arrancada no campo de batalha.

A guerra era uma merda.

Abriu a torneira e pegou um pouco da água fria, passando-a pelo rosto. Sentiu a pele adormecer de leve pelo contato gelado, mas logo seus olhos já se abriam de vez e a sensação de sono desaparecia. Abriu o pequeno armário que tinha atrás do espelho e pegou uma escova, passando a pentear seu cabelo negro.

Neji dizia que já estava na hora de cortá-lo. Afinal, não era bem visto pelas pessoas um ômega de cabelos longos demais. Mas Sasuke não queria cortar. Gostava dele desse jeito. E, em sua humilde opinião, nem estava tão grande assim.

Suspirou quando todos os seus nós já haviam sido tirados e deixou a escova de lado. Passou os dedos magros pelo cabelo, sentindo-o escorregar por entre eles, e o puxou para trás, tirando a franja de sua testa. Ficou os próximos minutos que se seguiram encarando-se no espelho.

Vinte e sete anos.

Quase trinta.

Quase a idade que seus pais tinham quando morreram em um acidente de carro, em uma estrada de barro de uma cidade pequena da França.

Não estava ficando tão velho assim, estava? Antes que os pensamentos de sua crise existencial se estendessem por toda aquela manhã de terça-feira, alguém bateu na porta do quarto.

- Sr. Hyuuga? - chamou a doce Sra. Baird, dona da pousada onde estavam hospedados. - Está acordado?

- Estou. - respondeu Sasuke, lá do banheiro.