⌖ Prólogo ⌖

356 107 43
                                        

2 anos antes

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

2 anos antes.

Adoro esse trabalho. Não vou dar em cima de quem assina o meu contracheque. O recorde de voo de uma galinha é de 13 segundos.

Caramba, treze segundos é muito tempo para uma galinha.

As portas do elevador se abriram e eu fui, mais uma vez, para a sala do meu chefe. Quando eu lia livros eróticos e eram sobre CEOs, Ethan Carter era o homem que eu idealizava em todos eles. Vamos concordar, alto, pele bronzeada, olhos azuis como um mar cristalino, aquela boca... aquela boca foi esculpida. Ethan foi esculpido. E isso era uma droga, porque o homem era deliciosamente bonito e estava completamente fora do meu alcance por dois motivos muito importantes: ele era meu chefe, assinava meu contracheque, então misturar as coisas acabariam mal em algum momento; e ele, definitivamente, me achava muito nova para ele (por favor, eram só dezoito anos de diferença. Nem era tanto assim).

Eu já tinha mencionado que ele era meu chefe?

Não gostava de advogar. A ideia de ficar passar dez horas por dia num escritório, cinco ou seis dias por semana, me causava calafrios, e a cada dia que passava, sentia que estava traindo o meu diploma em Belas Artes.

Obrigada por ter morrido e ter deixado uma dívida imensa, pai. Obrigada.

Entrei na sala, encontrando Ethan sentado no sofá, mexendo no tablet, concentrado e precisei conter um suspiro. O homem era mesmo uma visão e tanto. Estava sem o paletó, apenas a camisa branca, gravata, colete e calça azul escuros. Já tinha percebido que ele gostava da cor, e combinava pecaminosamente bem com ele. Contrastava com os olhos claros.

— Ei, você chegou. — seus lábios se curvaram para cima enquanto ele colocava o tablet na mesa de centro e se levantava, tirando a caixa de pizza das minhas mãos. — Seu irmão está bem?

— Está sim, obrigada. — me sentei no sofá, inalando o aroma almiscarado que vinha dele. Como sempre, precisei conter um suspiro.

Sem brincadeira, eu precisava controlar essa queda por ele. Eu estava ali há menos de um mês, não podia arriscar ser demitida. Eu precisava muito daquele trabalho.

Fleur Lefebvre foi quem me contratou. Ela era mãe da melhor amiga do meu irmão e trabalhava na Carter & Building, uma das melhores advocacias de Nova Iorque. Fleur também havia começado como estagiária, poucos meses depois do nascimento de Josephine e acabou sendo contratada permanentemente. Nunca fui muito próxima dela, afinal, a proximidade dela era com os meus pais, e o meu irmão era colado de Josie, então, sempre fiquei de fora.

Então, sim, fiquei surpresa quando ela me convidou um dia para conversar na advocacia, mas imaginava que iria me oferecer um emprego, já que ninguém sabia que eu tinha abandonado a escola de direito justamente no dia que meus pais faleceram. A ideia de aceitar o estágio foi a minha salvação, mas também me causou tristeza. Pelo que eu abriria mão. De saber que eu era responsável por um garoto sete anos mais novo que eu sendo que eu nem conseguia cuidar de mim.

Me toca - Livro 2 (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora