❝Deixar aquilo que te destruiu, é a melhor forma de começar a se auto reconstruir.❞
Charlotte passou 109 anos sendo excluída, odiada e menosprezada por aqueles que deveriam ser sua família, aqueles que deveriam amá-la incondicionalmente e protegê-la...
["Ela se foi, Charlie se foi, minha filha se foi."]
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DESESPERO.
Era isso que Kol estava sentindo naquele exato momento. Existiam poucas coisas que podiam deixar o Mikaelson desesperado, um delas era ir para o caixão, e a outra, bem, a outra era a que o deixava mais desesperado, o deixava sem ar, e era coisa simples, perder Charlotte.
Charlotte era sua vida, sem exagero algum, sua vida só começou a fazer sentido quando Charlotte nasceu, e o fato dela estar desaparecida era assustador. Os Mikaelson tinham milhares de inimigos que apareciam semanalmente, até diariamente, apenas para poder ferir aqueles próximos deles, e isso assustou Kol, ela podia ter sido sequestrada por um de seus inimigos ou por inimigos de Klaus.
Ele andou nervoso pelo complexo e deu de cara com sua sobrinha mais nova, Hope. Por algum motivo desconhecido pelo próprio, ele nunca foi tão próximo de Hope como seus irmãos, ele realmente não a paparicou ou a tratou como uma princesinha, ele não foi um péssimo tio, longe disso, nunca tratou ela mal, apenas não a mimou como os demais. Parte disso vinha pelo fato de ninguém ter mimado Charlotte ou ter sequer se importado com ela, então por que ele mimaria Hope?
Era óbvio que ele tomava as dores de sua amada sobrinha/filha.
A garotinha também parecia triste, e mesmo que estivesse preocupado com Charlotte, ele decidiu perguntar qual era o problema.
— Ei, querida o que foi? - Ele perguntou amigável, tentando manter sua voz calma.
Ela suspirou fundo e fez beicinho.
— Onde está Lotte? Eu não a encontro em lugar nenhum.- Ela falou triste.- Ela disse que me ajudaria com um feitiço, mas ela não estava na biblioteca.- Ela explicou.
Isso deixou Kol mais desesperado ainda, Charlotte nunca deixaria Hope esperando, ela estava sempre fazendo tudo que sua irmã queria, na verdade, ela era a que mais mimava Hope.
Kol segurou a mãozinha da sobrinha e sorriu.
— Nós vamos achá-la juntos, certo? - Ele sorriu, tentando deixá-la mais animada.
— Certo! - ela comemorou.
Eles andaram por todos os cômodos do complexo, vazio, não havia um vestígio de Charlotte, Kol não conseguia nem sequer sentir seu cheiro pela mansão, o que era mais assustador ainda, já que o cheiro dela sempre ficava pelo ar, chocolate branca, café e um cheiro de orquídeas muito reconhecível por Kol.
