Capitulo Cinco.

1K 58 97
                                    


Capítulo 5 - Festa na piscina. 

Talvez fosse o sol, talvez fosse as quatro mulheres na piscina sem a parte de cima, talvez fosse os três coquetéis que Chloe havia consumido (ou engolido inteiro, como Lucifer havia apontado em sua tipica frase: "Detetive, acho que estou gostando mais da sua outra vesão", mostrando o sorriso que a fazia desejar atirar nele), mas por qualquer motivo, Chloe encontrou se divertindo. E, como em algum alinhamento cósmico dos céus, esses fatores combinados eram perigosos para Chloe Decker, perigosos para uma detetive da policia, cuja persona era diferente do personagem que ela tinha que interpretar, tão diferente dela e talvez tão perto ao mesmo tempo. Enquanto ela observava o sol brilhar nos ombros molhados de seu parceiro, que por sinal, a hipnotizavam. A escultura dos ombros era perfeita, a clavicula em seu peitoral se elevava, mostrando o quanto seu corpo era moldado. A água caindo em cascata por suas costas musculosas, ela pensou que talvez fosse uma coisa boa. Ninguém a conhecia aqui. Ninguem os conhecia. E fazia alguma diferença? É, era uma coisa boa.

Ela sacudiu e se virou, o lençol e o cobertor enrolados em torno de suas coxas. A noite toda, sua pele zumbiu com a memória das mãos dele em seu corpo, de sua boca em sua pele. Ela sentiu suas bochechas queimarem, uma nova excitação correndo por ela enquanto tentava recriar as sensações que suas mãos tinham feito em si. Atrás de seus olhos, a noite terminou de forma diferente. Atrás de seus olhos, ele não parou quando ela implorou para tocá-la. Ele puxaria o sutiã com força sobre os seios e ansiosamente tomaria seu mamilo entre os dentes, torcendo e puxando contra o cerne endurecido. Seus dedos arrastariam o anel por sua cintura, mergulhariam sob o elástico de sua calcinha, acariciando sua carne aquecida enquanto ele sussurrava suas intenções mais pervertidas em seu ouvido.

Prova-lá, Beija-lá, Fode-lá.

Com um gemido abafado, ela se arqueou contra os travesseiros, seu corpo tremendo com a intensidade de sua liberação. Jesus... Só de pensar nele... Como ela iria terminar este caso sem perder completamente suas inibições?

Sua mente não parava. A noite toda dançou entre a apreensão e o medo, a excitação e a expectativa. O que ele estava pensando? Ele estava acordado também? No final do corredor, no segundo quarto, seria tão fácil sair da cama dela e entrar no quarto dele. A culpa é do caso. A culpa é do poder de seu toque... Qualquer coisa para tirar o peso da culpa.

Mas então os detalhes do caso voltariam ao primeiro plano, e seu estômago se reviraria de ansiedade e insegurança. E se ele encontrar alguém na festa na piscina que o atraiu? Ele faria isso? Ele agiria sobre isso? Ela não conseguia se concentrar nisso. Ainda havia um caso a resolver, todos eram testemunhas em potencial. Era seu dever se misturar e socializar com os convidados, reunir informações contra seu suspeito. Mas ela poderia fazer isso? Ela poderia separá-lo? Entrando no caso, ela pensou que poderia, mas depois da maneira como suas mãos a tocaram no início da noite... Deus... A maneira como sua voz rouca embebedada de sotaque sussurrou em seu ouvido... Seu fodido sotaque. Não havia como separar agora. Ela só esperava que ele não percebesse. Assim que o caso fosse encerrado e ela estivesse de volta ao seu próprio espaço, tudo voltaria ao normal. Tinha que voltar.

O único problema era que ela não sabia se poderia passar o resto de sua vida sem senti-lo tocá-la ou beijá-la novamente. E enquanto o pensamento de aprofundar seu relacionamento a assustava pra caralho, a solidão abatida de nunca senti-lo em cima dela novamente era demais para suportar. Ela entendia agora o que ele havia dito sobre ser mais viciante que qualquer droga. 

As lágrimas mancharam seu travesseiro quando o sono finalmente a consumiu.

O próximo dia...

Até Que O Caso Nos Separe - Deckerstar || ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora