Era apenas mais uma noite de sexo naquele inferno que nunca mais acabava. Ela era apenas uma vagina, um objeto sexual, aquele homem charmoso pelo qual ela se apaixonou aos 18 anos, no seu primeiro emprego, tornou-se um predador, uma pessoa falsa que apenas se casou com ela por obrigação, e que iria sempre se manter assim.
Joseph usava preservativo, era o único método contracetivo que usavam. Mariana já tinha tomado a pílula, mas Joseph viu que ela começou a engordar, e proibiu-lhe a sua toma.
Eram 21h, subiu para o quarto quando terminou de arrumar a cozinha. Joseph já estava nu à sua espera.
-Demoraste muito, despe-te rápido! - Resmungou Joseph.
Mariana assim fez. Joseph agarrou-a pelos cabelos e colocou-a de joelhos ao seu pé, obrigando-a a fazer sexo oral.
"Carinho, amor, onde andas tu? Até quando vou ter de aguentar isto?" - pensou Mariana enquanto estava naquele ato.
Com a sua atirou-a para a cama, pegou num preservativo e colocou-o bruscamente, e limitou-se a penetrar Mariana, sem qualquer cuidado, sem qualquer amor.
Quando já estava satisfeito, saiu de casa. Mariana começou a chorar, em prantos... já não aguentava mais e já não sabia o que fazer.
Os meses foram-se passando, Mariana notou que aquele mês a sua menstruação estava atrasada, o pânico começou a tomar conta de si. Mas decidiu acalmar-se, não passaria apenas de um susto.
Estava a fazer o jantar quando houve a porta abrir e vê Joseph com mais 4 homens a entrar pela sala adentro.
-Não sabia que teríamos convidados. - Disse Mariana num tom doce.
-Despe-te agora. - Disse Joseph.
Mariana olhou para ele confusa, não conseguia entender nada, enquanto isso os homens estavam a despir-se à sua frente, ela sabia o que ia acontecer, mas preferia não acreditar.
-O que é que estás a fazer Joseph? - Questionou Mariana.
-Então é um pequeno presente, pode ser que aprendas a satisfazer-me na cama. - Disse Joseph sentando-se no sofá num canto.
Mariana começou a correr para fugir pela porta das traseiras, mas Joseph já a tinha trancado e levado a chave. Certamente já estava a algum tempo a planear isso. Foi atrás dela, e trouxe-a novamente para a sala, onde os homens já estavam despidos e visivelmente cheios de tesão.
Eram altos, dois eram negros, os outros eram de etnia branca, mas não conseguiu ver os seus rostos, estavam encapuzados.
Ali foi violada por 4 homens, enquanto o seu marido via, dava ordens e nada fazia. Ela chorava, sentia dores e só pedia para que morresse ali mesmo.
Quando acabaram, deixaram-na no chão como morta, ela encolheu-se e chorou. Joseph ria, e dizia que iria ser assim se ela não fizesse as coisas melhores e como ele queria e saiu de casa, avisando-a que se porventura fizesse queixa à polícia, que queimava a família dela viva.
Depois de algumas horas ali deitada, a chorar, levantou-se. Sentia dores por todo o corpo, foi para a casa-de-banho, onde tomou um longo banho. Olhou para uma lâmina e ponderou cortar os seus pulsos ali mesmo, mas ela sabia que poderia estar grávida, porque já estava atrasada a algum tempo.
Saiu do banho, olhou para o espelho, com os olhos cheios de lágrimas, determinada disse "Isto vai mudar! Isto tem de mudar! Para mim acabou!".
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Dupla Identidade | Cassi Leite
SaggisticaMariana Jones, contabilista de uma empresa de renome e de conhecimento nacional, vida monótona, mãe de uma jovem com 16 anos. Entrará num mundo oposto ao que vive, em que se encontra na sua plena felicidade, o medo de ser descoberta é o que mais a c...