III.

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Ainda consigo me recordar de como isso se deu, momentos antes nesse mesmo dia, em um almoço com alguns amigos.

Me faça um favor, Alex. — ela disse a mim, a voz embargada parecia tentar conter o choro quando fomos para um canto mais reservado. Mas eu não me dei conta disso na hora.

— E quebre meu nariz? — ri, me lembrando de uma piada interna entre nós dois. Ela pensou em forçar um sorriso, talvez para não deixar as coisas mais dolorosas do que já estavam.

— Me diga para ir embora. — ela continuou, fungando baixo. 

Eu a encarei, ficando sem palavras por alguns segundos antes que as inúmeras questões formuladas em minha mente confusa começarem a sair por minha boca, questões que ela não estava conseguindo responder e nem se concentrar à medida que as lágrimas salgadas estavam nublando sua vista. Eu me perguntava o que havia de errado, sendo que aparentemente estava tudo bem entre nós. Ou pelo menos eu achava que estava bem.

— Pare de fazer perguntas. — ela pediu num murmúrio. Talvez ela queria ter ao menos a chance de explicar antes que eu pudesse argumentar algo.

Então, eu parei.

Dσ Mҽ α Fαʋσυɾ | Aʅҽx TυɾɳҽɾOnde histórias criam vida. Descubra agora