VII.

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"Me faça um favor e me diga se precisar de alguma ajuda, Alex."

Eu encarei aquela mensagem depois que cliquei nela, os dedos polegares chegaram a tremer antes que eu pudesse digitar uma resposta enquanto encarava sem emoção alguma aquela declaração. Eu não sabia bem o que sentir.

"Você sabe que eu não vou fazer isso."

Eu respondi, engolindo em seco. No fundo, não saberia lidar com o fato de pedir ajuda à minha ex namorada. Não saberia se ao menos conseguiria manter contato com ela, mesmo ainda a amando muito.

Imagino agora que do outro lado da tela, ela estremeceu ao ler a minha resposta. Ela odiava o fato que eu seria tão orgulhoso a ponto de recusar pedir ajuda ou algo do tipo quando precisasse. Mas eu estava magoado e desnorteado. E ela também.
Ainda assim, seus dedos digitaram uma resposta defensiva para mim e enviaram rapidamente, antes que talvez ela pudesse pensar um pouco antes de dizer.

"Ora, por favor, pare de se gabar tanto assim e ser tão orgulhoso."

Ela mandou, mas ao que parece se arrependeu do que disse e apagou a mensagem para ambos no mesmo instante, pensando que eu não havia lido. Eu li, mas não ousei rebater. Estava quebrado demais para isso.

"Desculpe. Esqueça isso.
Adeus, Alex."

Ela se limitou a dizer isso, não esperando uma resposta de mim já que saiu da conversa imediatamente, enquanto eu ainda encarava a tela do celular. Imagino que agora ela deixou o celular de lado e se permitiu chorar até sentir dor de cabeça e abraçada às próprias pernas, mas não antes de receber uma resposta minha. Possivelmente a última.

"Adeus. Eu amo você."

Dσ Mҽ α Fαʋσυɾ | Aʅҽx TυɾɳҽɾOnde histórias criam vida. Descubra agora