Polaroid 《OffGun》

Capítulo 2

"Está tudo bem com você?" Sven ao meu lado pergunta.

"Sim..." respondi.

"Tem certeza? Afinal, é a casa da sua ex!"

"Agora você lembra, neh?!"

"Shiu, não use esse fato contra mim, garotinho" brincou.

"Eu sei, mamãe..." A bebida em minha mão ainda estava cheia, estava com receio de beber aquele drink desconhecido. "Terminamos faz tempo já, só que você sabe...é estranho" tomei um gole. "Que merda é esta, Sven?" O gosto era terrível. Sentia minha boca queimar e o gosto forte do álcool rasgar minha garganta.

"Sei lá, Nate que me deu" puxou o copo da minha mão "ah, Off! Nem é tão ruim assim!" Disse após beber um gole, empurrando o copo contra meu peito.

"Então beba você. Isso tem gosto de gasolina pura."

"Você que é fraco, Off" pegou a bebida de volta, e virou o copo em sua própria boca. A olhei surpreso.

"Eu vou enfrentar a maré, vai vir comigo?"

"Uh, não. Depois eu vou!" Concordou com a cabeça e me entregou o copo vazio indo em direção ao centro da festa.

Sem meus amigos por perto, eu me sentia deslocado. As pessoas em minha volta conversavam ou então estavam flertando umas com outras. Não conhecia ninguém e também não estáva afim de conversar. Suspirei. Aquela seria uma noite longa.

"Sorria "

Focado no jogo do meu celular, fiquei surpreso ao que um homem apareceu em minha frente e apontava algo em minha direção- Que só depois pude notar ser uma câmera poloraid, ao que o mesmo me entregou uma foto.

"Homem bonito desses deveria estar sorrindo. " O homem de cabelos loiros gritou animado. "Estamos numa festa, bebê."

E da mesma maneira que veio, se foi repentinamente. Ainda confuso com o que tinha acabado de acontecer, observei a foto da qual o homem desconhecido tinha tirado. Não pude deixar de rir. Meu olhos estavam arregalados, e minha boca levemente aberta. As luzes coloridas davam um charme para a foto. Se não fosse pelas minhas feições, seria uma ótima fotografia.

A guardei no bolso do meu casaco, e voltei a jogar.

Depois de um tempo, a batida alta da música começou a me incomodar, e mesmo parado senti que estáva suando. O jogo já não estáva mais tão interessante assim.

Eu estava com sono e entediado.

Procurei pelos meus amigos, mas a pouco luz e com o local cheio se tornou uma missão impossível.

Cansado dos esbarros e pessoas se esfregando em mim enquanto passava, resolvi sair daquele local.

Sair da casa foi muito mais difícil do que entrar. Pessoas que vinham em direção contrária me impediam de ir em frente, além de que pude sentir que alguém tinha derramado bebida em minha roupa.

Com muito esforço finalmente sai daquele 'engarrafamento'. Quando senti o vento gelado em meu rosto, pude sentir a 'liberdade'. Estar fora daquela casa e respirar ar puro me deixava mais animado, porém ao notar que um homem vomitava em um dos arbustos, senti uma ânsia forte. A recente animação fora completamente drenada e a vontade de ir embora estava para transbordar.

Ainda meio enjoado, caminhei pelo quintal a procura de um lugar para ficar. O local estava mais vazio e então pude andar tranquilamente por ali sem esbarrar em ninguém.

Sabia que nos fundos da casa havia um balanço, então fui naquela direção. Fiquei surpreso ao notar a piscina cheia. Estáva realmente frio, e a água deveria estar congelante. Tem que ter muita coragem para estar ali dentro e não se preocupar em pegar uma hipotermia ou uma gripe forte.

Provavelmente a maioria deveria estar com 'sangue quente' e não notou a temperatura.

Ou muito bêbados.