Capítulo 4

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"Calma....... se estressar não vai ajudar em nada........"

Ela pensou, e correndo como uma criança animada, saiu da mansão.

Seus olhos estavam brilhantes, e seu semblante animado, então dando voltas em torno da mesma, olhou seu designer.

-Então esta é minha 'casa'... Pelo menos está em boas condições!

Exclamou entusiasmada, até que bateu um questionamento.......

 "Se esta história, é Cinderella, o que aconteceu com os Artlle?"

"Não importa!"

Olhando para o selo da família Artlle, ela disse confiante:

-Vou provar o que sou capaz!

[O símbolo da família Artlle é o sol, representado por um leão.]

"A parte ruim disso tudo- e o motivo de ter ficado irritada tão facilmente, é que não posso mais ter acesso a tecnologia avançada, gosto de pintar, ler, escrever, mas não se compara ao meu querido celular. Pode parecer exagero, mas sendo honesta, quem em pleno século XXI, não gosta do entretenimento?"

"O que está feito está feito. Mas de alguma forma, preciso encontrar uma propensão, segundo as memórias que obtive, as atividades mais comuns entre damas nobres, são dançar, tomar chá entre si e ler, mas....... tomar chá? Onde é que foi o café? Ficar sem tecnologia até que suporto..... mas café? Nem por um caralho."

Lamentou, e sem perceber, perdeu seu objetivo.

Quando estava prestes a perder a paciência, surgiu uma vaga lembrança.....

[Os povos bárbaros, bebiam café. Então de certa forma ela ainda pode conseguir o mesmo!]

No entanto se ela pedisse para alguém ir comprar o café, poderiam surgir rumores, de que ela estaria conspirando com povos bárbaros, que por acaso, não tinham uma boa relação com o império.

"O café vale tanto assim?'

Ela se questionou por um tempo e então disse com convicção:

-O café é a unica prova que, um dia vivi em um mundo moderno.

"Se não posso mandar alguém, então vou sozinha."

Sem pensar muito sobre o assunto, entrou novamente na mansão, trocou seu vestuário- pois seria difícil viajar com seu traje antigo, pegou suprimentos e roupas, que durariam por 3 dias aproximadamente, 10 moedas de ouro, após colocar tudo em uma bolsa de couro, foi até o estabulo e montou no cavalo branco- que era o que estava em melhor forma. 

"Sei que este ato é imprudente, mas o que tenho a perder com isso?"

Após pensar isso, se pôs a cavalgar.

O tempo passou rapidamente, o vento batia em seu rosto, fazendo seus cabelos balançarem.

Ela já estava cansada, quando de longe, observou uma taverna.

"Vai ser melhor parar por enquanto."

Concluiu, tomando em conta sua situação.

***

Na sua casa só foi percebida sua ausência quando Anastásia resolveu procura-la para ajustar o corset.

***

Entrando na hospedaria, foi diretamente ao taverneiro e perguntou:

-Tem um quarto sobrando?

-Sim.....

Respondeu o homem, intrigado.

-Eu vim a cavalo, tem algum lugar para ele ficar?

-Temos um estábulo.

Tirando o saco de moedas da bolsa disse:

-Quanto custa estas 2 coisas?

O homem de uns 40 anos, esperou um momento- provavelmente para fazer as contas, e respondeu:

-2 moedas de prata.

Ela colocou uma moeda de ouro sobre a mesa, e assim que ele deu o troco, com um sorriso, falou:

-Obrigada.

Ella, levou o cavalo para o estábulo, quando estava voltando, viu um rosto que parecia familiar...

"Este é.........?"

Sem raciocinar muito, correu em direção ao homem, e lhe deu um pescoção.

-Eu achei que nunca.....

Assim que ela viu o rosto dele, percebeu que cometera um engano, ela com certeza nunca havia visto ele.





Por que tenho que ser Cinderella ?Onde histórias criam vida. Descubra agora