- Como vocês puderam? – Abri a porta com tanta força que quase quebrei a maçaneta. – Lumus MAXIMA!
O rosto de quatro meninas se iluminou.
Tessa, Cora, Madeline e Cho saíram da antessala.
- Eu tentei impedir, mas Madeline... – Chang tentava se explicar, envergonhada. – Ela lançou um feitiço na gente.
- Sai, Cho. Não se mete nisso! – Puxei a garota e coloquei-a atrás de mim. – Vocês três, como puderam?
No fundo eu já sabia de tudo. Raiva, meu sumiço, minha volta inesperada, Bucky, os meninos..., mas como elas conseguiram nos puxar?
- Ele nos convenceu. – Cora deu um passo a frente. – Malfoy nos convenceu...
- Lucius convenceu ele a recrutar a gente... Malfoy acha que você é uma mancha na família Black e, consequentemente, na dele... – Madeline chorava. – Tessa me obrigou a trazer Cho e Cora aqui.
- Me poupe. – A garota revirou os olhos, mas logo percebeu que sabíamos a verdade. – Tá legal, eu sempre tive uma queda por ele... E fiquei SIM com raiva, inveja e de tudo mais que você estava conseguindo... Eles me disseram que você iria desestabilizar nosso mundo...
- Na verdade, acho que ela foi feita para sair daqui... – Chang enrolava uma mecha de seu cabelo em sinal de nervosismo.
- Isso é ridiculamente infantil... Picuinha de família, ilusão amorosa... – Olhei para Dumbledore.
Sinalizei um canto daquela salinha de ar pesado e triste.
- Cedric, Arthur Weasley e Diggory-pai são do ministério... Quero escrever uma carta formal denunciando Lucius... O garoto vai ser mencionado como testemunha coagida, assim como Tessa e Madeline.
- Concordo. Cora e Cho foram enfeitiçadas... – Albus acariciava sua barba. – Vou redigir uma carta, mas preciso que a assine.
Foi triste ver minhas ex-colegas sendo arrastadas como testemunhas de um processo que não daria em nada, já que falávamos de Malfoy.
A despedida desse mundo, dos meus colegas, pareceu mais triste e definitiva do que das últimas vezes.
Estávamos com medo.
Claramente assustados do que poderia acontecer. Na verdade, do que mais poderia acontecer.
- Aqui. – Puxei uma folha e uma pena do púlpito de Dumbledore. Apoie-os nas costas de Bucky e comecei a escrever. – O feitiço de transporte.
Entreguei para os meninos.
- Ele não morde! – Sorri, mas percebi o medo em seus rostos. – Sinto que uma hora ele vai deixar de nos puxar de um lado para o outro... Precisamos manter contato, e Strange não está o tempo todo a minha disposição para criar portais... Me mandem cartas, doces ou pomos, se joguem por ele ou apareçam de vez em quando. Prometo fazer o mesmo.
Evitamos nos abraçar, porque não queríamos que nada daquilo acabasse.
Pela primeira vez, me senti triste.
Mas me lembrei da vida que me esperava longe dali, assim como o mar de coisas e pessoas desconhecidas que cruzariam o caminho dos meus bruxos favoritos.
Mal posso esperar pelas cartas que vou receber... E as que vou mandar.
Do que será que elas falarão?
Senti um pico de energia, e alguma coisa sussurrou para mim.
Um nome estranho, como... KOBIK¹.
Percebi que as pontas de meus dedos estavam iluminadas com raiozinhos azuis.
- Ah não, agora não! – Barnes pegou minha mão brilhante e riu. – Vamos resolver isso em casa.
- Juntos. – Me preparei para lançar o feitiço.
- Juntos.
¹ Referência: Personagem Kobik, "que surgiu da proposta da S.H.I.E.L.D. em usar fragmentos de Cubos Cósmicos para remodelar a realidade como a agência julgue necessário. O comportamento errático fez com que as peças se fundissem violentamente em um único ser. O ser que eclodiu de sua união sofreu de uma sensação de consciência danificada e fragmentada, e decidiu adotar a forma que mais parecia em sua confusão, uma criança".
Fonte: Marvel Fandom
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A Feiticeira Desconhecida
FantasyQuando um feitiço desconhecido aparece para uma aluna da Corvinal, sua vida vira de ponta cabeça. Ela acorda em um lugar desconhecido. Onde ela está? Como voltará para casa? Isso se ela realmente quiser voltar... #72 e...