- Se concentra. – Stephen me rodeava. – Se concentre no universo, Helena.
Eu sabia que estava flutuando, longe do chão.
Sentia que a energia do mundo estava flutuando para dentro de mim, revirando minhas entranhas e pensamentos. Éramos uma coisa só.
- Limpe sua cabeça. – Strange agora me encarava, parado à minha frente. – Deixe que ela te conduza.
Estava indo tudo bem. Até que em minha mente, algo aconteceu.
Estava imaginando uma sala branca, vazia e infinita.
- Olá! – Uma garotinha estava me encarando. Cabelos pretos, olhos azuis, pele branca e vestido. – Venha!
De repente, estava correndo atrás dela, usando uma roupa heroica azul e preta. Meu cabelo estava trançado e o sentia ricocheteando minhas costas.
- É um prazer te conhecer. – Ela tomou minha mão. – Venha!
Passamos por uma porta que não estava ali até alguns segundos atrás.
"Wakanda".
- Sim, nosso lar. – Ela se soltou e saiu correndo rindo, rodopiando e de braços abertos.
Estávamos em uma colina, perto da tenda que Bucky morou por alguns anos.
A garotinha agora fazia parte do cenário. Parecia não me ver ou saber que eu estava ali. Minhas roupas voltaram ao normal, assim como meu cabelo.
Me sentia uma observadora transparente.
- Mamãe! – Ela estava com outra roupa. Um vestido branco, bem fofo e florido.
Ela correu de braços abertos até alguém, escondido atrás de uma árvore.
- Com calma, pequena! – Barnes saiu da tenda.
- Oi, minha princesinha! – Era eu.
Vamos com calma.
Eu tenho uma filha com Bucky? E moramos em Wakanda? E ela tem poderes? E é linda!
Estamos no meu futuro? Ou uma projeção do futuro?
A "Eu" do futuro usava aquela roupa de heroína, e parecia chegar de uma missão.
Barnes subia a colina até onde as duas estavam, carregando uma bolsa no ombro.
- Você vai para uma missão, pai? – Ela saiu do colo da minha "eu" e foi para o dele.
- Sim, minha pequena.
- Venha Lizzie, vamos deixar o papai trabalhar.
Antes que eu pudesse ver mais uma força me puxou para outro cenário.
Estávamos na nossa casa em Nova Iorque.
A menininha estava mais velha, talvez com sete anos. Ela brincava com um gatinho branco.
- Venha pequena, vamos alimentar Alpine! – Bucky deu a mão para a criança.
- Alpine, vamos princesa! – Ela pegou a gatinha no colo.
Na cozinha, eu estava sentada, comendo e vendo os dois.
Novamente fui puxada para outro lugar.
- Isso, isso mesmo! – Eu estava voando, com minha super roupa. – Mais alto, filha.
A garotinha voava atrás de mim. Ela estava um pouco mais velha e usava uma roupa toda azul clara.
- Isso mesmo, Lizzie! – Bucky torcia por ela, olhando para cima.
- Elizabeth! Cuidado! – Strange parecia preocupado.
Sam e Steve lutavam para ver quem fotografaria o feito da menina.
Senti que essa seria uma última vez. Fui jogada em um laboratório onde Bucky, eu e Elizabeth estávamos.
- Aqui, querida! – Entreguei a ela uma caixa preta. – Se uniforme.
- Kobik? Eu finalmente tenho um apelido! – Ela abraçou minha perna e a de Barnes. – Obrigada! Eu amei!
- Quer provar sua roupa, pequena? – O soldado encostou em seu ombrinho.
- Sim, sim, sim! – Ela puxou minha mão e me arrastou para longe.
Uma voz em um alto-falante irrompeu o silêncio repentino do lugar.
- Atenção Soldado Invernal, Quasar e Kobik. Reportar ao galpão. – Era a voz de Jarvis.
Abri meus olhos e Strange sorria.
- Viu seu futuro? – Ele sinalizou para que eu parasse de flutuar.
- Não pode ser... Se eu vi, não será mais assim... – Me equilibrei ao sentir o chão.
- Você não viu o caminho, mas o fim. – Stephen arrancou um eletrodo da minha têmpora. – Talvez a forma como você chegará àquilo, vai mudar..., mas se continuar sendo você e tomando suas decisões sem pensar no que viu, o final será o mesmo.
- Helena! Finalmente te achei! – Bruce entrou no laboratório com Stark, Steve, Bucky e Sam. – Fizemos isso para você.
- Ah, sim. – Stephen se afastou. – Eles criaram uma roupa nova para você. Um uniforme.
Peguei o saco, que era muito pesado por sinal.
Descobri um macacão preto com detalhes azuis, botas com a mesma estampa e cores, uma capa azul e luvas.
- Muito poder deve ser contido da melhor forma possível. – Stark se aproximou. – Seu traje absorve energia... Caso você se exceda.
- Eu adorei! Obrigada, obrigada, obrigada! – Tony ficou envergonhado e me deu um abraço desajeitado.
- Helena! – Uma vozinha gritava meu nome.
- Pequena Morgan! – Abracei a Stark prodígio. – Como está minha guerreira?
- Com saudades! – A pequena abraçou meu pescoço. – Papai disse que você e Bucky estão indo para nosso chalé em Rhode Island, e vão tomar conta de mim!
- É verdade! Vamos ficar lá para uma missão e se divertir com você ao mesmo tempo.
- Bucky, Bucky, Buuuucky! – Morgan pulo nos braços de Barnes.
- Olá princesa! – Ele parecia envergonhado por Morgan se dar bem com ele, dado ao passado com os avós da garota.
Tony confiava em mim, assim como passara a gostar do soldado por causa da filha.
- Vamos cuidar bem dela! – Segurei o pulso de Stark. – Vou provar a roupa.
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- O que é aquilo? – Scott parou de comer seu taco.
- Não é aquilo, é quem. – Strange sorria discretamente.
- ISSO! MINHA NOSSA ELA VOA! – Bucky estava pasmo, mas alegre.
E eu também.
Estava começando a gostar de ser Quasar..., mas mais ainda por ser uma maga feiticeira, desconhecida para o mundo, casada com um homem de mais de cem anos, a mais nova vingadora de outra dimensão, ex-aluna da Corvinal.
Acima de tudo, eu mesma.
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A Feiticeira Desconhecida
FantasiQuando um feitiço desconhecido aparece para uma aluna da Corvinal, sua vida vira de ponta cabeça. Ela acorda em um lugar desconhecido. Onde ela está? Como voltará para casa? Isso se ela realmente quiser voltar... #72 e...