- Você se lembra de como o Ministério funciona, certo? – Lupin estava me guiando fazia horas, e finalmente havíamos chegado em Hogwarts.
- Sim, eu lembro. – Estava congelando e não entendia por que ele pegou o caminho mais longo.
- E se lembra que prometeram uma vaga a você, assim que se formasse, no departamento diplomático? – Nem eu nem ele lembrávamos do nome de tal departamento.
- Sim, o pai de Cedric, e Arthur Weasley, estavam para arranjar uma espécie de estágio... Para que eu me acostumasse com o trabalho assim que saísse da escola. – Passei pela porta do Grande Salão. Hogwarts estava se recuperando bem, e rápido, após a Batalha.
No fundo, eu nunca quis ser uma figura monótona dentro do Ministério. Eu queria ser professora em Hogwarts, ser como Lupin.
Dumbledore me esperava perto de Snape e McGonagall.
- Professores. – Remus subiu na elevação onde os professores jantavam, me deixando só no piso inferior.
- Senhorita Helena, é bom revê-la. – Albus parecia genuinamente feliz em poder conversar comigo. Era nosso primeiro diálogo direto desde o dia em que sumi. – Venho lhe pedir para continuar sendo nosso exemplo de aluna.
Já sabia o que isso significava. E o que me custaria.
Várias memórias vieram à tona...
Quando estudava em Hogwarts, era considerada a aluna modelo. As melhores notas da minha casa, a segunda melhor na escola toda. A melhor capitã na história da Corvinal e a segunda melhor capitã entre todos. Braço direito dos professores durante a aula, sendo o exemplo ou ajudando em aulas de alunos mais novos. Ajudava em comitês e treinos de Quadribol. Fiz a recepção de alunos de outras escolas durante o Torneio Tribuxo, além de ser a aluna enviada junto a Dumbledore quanto o Ministério precisava avaliar a escola e coletar um depoimento.
Voltando ao presente, acenei com a cabeça, arrancando uma troca de olhares aliviados entre Minerva e Albus.
- Obrigada, querida. – McGonagall se aproximou e começou a explicação. – Após a Batalha, percebemos que os pais não gostariam de mandar seus filhos para a escola tão cedo. Precisamos que você, junto de Potter e Granger, vá ao Ministério e faça uma declaração pública. Seja a guia dos dois e, depois, vá ao Bego Diagonal para acalmar os ânimos de vendedores e famílias.
Ora, parece que serei uma diplomata de uma forma ou de outra.
- Estou pronta. Precisam que eu escreva um discurso ou algo? Instrua Potter e Granger? – Olhava para todos à minha volta que, exceto por Snape, pareciam empolgados por eu estar, aparentemente, empolgada. Sabia que não seria fácil.
- Instrui Potter, mas você sabe da reputação do garoto. Nada sai como o planejado. – Lupin se aproximou. – Granger sabe contornar os erros dele, e é muito esperta. Ela irá absorver e entender tudo o que você fizer no mesmo instante.
- Melhor se trocar e dormir. – Snape finalmente se pronunciou. – Sr. Weasley e Sr.Diggory estarão aqui logo cedo. Separe roupas mais... estudantis.
- O café é no mesmo horário que sempre foi. – Dumbledore encerrou o assunto. – Confiamos em você. Boa noite, senhorita.
- Boa noite, professores. Com licença.
Me afastei rapidamente, enquanto absorvia o barulho de meus saltos contra o piso do Grande Salão. O eco anunciava minha saída, o que atraiu alguns fantasmas que me cumprimentavam.
No caminho para o salão comunal da Grifinória percebi que estava um pouco desanimada. Enquanto esperava as escadas chegarem no andar certo, senti meu peito apertar. Durante a festa disse a Oli que não sabia o que queria fazer... Voltar com os Vingadores quando a hora chegar, ou ficar aqui. Vivendo como diplomata, vivendo perto do Beco Diagonal e esperando o dia em que fosse convidada a lecionar em Hogwarts.
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A Feiticeira Desconhecida
FantasyQuando um feitiço desconhecido aparece para uma aluna da Corvinal, sua vida vira de ponta cabeça. Ela acorda em um lugar desconhecido. Onde ela está? Como voltará para casa? Isso se ela realmente quiser voltar... #72 e...